sábado, 26 de julho de 2008

iPhone 3G: mitos e uma nova review portuguesa

Ainda há dias atrás publiquei um artigo com várias reviews portuguesas ao iPhone 3G...
....e uma nova que acabou de surgir teria assentado lá como uma luva, junto das outras. mas acaba por ser tão especial que merece um destaque isolado.


O nosso caro blogger Carlos Martins, do "Aberto até de madrugada" publicou um extenso artigo onde desmistifica as supostas falhas com que se acusa recorrentemente o iPhone 3G da Apple.

O artigo, intitulado "... e Ainda o iPhone 3G em Portugal" está muito bem articulado e na verdade revela-se imensamente útil pois tenta por os pontos nos iis.
Tomo a liberdade de deixar aqui a introdução do artigo e os pontos a que se refere o autor.

"Não tinha intenção de vos vir chatear novamente com conversas sobre o iPhone, mas parece que não tenho alternativa."

"É que, parece que tenho um qualquer dom magnético que está sempre a atrair comentários que insistem em apontar todos os supostos "defeitos" do iPhone.

E até aqui tudo bem - não fossem alguns desses "defeitos" perfeitamente descabidos (enquanto outros há que são perfeitamente válidos, óbviamente.)

O que se segue é uma análise pessoal, e que obviamente não é (nem pretende ser) válida para todas as pessoas que lhe dêem /pretendam um perfil de uso diferente.

Comecemos então pelas principais críticas:

* Não tem compatibilidade Bluetooth.
* Não envia nem recebe mensagens multimédia.
* É 3G mas não realiza vídeo-chamadas.
* Apenas tem câmara fotográfica de baixa resolução no verso.
* Não tem flash para a câmara fotográfica.
* Não grava vídeos.
* A bateria não é substituível.
* A bateria tem uma duração reduzida.
* A bateria começa a perder qualidade após 300/400 cargas.
* As aplicações não correm 2º plano.
* Não existe a função Copiar/Colar para texto.
* Não permite comandos de voz.
* As músicas não podem ser usadas como toques.
* O Sistema Operativo ocupa cerca de 700MB.
* O GPS é através de Google Maps.
* O mapas só se tornam disponíveis após download via Wifi/3G.
* Não corre Adobe Flash.
* Não permite trocar capas.
* é fechado
* tem DRM
* 250MB de tráfego mensal são insuficientes e são caros
"

Compreensivelmente recomendo a consulta ao artigo, onde cada um destes itens são explicados em detalhe.
Clique aqui.


Quanto a esta nova e muito boa análise do Carlos Martins... numa abordagem que se torna rondar pelos mitos do iPhone perante a forte rivalidade já existente no mercado (PDA's, Nokia, Blackberry e não esquecer o recente copycat Samsung Omnia).

No entanto... por esta review abordar em detalhe algumas características técnicas, em minha opinião torna-se uma review unicamente de... mitos, só justificada pelo buzz por aí e ao tipo de uso que o autor dá ao iPhone.
É por essa razão que farei algumas observações.

No artigo do autor, acaba por faltar referir muita coisa (além do referiste da internet do Safari e todos os usos adjacentes + o Mail + GPS), tais como as restantes características do iPhone, que são dignas de serem mencionadas mais aprofundadamente (AppStore e tudo aquilo que nos providencia em especial a possibilidade de ter bons jogos, o YouTube móvel, iPod com Video, a iTunesStore móvel, Calendários Notas e outros utensilios) facto que não aconteceu.

Ainda assim a característica que considero ser a mais importante do iPhone 3G ficou de fora:
sincronizar!

Só as potencialidades que a sincronização permite faz diferenciar o iPhone de todos os outros. Os outros também sabem sincronizar á sua maneira (eu tenho em casa um Nokia N81 —da minha cara-metade— que sincroniza com o meu iMac -via aplicações Nokia- e lá vai resultando bem.

Agora... não se compara é a tudo aquilo que o iTunes em Mac sincroniza com o iPhone (e iPod touch):
Adress Book, iTunes (incluindo as contagens das músicas que tocaram e votações com estrelas), iCal, bookmarks do Safari, sincronizar e instalar automáticamente todas as contas de e-mail na Mail.app para dentro do iPhone, as fotos e álbuns do iPhoto, a possibilidade de ser uma plataforma móvel do trabalho realizado nos projectos do iMovie, os toques para as chamadas "afinados" pelo GarageBand, etc.

Este anúncio mostra um pouco desse espirito "automático"...



Eu vejo no iPhone uma verdadeira extensão do Mac em especial se ele for tipo desktop (não portátil).
É quase como estar a trabalhar no Mac e antes de sair sincronizar tudo para o iPhone e em plena rua continuar a ter acesso a muito do que temos no Mac.
E nem menciono essa possibilidade do acesso via VNC... isso é batota! :-)
É daqui, deste ambiente em forma de ecossistema, que provém a vantagem e o real valor do iPhone 3G.


Perante isto para que servem tantas features nos Nokias e companhia, se não se tornam um bom complemento do computador?
E os Mac users como ficam perante um mundo de telemóveis que os ignora continuamente?

A Nokia faz tudo e mais alguma coisa para o Windows mas para mac fez duas aplicações beta para sincronizar as músicas do iTunes e uma só pasta de fotos do iPhoto... felizmente o iSync do Mac OS X lá completa o resto da sincronia (contactos e calendários)

Eu para poder actualizar o software/firmware do Nokia N81 (nova versão com melhor GPS e mapas e se pagasse a ter um GPS a sério no N81 a falar e tudo como uma aplicação verdadeira)... tive de ir para um Windows... pois no Mac nadinha.

O iPhone serve PCs e Macs... mas completa totalmente quem usa Mac OS X.
E não esquecer que o estilo dos Nokia (N91, N81 e outros), Blackberrys e PDAs pretendem ser um verdadeiro computador. Tentam substitui-lo até!
É por isso que muita gente quer super-telemóveis porque na realidade aquilo é o computador que por vezes até não têm. Servem para tudo: para ouvir música, ver videos malucos e mais tarde pela frustração acabam em servir apenas a brincadeira. Tantas funções para nada afinal...

O iPhone não pretende rivalizar com o computador mas sim extendê-lo.
O primeiro requisito do iPhone é ter um computador pessoal onde o iTunes está associado... os outros não exigem isso e por isso o Bluetooth é tão útil a esses telélés - passam os conteúdos entre telélés por essa via ou por MMS.
No iPhone isso não faz sentido porque os conteúdos têm de ser passados de computador para outro computador (via redes, e-mail...) acabando no iPhone porque ele é a tal... extensão do computador.

5 comentários:

Anónimo disse...

Bom ponto de vista de facto...

Eu, nos posts que fiz sobre os screenshots, facilmente passei as imagens do iPhone para o Mac, via e-mail, por Wifi e em poucos segundos.

Com o Nokia, faria uma MMS, para um e-mail. Demorava uma eternidade e ainda gastava uns euros com isso!

Anónimo disse...

Já para não falar do acesso ao Twitter e na consulta do mail...coisas que até podia conseguir num Nokia, mas cuja experiência e custos faziam sempre fugir da sua utilização!

João Sousa disse...

A beleza destes produtos (vou aqui juntar o iPod Touch) é que, mais do que extensões do computador principal, podem em determinadas circunstâncias substitui-lo.

De entre o punhado de possuidores de Touch que conheço, um deles chamou-me a atenção por se tratar de alguém que, depois de ter experimentado as capacidades de internet do ipod, decidiu que já não ia substituir o seu computador actual. Este passou a ter apenas a tarefa de armazenar a biblioteca do iTunes e fazer uma impressão esporádica. Segundo ele, passam-se semanas inteiras sem que tenha necessidade de ligar o desktop.

ArmPauloFerreira disse...

@ Phil: Só essa cena dos screenshots é uma característica invulgar nos dispositivos móveis e que deveria ser muitas vezes mencionada. E essas imagens também sincronizam para o Mac...

@ João Sousa: o iPod touch é excelente e dá para sataisfazer algumas necessidades com a internet muito bem. Especialmente se for apenas consultar, navegar e outros usos desse género. Mas convém manter sempre o computador como meio principal... ests dispositivos servem para nos libertar um pouco do computador. Eu não levaria esse conceito que descreve muito longe apesar de ele fazer algum sentido, não permite resolver tudo.

João Sousa disse...

Claro, casos como aquele que descrevi são a excepção, não a norma. Mas a verdade é que aparelhos destes cobrem as necessidades informáticas de pessoas que, quanto muito, ligam o computador uma hora por semana para ver o email e consultar uns blogues.

Para casos destes, eu não consideraria o desktop/laptop como sendo o computador principal. "Servidor" (de ficheiros e de impressão) seria um termo mais adequado.