quinta-feira, 31 de julho de 2008

Batman "The Dark Knight", a review -parte 2

Recomendo começarem por apreciarem a introdução pela parte 1 desta review...

Batman "Gotham Knight", a animação

Entre "Batman Begins" e o "The Dark Knight", há uma clara diferença entre o estatuto de Batman perante a criminalidade na cidade Gotham City. Se no filme de 2005, ele ainda estava a começar as suas actividades, no filme de 2008 há a percepção que os criminosos e a Máfia têm medo de fazer o que quer que seja, principalmente à noite.
Batman, nesta altura é bastante temido mas não nos é dado a saber como foi que o conseguiu. 

Como já havia aqui referido (vejam aqui), os produtores de ambos os filmes decidiram lançar em animação o que se passou nesse periodo, com a edição de "Batman Gotham Knight" (cliquem e saibam mais pelo site), passamos a ter conhecimento de algumas aventuras de Batman.

Com esta edição espalham ainda algumas pistas que nos preparam para o novo filme, mesmo que subtis e de forma a que mesmo não sendo visto este material, a narrativa do filme não sofra com isso.

Factos a assinalar da animação:
- Batman é visto pelas pessoas (e crianças) e percebemos que já tem um certo culto e estatuto para o povo;
- é nos mostrado um capítulo de Bruce Wayne onde este aprende a ignorar e a desvalorizar a dor, ferimentos, etc;
- ficamos a saber que Bruce Wayne tem um satélite secreto (mas não mostra para quê);
- Batman tem vários combates ao crime, inclusive insurge-se contra a Máfia;
- Batman salva e resgata uma agente, da equipa policial especial ainda em recrutamento pelo Tenente Jim Gordon, de um criminoso chamado Maroni. Esta agente acabará por ter um papel nas acções do filme "TDK" (iniciais do novo filme);



A animação não é tão relevante como aconteceu no Animatrix (que situava da mesma forma os acontecimentos entre "Matrix" e "Matrix Reloaded", e desencadeava até situações do inicio do Reloaded) mas cumpre bem o papel de anteceder o filme "The Dark Knight".
Ressalvo que a animação tenta mostrar a cidade Gotham City e sem muito sucesso, tenta fazer da cidade uma personagem virtual do mundo Batman. Instala o tom mas é só nos dois filmes que Gotham City realmente se demarca com um papel fundamental.


Batman "The Dark Knight", o filme


O que se passa nesta cidade?


O filme arranca com um roubo a um banco. Os assaltantes envergam máscaras de palhaço e no decorrer do plano percebemos que há algo ardilosamente planeado no assalto pois de um grupo apenas só um escapa ileso ao assalto. O assalto decorre durante o dia... porque estamos numa cidade onde a noite é temida e vigiada.
A noite da cidade é assombrada por um holofote apontado para os céus, com um símbolo de morcego. Os criminosos temem-no, por ele indicar a omnipresença do justiceiro nocturno e que poderá surgir em qualquer lado: o justiceiro nocturno é Batman.

Em "The Dark Knight", Batman simboliza já o terror para o mundo do crime, com efeitos positivos para a cidade e de efeitos drásticos na redução do crime e na cauda desses efeitos, as operações da policia surtem resultados visiveis no cumprimento da lei e da justiça. Batman é uma pedra no sapato da Máfia, que não consegue fazer negócios e obter lucros, que passam inclusive a ter receio de guardarem o seu próprio dinheiro sujo, necessitando mesmo da ajuda de terceiros para o terem em terreno mais seguro.

Ao mesmo tempo, uma nova força de justiça, faz à luz do dia grandes detenções dos mais importantes criminosos. O novo promotor-geral Harvey Dent, é também alguém que se junta á missão de, usando a policia e os tribunais, levar a justiça a Gotham City. Fá-lo com plenos poderes e com a chancela do presidente da cidade, passando ele a comandar todas as operações deixando pouco espaço para Gordon. Harvey Dent, que entre amigos de academia é apelidado de "Duas caras", passa a representar a nova e verdadeira esperança para a cidade reprimida mas ainda tensa. Ele, devido á sua coragem e honestidade é aplaudido por ser um exemplo vigoroso e reúne o consenso geral por ser apreciado por todos, incluindo Batman que lhe segue os passos.


Batman sente-se desanimado porque o promotor-geral Dent consegue, sem usar máscaras e sem se esconder do mundo, fazer uso da justiça pelas leis e obter os mesmos resultados que Batman.
Bruce Wayne, o alter-ego de Batman, questiona-se perante os seus próprios métodos e actos como Batman, pois tem provocado mais estragos na sociedade do que resolver de vez os problemas, que vão surgindo ainda mais e piores.

Bruce Wayne é agora uma pessoa amargurada e com falta de esperança para si mesmo pois tem a noção de que os seus actos de vigilante fora-da-lei um dia serão postos em causa, especialmente pelo rumo dos acontecimentos iniciados pelo novo promotor-geral infléxivel no fazer cumprir a lei, quer seja nas ruas quer seja nos tribunais.
Para agravar sente ainda a dor amorosa que é ver a sua amada manter um relacionamento com Harvey Dent, ainda para mais abertamente aos olhos de todos (até passa na TV) e sem segredos. Bruce Wayne tinha como esperança ver o crime acabar e a partir daí acabar com o seu alter-ego e ter finalmente a paz junto de Rachel mas... esta também já não lhe pertence e está feliz com outro.
Bruce Wayne, passa a sentir a falência moral do mosntro que criou, restando-lhe ser alguém que passa as noites a combater o crime e que de dia tenta recuperar dos ferimentos dos seus confrontos ou então pela via de terminar com as suas actividades secretas.


Entretanto, podemo-nos aperceber de nuances morais nas várias personagens...

O tenente James Gordon, faz cumprir a lei mas para isso criou á margem da mesma lei, uma força policial privada que só responde a ele. Gordon mostra a espaços um lado insubordinado para com todos os superiores, sendo inclusive questionadas as suas atitudes perante os seus pares. Uma das razões é também a aparente aliança dele com Batman, que transmite a ideia que a policia está aliada a um fora-da-lei, alguém que ignora as leis e faz a justiça pelas próprias mãos e que vai tendo acesso privilegiado aos locais de crime, investigações, informações, etc.

Harvey Dent, pretende também apanhar Batman e fazer-se cumprir a lei. Mas perante uma determinada situação (e região) onde não tem poderes e jurisdição, vê-se forçado a aceitar a ajuda de Batman, que não tem restrições. Harvey aceita também uma festa organizada por Bruce Wayne, para obter prestigio dos poderosos politicos da cidade e assim poder ter ambições de um cargo ainda melhor na justiça e ganhar ainda mais poderes na lei. Dent inicia-se na deturpação dos seus métodos para atingir os fins que pretende.

Rachel, sabe quem é Batman e com isso sente-se incomodada pelas razões ou possíveis segundas intenções de Bruce Wayne ao convidar Harvey Dent para a festa. E a sua relação com Dent esconde ainda outras razões.

Alfred, o mordomo de Bruce Wayne, presta-lhe muitas conversas cheias de morais (sobre ser um vigilante) mas surge o momento que deveria dizer a Bruce o oposto e diz algo como "Desta vez não lhe direi nada, menino Bruce" como um designio para ter Batman de novo. Alfred, faz escolhas sobre o que deve ou não informar Bruce...


A ameaça terrorista


Tal como os criadores justificaram em 1939 (ver na parte 1 desta review), ao afirmarem que quando lhes é metido medo nos seus corações, os criminosos tornam-se cobardes e supersticiosos. Neste novo filme essa verdade surge novamente e revela-se inquietante no seio do mundo do crime... até aparecer uma nova mente criminosa: Joker!
Joker faz desses pensamentos a sua apresentação ao mundo do crime, surgindo subitamente em plena reunião de mafiosos, desafiando-os a deixarem de serem os cobardes que são e incitando-os a aceitar a sua mensagem (à força) que o problema deles não está em saber como ludibriar as autoridades mas sim em acabar definitivamente com o Batman, o verdadeiro problema a irradicar.
É apartir daqui, que ninguém mais terá descanço.

Joker, destila loucura e lucidez aguda em simultãneo, instaura a anarquia e o caos na cidade com se estivesse a praticar um simples jogo. Joker, não promete. Este Joker faz e antes do que se propõe fazer.
Joker é uma força do mal incógnita, um psicopata de humor negro que não tem pretensões de dinheiro ou os comuns objectivos de lucrar com o crime. Joker é uma ameaça real e desencadeará um novo pavor nas pessoas e por toda a cidade, ao perceberem que quando Joker aparece, fala ou avisa, o mal já está feito e não há retorno, não pode ser evitado.
Terror puro e incomodante.

Joker faz-nos de novo temer muito mais uma simples faca que as balas de uma arma, tal como um cão raivoso quando desafiado. 
Joker empreende acções fatais para fazer com que Batman apareça, e fá-lo dando a conhecer a toda a gente as suas intenções imediatas de o apanhar. Acontece é que se Batman não lhe aparecer, vai morrendo gente... e morrem mesmo... e perante todos assustadoramente.


Esta ameaça aterrorizante faz com que todas as forças do bem (Gordon, Dent e Batman) tenham de empreender numa jornada para apanhar e impedir Joker, acções que se vão mostrar serem horrivelmente trágicas para todas as personagens ao constatarem que Joker é o mal puro.
Joker consegue como consequências fatais das suas acções, fazer com que Batman e Harvey Dentpercam os seus limites morais e se revelem como nunca os tínhamos visto: vingança, ódio e violentos.

Harvey "Duas Faces" Dent, ao perder-se da realidade... perde-se como pessoa. Batman, não se perde porque como Bruce Wayne tem várias ancoras que o impedem, que o chamam à razão e o fazem manter valores. Rachel é uma delas mas as mais importantes são os papeis que desenvolvem o mordomo Alfred e o agora vice-presidente das empresas Wayne, Luscious Fox.



Ambos vão lançando conceitos morais às atitudes, vontades e ideas de Bruce. Fazem com que ele tenha sempre alicerces sólidos no bem, respeitando assim todos os valores dos pais de Bruce, tanto familiares como empresariais. Ambos ao mesmo tempo, juntando ainda o Comissário Gordon, provam ser os melhores aliados de Batman e a razão de manter a sua luta.


Joker no cinema e performance dos actores


Heath Ledger, já falecido, encarnou Joker de uma forma visceral e deu-nos uma abordagem da personagem memorável. Toda a sua performance durante o filme é algo pouco visto em cinema, que só está ao alcance de grandes actores. São actuações assim que merecem Óscares apesar de a Academia não ver nos filmes com origens na BD como dignos de tão alta distinção. Talvez desta vez tenham de fazer uma excepção a essa regra...

Heath Ledger, oferece-nos uma performance que rouba aos outros actores todas as cenas em que aparece. É carismático e abundante em trejeitos vocais e corporais. A forma como fala, mastiga as palavras, os olhares ora penetrantes ora friamente enternecedores, a forma como movimenta os olhos para o vazio, como anda por vezes curvado outras vezes inclinado, as suas expressões... tudo nos proporciona com uma actuação irrepreensível, demoníaca, perturbante mas que nos leva a acreditar no Joker intensamente. Fez-me recordar a intensidade de Anthony Hopkins quando vi pela primeira vez no "Silence of the lambs" a interpretar o memorável papel de Hannibal Lecter.


O Joker de Heath Ledger é muito bom para este filme e serve-nos um verdadeiro oposto de Batman... mas é injusto dizer que a sua actuação é melhor que a de Jack Nicholson no "Batman" (1989) de Tim Burton. Nicholson representou também memorávelmente mas num estilo que servia com perfeição a fantasia de Burton. Da mesma forma que Ceasar Romero servia de forma cómica as aventuras da série de TV e filme dos anos 60, que eram filmes muito mais cómicos e icónicos adequados a esse tempo. Perante a nossa época e perante o estilo do filme o Joker de Haeth ledger está perfeito. No entanto, este Joker não ficaria bem, ou destoaria nos filmes de 1989 ou dos anos 60. Os tempos evoluiram e este Joker reflete essa evolução.

Em "The Dark Knight" Heath Ledger é superlativo sim mas não é o único no filme... 

Christian Bale, está ainda mais soberbo nos dois papeis e faz-nos perceber as nuances dos estados de espírito ao longo do filme, Aaron Heckart representa com muita profundidade e carisma um papel no filme que até nem tinha muito por onde se agarrar mas consegue-o fazer sobressair, Gary Oldman está discreto mas mantém muitas subtilezas no seu papel e por fim, Michael Caine e Morgan Freeman, aqui estão ao nível do que já haviam feito e dão-nos bastante com os aparentemente pequenos papeis que lhes calharam.

Todo o extenso elenco está á altura e irrepreensível.

No entanto achei que a excelente actriz Maggie Gyllenhaal apesar de ter uma boa prestação e de cumprir muito bem... ...não parece tão inocente a fazer o papel de Rachel Dawes como nos proporcionou Katie Holmes em "Batman begins" (na altura ela parecia deslocada no elenco do filme mas nesta nova aventura teria feito mais sentido).



Observações e conclusão

Em "The Dark Knight", existem várias histórias a serem contadas em simultâneo mas que confluem todas para se juntarem num final absorvente onde muita coisa se está a passar ao mesmo tempo em vários pontos de Gotham City.

É um filme repleto de inteligência e servido com muita lógica, no mesmo seguimento da instalação feita por "Batman begins" mas muito mais explosivo, com cenas de acção estonteantes e bastante inventivas (a cena do aparecimento da mota Batpod é fabulosa), que não roubam protagonismo aos momentos de diálogos e desenvolvimento do argumento. Na verdade, o filme está muito bem balanceado, com muito equilíbrio das personagens e situações.
Contém também com alguns twists na história, facto que ainda lhe dá mais sabor por nos surpreender continuamente mesmo quando já não achamos ser ainda possível.


Christopher Nolan, realiza muito seguramente e sem artifícios, inclusive os efeitos especiais e o CGI parece nem existirem aqui, deixando uma continua marca sóbria e realistica que sempre exibiu nos filmes que já apresentou. Está aqui um grande realizador, que servindo-se de material das histórias aos quadradinhos, a impõe o filme como algo mais que isso, entrando por áreas típicas de filmes mais sérios.

Nolan, tem o mérito ainda de fazer da cidade Gotham City uma personagem virtual do filme (ao puro estilo de Michael Mann, de Heat e Colateral), oferecendo-a vagueando panoramicamente com a câmera e dando-nos em muitas cenas autênticos quadros saidos de BD.
Por falar em BD, neste filme a noite e as zonas escuras são ainda muito mais aproveitadas por Batman fazendo o surgir sem o imaginarmos estar por lá presente. Da mesma forma, Joker faz vénia a muitas fases da história passando no filme de simples criminoso até à mente do mal mais aterrorizadora, tal como o chegou a surgir na BD.






Devo mencionar ainda a banda-sonora que está emocionante e potencia as cenas do filme. O tema do Joker é intenso e perturbador (ouçam-no pelo player mais acima), e sempre que o ouvimos sentimos a instalação do mal mesmo sem estarmos a ver o que se passa ou o próprio Joker mas sabemos imediatamente que é obra dele.

Como filme inteligente e sério, de acção e pela soberba adaptação de personagens dos mundos de super-heróis, "The Dark Knight" resulta um filme excelente, fenomenal e merece nota máxima. Para fãs de Batman, e das adaptações BD, esta é a melhor adaptação de sempre com material deste género. Uma obra-prima absoluta e acredito que será o ponto de referência para o futuro.

No entanto, deve-se entender neste filme sem se limitar a super-heróis pois consegue também ser mais do isso. É um filme ao puro estilo dos filmes de crimes e policiais, repleto de motivações e dilemas humanos, pontuado pela ameaça recorrente do terrorismo e do combate ao mesmo, servido sempre muito dinâmico, inteligente e muito bem representado por um elenco fabuloso e extenso sem nunca deixar cair as personagens. Neste estilo não é a obra-prima mas é um grande filme, que merece ser visto mesmo por quem detesta super-heróis, pois aqui estamos perante o grande cinema dos bons tempos.

Recomendo fortemente a não o perderem e vejam-no sem invocarem ser pelo motivo da morte de Heath Ledger.

Esta é a minha apreciação ao filme mas podem consultar outras reviews muitos interessantes dos blogues Deuxieme e Hotvnews

Saiba mais sobre filme pelos vários artigos já publicados aqui no blogue. Clique aqui!

12 comentários:

middle finger disse...

Muito bom,
parecia que estava a ver o filme todo passar-me diante dos olhos. Eu era leitor assíduo da Premiere e acredito que da maneira como escreves tinhas lugar como critico de cinema.
Fico contente que não havendo Premiere tenha finalmente encontrado um sitio onde posso continuar o meu vicio de leitura cinematográfica.

Parabéns, não é muita gente que visita o meu blog, mas de qualquer maneira já estás nos links para que mais gente possa visitar este espaço fantástico.

Continua,
Bruno R.

Anónimo disse...

mais uma vez um bom post sobre o filme,mt bom.

Heath Ledger, oferece-nos uma performance que rouba aos outros actores todas as cenas em que aparece. É carismático e abundante em trejeitos vocais e corporais. A forma como fala, mastiga as palavras, os olhares ora penetrantes ora friamente enternecedores, a forma como movimenta os olhos para o vazio, como anda por vezes curvado outras vezes inclinado, as suas expressões... tudo nos proporciona com uma actuação irrepreensível, demoníaca, perturbante mas que nos leva a acreditar no Joker intensamente...tb senti isto ao ver o filme.bj

ArmPauloFerreira disse...

@ Mariana: estamos em sintonia de novo.

@ Middle Finger:
"parecia que estava a ver o filme todo passar-me diante dos olhos". Para falar do filme tenho de o contar é claro!
No entanto, falo dele para os dois lados:
- os que NÂO o viram (descrevo-o de forma a entenderem a minha visão e também, e se possível, a cativar para o verem -fãs e não fãs)
- para os que já o viram (deverão notar que descrevo bastante mas escondo tudo o que é importante, todas as surpresas, as razões dos twists, não falo de algumas mais personagens que entram no filme induzem rumos, etc. -e aqui sim foi para mim um exercício duro na arte de saber falar e esconder o importante em simultâneo).

Não me coloques na mesma posição da Premiere, que tinha de abordar tudo o que saia pois eu apenas abordo o que realmente gosto e me interessa ou agita. Nada mais e descarto o que não me interessa no meu blogue.

Mas percebi a tua intenção: é um enorme elogio para o qual não estava a contar! Também fui total fã da revista Premiere ( e conservo as visitas ao blogue Deuxieme que era um dos membros da revista -por isso recomendei com um link). Muito obrigado, pelo apoio, destaque e incentivo.

Carlos Martins disse...

Artigo muito bem escrito (ambas as partes) - parabéns. :)

No entanto, e como já deves saber, o meu "problema" com este filme deve-se apenas a ter tido todo aquele "hype" mediático - também por culpa do trágico evento do Heath Ledger.

Achei o filme muito bom... mas não o suficiente para o elevar a tais alturas que muitos apregoam.

Fiquem muito mais surpreendido e agradado com o Batman Begins, quando surgiu; este torna-se num sucessor meritório do sucesso - provando que as "continuações" não têm que ser piores que os filmes que os precedem.

E nesse aspecto cumpriu plenamente.

Carlos Martins disse...

(subscribing comments...)
- que me esqueço sempre -

ArmPauloFerreira disse...

@ Carlos Martins: Realmente este filme teve uma campanha promocional tão forte (incluindo as virais pela net) que gerou um hype nunca visto.
Mas até que gostei do hype... e ajudei também, tal como tu no teu espaço, a divulgar a mensagem que o filme vem aí. Publiquei imensos posts sobre Batman podes crer.

Na verdade, Batman begins foi a maior surpresa da minha vida. Não o vi no cinema porque pensei "mais merda quase gay como o último de 1997..." mas não e a visão em DVD alugado (no meu home cinema 5.1 e 44" de TV) deixou-me sem fôlego. Que valente filme... fui logo comprar a edição especial com mais discos (os extras e o mencionar a lógica da escalada valem por si só o valor da compra). Já vi o Begins imensas vezes e não conseguia esperar pelo tomo seguinte... da mesma forma que fico ansioso pelo terceiro filme para vermos o verdadeiro cavaleiro negro.

Temos saga Batman de alto nível mas... desta vez é em filme e não em BD!

Anónimo disse...

começo a achar que estamos em sintonia vezes de mais lol parece q me le os pensamentos e vice versa,por acaso n é nenhum super heroi q le as mentes das pessoas pois n????!!!lol
bj

ArmPauloFerreira disse...

@ Mariana: Fizeste-me rir com essa graçola... e não não tenho mesmo nadinha de super...

Anónimo disse...

paulo ainda bem q n tem,n gosto de homens q tem a mania q sao super herois.prefiro homens simples super inteligentes
bj

Pedalando & Olhando disse...

Paulo... normalmente não sou um apreciador de críticas ou análises de filmes como se um fato real houvesse acontecido e não uma obra de ficção. Mas apreciei muito sua análise, talvez por ser um fã do morcego desde a mais tenra idade [eu INFELIZMENTE assisti a série televisa ORIGINAL...] Como designer e ilustrador foi com surpresa quando comprei a SÉRIE CAVALEIRO DAS TREVAS nos anos 80 acho, com desenhos de Frank Miller... soberbo, alias como tantos trabalhos dele. Acredito firmemente que o morcego mora dentro de cada pessoa que se revolta com as injustiças do mundo, que gostaria de existisse mesmo alguém destemido, obcecado e disposto a "resolver o problema" que nossas autoridades querem mais não podem pelas limitações e proteções que a lei traz em seu bojo(protegendo os bons mas limitando sua ação contra o mal). Creio que parte do sucesso dele se dá porque todo mundo se vê no personagem.

ArmPauloFerreira disse...

@ Rogério Leite: Obrigado por ter gostado do meu artigo de review ao filme.
Também li essas "histórias aos quadradinhos" do Frank Miller. Ele em tudo o que tocou deu sempre bom material (Demolidor, Elektra, Wolverine, Batman, etc...).
Quanto á justiça e as autoridades... é sempre a mesma coisa... mas gostei da sua teoria de relacionar por esse sentido o Batman.

ArmPauloFerreira disse...

Ok i'm glad about your kindness and commentary.
Thank you too!