segunda-feira, 31 de agosto de 2009

(Algumas) Séries de regresso em Setembro (pt1)

E mais ou menos pela ordem de regresso... uma pequena amostra de algumas séries muito populares.

Supernatural -5T
(10 de Setembro)



Fringe -2T
(17 de Setembro)
Caramba que esta é das que mais quero ver... saiba mais alguns dados sobre a 2ªT de Fringe aqui.


Heroes -4T ou Volume 5...
(21 de Setembro)
Haverá ainda pachorra para mais uma temporada disto... uma série que está sempre em loop... sempre igual...


House -6T
(21 de Setembro)



Smallville -9T
(25 de Setembro)
Esta é uma série que parece não ter fim e com alguma razão. Quando andou algo fraquinha... foi na mesma renovada. Agora que desde a 6ªT que tem estado num auge progressivo (e cada vez melhor), merece e de que maneira ter mais e mais temporadas. O CSI não vai já na 10ª e com outras tantas variantes locais? Ninguém se chateou ainda com isso...
Portanto deixem lá vir mais "Smallville", que por aqui é de consumo imediato.




Dexter -4T
(28 de Setembro)
O nosso serial-killer favorito vai se ver numa nova vida... estou curioso, apesar de gradualmente a série parecer menos intensa a cada temporada.


Consultar também a 2ª parte e 3ª parte deste round de TV Shows.

sábado, 29 de agosto de 2009

Musica da Semana: George Harrison, colectanea "Let it Roll"

George Harrison, falecido (em Nov. 2001) membro dos The Beatles, teve a sua obra a solo editada numa nova colectânea em jeito de "best of" muito jeitosa por acaso.
Já a ando a ouvir há umas semanitas e é boa sim senhor.

George Harrison - Let It Roll (2009)

Obviamente, que há aqui parcialidade, uma vez que sou um pouco fã do George Harrison... o Beatle calmo que dava pouco nas vistas.
Tal como na banda Pink Floyd com Richard Wright e noutras bandas, há sempre um membro que dá pouco alarido e chama pouco as atenções mas normalmente são esses que fazem o trabalhinho "duro" do som da banda. Afinal ele só é um dos 100 melhores guitarristas de sempre do mundo...

Digamos que os The Beatles tinham dos 4 membros dois que eram o centro das atenções, o Lennon e o McCartney, restando para Ringo Starr um certo papel funny e o mais acessível. Mas o cérebro de muitas das mais interessantes composições e experiências sonoras provinha de Harrison. Quem esquece o uso da cítara no som dos Beatles na fase "indiana" e o alinhamento mais honesto e simples que dava aos seus temas para a banda.



Pois bem, ele merecidamente tem uma nova colectânea onde se percorre a sua carreira, com especial incidência nalguns temas que criou para os Beatles, tais como "While My Guitar Gently Weeps", "Here Comes The Sun" ou "Something", aqui a surgirem em interessantes versões ao vivo já na sua fase a solo. A prova que quando um tema é excelente pode ser recriado de varias formas que a excelência continua por lá.


Got My Mind Set On You (1987)


Teve, é claro, vários hits, como o "Got My Mind Set On You" ou "Give Me Love (Give Me Peace On Earth)" mas são os temas do álbum "All Things Must Pass" (triplo LP de 1970), que tornam o saudosismo ainda maior.
Como continuam maravilhosas faixas como "What Is Life", "All Things Must Pass", "Isn't It A Pity" e especialmente a incontornável "My Sweet Lord".

My Sweet Lord (1970) - ao vivo
Esta é das mais memorávies criações de Harrison, que descobri há muitos anos nos arrumos de um familiar, o single em vinyl original da altura, que tem no lado B a "Isn't It A Pity". Obviamente que me fiz imediatamente herdeiro do single... e que guardo com orgulho de possuir semelhante preciosidade. Também tenho o CD-single lançado em 2001, que não presta honra ao original e que foi descaracterizado com outro tema, o "Let It Down", canção igualmente acústica e muito boa (que curiosamente não surge no alinhamento desta colectânea -é de admirar até!).

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Canais de TV: TvCine exibe "O Panda do Kung Fu"


Ora aí está uma animação da Dreamworks, que rivaliza com os filmes da Pixar. Quer se dizer mais ou menos, pois os da Pixar são bem mais especiais. Mas há que se reconhecer o feito de terem conseguido fazer um filme com um equilíbrio muito bom entre diversão e substância narrativa. Agora adicionem um visual vistoso e delirante.
"O Panda do Kung Fu / Kung Fu Panda" mostra que cada um pode alcançar os seus sonhos, se for determinado. Inclusive os mais desajeitados...

É super divertido e indicado para pequenos e graúdos.

Não se admirem se de repente andar tudo por aí numa de golpes de kung fu.
Yiiáaa! Yah! Zás!!

Kung Fu Panda é mesmo awesomeness!

Passa no TVC3...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mais um videowall com um bug do Windows...

Há já algum tempo que não apresentava por aqui um bug do Windows.
Ora então... aqui está um gigante videowall publicitário em Times Square.

Parece que desta vez é o Flash o responsável...



Veja mais bugs do Windows, clique aqui.

Nas nossas salas de cinema (desde 27Agosto09): Inglorious Basterds, etc

A grande estreia da semana (e do mês) é o novo filme de Quentin Tarantino, o "Sacanas Sem Lei".


Sacanas Sem Lei / Inglourious Basterds

Sinopse: Durante a II Grande Guerra assistem-se a corajosas lutas: do tenente Aldo Raine (Brad Pitt), conhecido como Aldo, o Apache, especialista nos escalpes e líder dos Sacanas, um grupo de soldados americanos escolhidos para espalhar o terror entre os nazis, eliminando-os com especial requinte; de Bridget von Hammersmark (Diane Kruger), uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa; e de Shosanna (Mélanie Laurent), uma rapariga judia sobrevivente ao massacre da sua família que acaba em Paris, a gerir um cinema durante a ocupação dos alemães. Nessa sala de cinema, durante a grande estreia de "O Orgulho da Nação", um filme de propaganda nazi, em que o próprio Hitler e os principais líderes tinham previsto marcar presença, o grupo dos Sacanas e Shosanna cruzam-se com um objectivo comum: a destruição do III Reich.

Com Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Samuel L. Jackson, Mike Meyers, Michael Fassbender e Mélanie Laurent.



E ainda:

Ponyo à Beira-Mar / Ponyo on the Cliff by the Sea
A Minha Vida em Ruínas / My Life in Ruins

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Apple lanca MacOS X Snow Leopard a 28 de Agosto!

Eles estão mesmo a chegar e é apenas por dias... é já a 28 de Agosto que o Snow Leopard fica disponível para todos os Mac-Intel-Users.


Todos os que já tinham o Leopard (Mac OS X 10.5), podem fazer o upgrade para a nova versão Snow Leopard (Mac OS X 10.6) por cerca de 29€. E melhor ainda para quem comprou um Mac apartir de 8 de Junho: só cerca de 9€ o upgrade!

É altamente recomendada este upgrade do sistema operativo pois melhorará imenso o uso do Mac e ainda libertará imenso espaço em disco (cerca de 7 Gb ao remover a componente compatível com PowerPC).

E o Snow Leopard Server também chega na mesma altura!



Saiba tudo no site da Apple

O doutor tem noticias...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Canal HBO promove as suas series

Não é só a ABC que sabe promover as suas séries, pois a HBO também sabe.

Realmente a HBO é um grande canal pois tem muitas e boas séries... Big Love, True Blood, Entourage, Flight of the Conchords, Curb Your Enthusiasm, In Treatment e outras numa sequência mesmo interessante.

Sobre o Time Machine Server: backups depois do disco cheio

Uma das vantagens de quem tem ao dispor um servidor Mac OS X Server, versão Leopard (10.5) é a função de cópias de segurança (backups): Time Machine Server.

No fundo, numa utilização simples só com um Mac com o OS X Leopard, cada Mac teria de ter um disco para onde fazer as cópias de segurança e ficar encarregue dessa gestão.

Assim, o que se ganha de muito positivo com o Time Machine Server é que esta habilidade passa a ficar centralizada no servidor, ficando o Leopard Server encarregue de fazer as cópias, de ter associado a ele o disco que servirá para os backups e apartir daí "invadir" cada Mac que gere, analisar as mudanças e fazer as cópias.

Isto dito assim parece medonho mas é das maiores gratificações de ter um Leopard Server pois a parte chata é feita pelo servidor e os utilizadores nem se chegam a aperceber que ele fez as cópias de segurança. também é uma forma económica de poupar recursos pois basta um só disco para todos e num único computador (o servidor). É assim ao estilo da Time Capsule caseira mas sem a parte do Wi-Fi.

Ao ter vários utilizadores no servidor, o disco para as cópias de segurança pode nos parecer sempre pequeno para tantos utilizadores pois também o servidor faz para lá as suas próprias cópias. Mas o que vim a perceber do uso profissional na empresa é que o disco rende mesmo muito.

Obviamente que depende do tipo de conteúdos que manobramos mas a verdade é que levou mais de um ano a encher um disco de 500Gb.


Contudo, fiquei sempre preocupado sobre o que aconteceria quando ficasse cheio.

Ora das várias hipóteses que já imaginava ter de optar (como adicionar outro disco interno ou um externo), acabamos por notar que nem era preciso pois quando ficou cheio as cópias já levavam um ano e tal.

E o dia do disco cheio lá chegou e lá surgiu o alerta.

Se apenas precisamos de salvaguarda por apenas dias ou algumas semanas, a decisão foi de ir apagando as cópias antigas.


E tudo continuou a funcionar muito bem.

Realmente, é muito funcional todo o sistema de backups.

sábado, 22 de agosto de 2009

Música da semana: "Surra", o kuduro de Big Nelo

Big Nelo, hip-hopper angolano, arriscou fazer uma pequena incursão pelo kuduro, vai daí junta Os Vagabanda... e só poderia sair coisa boa!

E não é que arrancou um tema estrondoso mesmo espectacular!

Que beat...
Até concordo como o AnGoLaNoSaBe... isto é mesmo Rakú (a posição neutra entre o Rap e o Kuduro).
Prontos para levarem uma "surra"? Venha ela...

Big Nelo & Vagabanda – Hoje é Surra (KARGA -2009)


E como diz Big Nelo: Se não gostas, respeita e cala!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O menu dos Telhadinhos... (outra vez?)

Uma foto do exterior do estabelecimento "Os Telhadinhos", em Ponte de Lima, que é célebre por a Dona Márcia ter dado ao seu menu, nomes muito picantes...


Se pela foto (cliquem para ampliar e perceberem melhor) ficam na dúvida sobre o que representa cada um dos itens muito originais, vejam um mais antigo artigo onde é mais explicito o que representa cada uma deles.

Foto retirada do blogue "Reflexões de um cão com pulgas"

Canais de TV: TvCine exibe o "The Happening" de Shyamalan

Estreia no TVC3, o mais recente filme de M. Night Shyamalan, o "The Happening - O Acontecimento".



Este filme aborda a questão do poder da natureza, quando esta se revolta contra os danos que a Humanidade provocam em todo o eco-sistema natural. Apesar de o filme não ser tão bom como prometia pelos trailers, é mesmo assim uma interessante reflexão sobre o mal que se faz á natureza.
Deixa no ar (sim, literalmente no ar) a questão no sentido oposto:
E se a natureza nos fizesse o mesmo?

De repente, e sem razão alguma aparente, as pessoas matam-se e fazem tudo para tirarem a vida. Suicídios em massa sem justificação e sempre num ambiente magistral de suspense e mistério. O desfecho é que se torna insatisfatório precisamente por não dar explicação alguma. É como se este "acontecimento" chegasse e terminasse sem ninguém perceber o porquê.
Sinceramente, isso até joga a seu favor. Faz-nos pensar e formular explicações...
O filme peca só por o elenco ter um desempenho muito fraquito mas que é perdoado por arrancar um daqueles inícios enigmáticos e pujantes.

Nos últimos tempos M. Night Shyamalan tem sido muito criticado, negativamente, pelos seus últimos filmes.
Eu gostei dos filmes todos dele, com especial destaque para o "Sexto Sentido" e o "Unbreakable" (o título português não tem nada a ver). O "Sinais" e a "Vila", igualmente mas nestes já se sentia estarem algo abaixo, facto que se foi mantendo até hoje. "Lady In The Water - A Senhora da Água" e este "The Happening - O Acontecimento", ambos foram severamente criticados pela negativa.

Mas que ele faz coisas interessantes, isso é inegável.
Não são nada demais mas o que mais gosto dos seus filmes são os conceitos implicados neles (todos eles) e por aí se percebe bem que Shyamalan sempre se mostrou um inconformado e alguém com ideias que fogem do normal.
Shyamalan tenta com os seus filmes (com histórias pensadas e inventadas por ele), dar-nos algo sempre original.

Se pensarmos bem, os filmes de Shyamalan são dirigidos á familia e imaginados como contos infantis que ele inventa, transformados em filmes com momentos e ambiente para assustar. É como se nos estivesse sempre a contar um daqueles contos á antiga que começavam por "Era uma vez...".

Há que tirar o chapéu a ele pois parece remar contra a maré, ao criar novas situações cheias de boas ideias (mas não tão bem concretizadas). Se olharmos para a restante criação de Hollywood, feita á base de sequelas, adaptações e remakes, um filme do Shyamalan é sempre algo novo.
Hoje em dia todos querem seguir a mesma onda comercial e cai tudo na repetição de filmes e ideias já existentes.
No fundo, ele é um dos muitos que continua a "remar contra a maré"... pois é isso mesmo que ele faz, ou tenta, e isso deveria ser celebrado até.

"O Acontecimento" é um filme muito curioso de ver.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cinedupla: The Spirit + Watchmen

Há algumas ligações comuns a estes dois filmes, o "The Spirit" e o "Watchmen":
- primeiro de tudo são as mais recentes adaptações a cinema de personagens da BD, de certa forma das mais invulgares e de popularidade relativa;
- um outro ponto em comum mais óbvio é partilharem igualmente o mesmo processo de produção: as personagens são filmadas perante um fundo verde e os cenários são colocados depois (totalmente no The Spirit e em imensas partes no Watchmen);
- por fim, e mais importante, ambos referirem-se ás suas cidades como se fossem organismos vivos. O Spirit diz até que a cidade grita e Rorschach diz que a cidade tem medo dele. De certa forma, há algo nestas afirmações que definem os dois filmes...




The Spirit (2008)
(para ver mais artigos sobre este filme, mais imagens, trailers, etc - clique aqui)



Sinceramente, tinha grandes expectativas sobre este filme porque o realizador é o próprio Frank Miller, um dos mais incontornáveis desenhadores e argumentistas de banda-desenhada (aquele que conseguia dar uma nova visão e pontos de vista renovados ás personagens que tocava) e também porque em parte seria o mais directo sucessor estilístico/visual do magnifico "Sin City", filme que Frank Miller também foi co-realizador.
Pelos trailers a coisa parecia ser visualmente extraordinária. Prometia muito...

Acabou por ser a maior desilusão que pude assistir.
É um filme que não tem nada por onde se lhe pegue, excepto a componente visual, que apesar de impressionar ao inicio se torna algo saturante ver tanta pompa e estilo tão... inócua e sem razão alguma. E é pena pois poderia ser uma excelente forma de colocar na mapa do cinema esta personagem muito antiga.


Talvez mesmo a culpa comece a ser da própria personagem, que vem de um tempo em que a ambiguidade das personagens não existia e que estas desempenhavam um papel que nos dias de hoje podem ser vistas como clichés banais: o herói é alguém bom, o vilão é alguém mau, as mulheres são somente sexys e por aí fora...

Salva-se do filme a recuperação do tom e estilo dos film noir, o estilo e conceitos retro, e também a voz off a pontuar o avanço da narrativa. De certa forma estas caracteristicas são igualmente a imagem de marca de Frank Miller, que dota imensos dos planos de muito do seu estilo ilustrativo, principalmente os ângulos, as poses, os fundos vazios, a noite e as femme-fatale ambiguas.
Em todo o filme a única personagem que é credivel é a Eva Mendes, pois ela é a única que parece acreditar no que está a fazer e consegue deixar uma boa impressão da sua personagem. No ponto oposto temos Samuel L. Jackson, que é cada vez mais irritante de ver por ser tão cabotino. Digamos que ele entra nos filmes para fazer sempre o mesmo papel e fá-lo de forma exagerada. Ser cool é mais do que isso, Samuel...

Ainda bem que Frank Miller disse que não voltaria a realizar mais nenhum filme depois deste. O "Sin City" correu bem porque estava ao lado dele o supra-sumo dos filmes série B: o abundantemente criativo Robert Rodriguez.

Um filme que deve ser visto só para matar a curiosidade visual... mas além disso vale muito pouco.
A cidade tinha razão:
This city screams... The Spirit é mesmo uma chatice gritante!



Watchmen (2009)
(para ver mais artigos sobre este filme, mais imagens, trailers, etc - clique aqui)


Se todo o potencial da BD fosse bem tratado daria um bom filme (e este deu... se deu!), no entanto ao se inscrever "Watchmen" no género de filmes de super-heróis, imagina-se muita acção, cenas delirantes e muito mais. O filme, de certa forma tem tudo isso, só que não no sentido habitual dos desfiles de espectacularidade.

Quem nunca viu a obra original em BD, ou pelo menos se preparou para este imaginário (aconselho vivamente a assistirem os motion-comics que são perfeitos -mais que o filme inclusive), ao "saltar" para o filme assim de repente... pode se sentir até traído pela ideia que davam os trailers e considerar este filme como não merecedor do hype que gerou.

Estará então o filme mal feito ou será ele mau?
Não!
Nada disso e bem pelo contrário...

Em minha opinião, este é um filme que divide:
- por um lado poderá não agradar a quem imaginava algo mais mexido;
- por outro lado deixará os fãs da BD satisfeito pelo trato cuidado e detalhado, num filme todo ele feito com carinho e dedicação.

Considero que o filme está mesmo muito bom, um assombro mesmo, sendo até algo invulgar, muito rico visualmente e de antologia (dando até a impressionante sensação de que os desenhos ganharam vida própria).

Ora Watchmen, a história original na BD era mais uma abordagem em estilo de critica á humanidade e á sociedade mas só que a fazer uso de uma espécie diferente de super-heróis (ou anti-heróis).

"Watchmen" (filme) trás uma visão muito negra e critica com estes anti-heróis, muito no estilo do Batman Begins/The Dark Knight". As acções têm consequências e deixam marcas nas personalidades de cada personagem, alguns mesmo atormentados pela vida desde sempre.

Zack Snyder, tinha uma missão muito mais dificil para transpor para cinema, só que desta vez não só pelo visual da BD mas principalmente porque a BD de Watchmen é algo mais especial que outra qualquer.
Watchmen BD era muito complexa, intrincada, muito séria e com imensas temáticas cruzadas, pouco linear em termos narrativos ao contar várias histórias em simultâneo.

O filme está assombrosamente bem feito ao conseguir lidar com tudo isso de forma astuta e compreensível.


É visualmente muito fiel aos quadradinhos da BD, como se esta tivesse sido entendida como um storyboard e condensa em duas horas e tal, os 10 capítulos da obra "Watchmen".
Zack Snyder, suplantou tudo o que se imaginava ser possível fazer com este universo muito peculiar. Mesmo assim quem acompanhou a obra original notará que muitas partes ora foram condensadas ora faltam simplesmente ou que existem mudanças bem diferentes da obra (principalmente o final do filme). No entanto, entende-se as decisões tomadas (porque fazem sentido em filme) e isso expõe a diferença entre BD e cinema.

Realmente esta obra Watchmen expõe com clareza a diferença entre as páginas desenhadas para a imagem em movimento. Se pela BD a leitura é acompanhada pelo cérebro que fantasia os desenhos das páginas, já no segundo caso, o cinema, as imagens em movimento (tornando os desenhos reais) faz mudar tudo. Se numa BD se podem aceitar a histórias que se contam, já em filme essa história parece outra coisa.
Os filmes de acção precisam ainda de ter um climax de acção para deixarem uma impressão final.

Assim "Watchmen" poderá parecer um filme frio e demasiado longo sem grandes momentos de climax. E com um final a caminhar para uma resolução resignada.

Resignada... Rorschach, é a personagem mais marcante do filme, aliás ele é mais interessante no filme que na BD. No sentido oposto na BD é mais marcante o Dr. Manhattan (é adorável todo o momento em Marte e as suas contemplações temporais simultâneas que no filme não deixa grande marca).
A cidade tem medo dele? Claro que tem de ter... ele é impressionante e a réstia de esperança na perseguição da verdade.

Ressalvo ainda que este é um filme para adultos e com algumas temáticas duras e sérias (sexo, violações, canibalismo, etc) e como tal não deve ser visto como um filme leve. Este filme é o resultado de uma obra maior e muito adulta, pelo que não será aceite igualmente por todos.
Que é muito bom... lá isso é. E que se tenha conseguido ser fiel á obra ainda melhor foi para nós.

A versão do realizador tem ainda mais material (±20min). Está também prometido para o Natal uma edição de 5 discos com ainda mais partes não incluidas para a obra ficar totalmente completa. Esperemos que sim...




Obs: Por fim, ao notar-se por esta obra a diferença entre a BD e o cinema (o conceito de um filme é contar uma história em sucessão de acontecimentos), também se poderá fazer uma outra apreciação ao filme e sobre aquilo que queremos enquanto audiência das adaptações live-act.

Será que queremos transposições de BD exactamente como elas são e usando a BD como um storyboard (Sin City, 300, Watchmen, etc)?

Ou será melhor adaptações do super-herói e respectivo imaginário, refeitos à luz de um contexto mais actual (Spidermen 2, X-Men 2, Batman "The Dark Knight, Iron Man, etc)?
Não sei responder a isto...

Nas nossas salas de cinema (desde 20Agosto09): Blood: The Last Vampire, The Ugly Truth, Synecdoche New York, etc



Mais uma semana de propostas para levar a malta ao cinema...

Blood: O Último Vampiro / Blood: The Last Vampire

Ora aí está uma adaptação de um anime para live-action que me parece super-interessante...


Sinopse: Saya (Gianna Jun) é uma rapariga de 16 anos, meia vampira e imortal, cuja alma de 400 anos anseia por vingança. Fruto de um amor proibido entre um homem e uma vampira, a sua existência tem sido solitária, dedicando todos os esforços a livrar o mundo dos vampiros, apesar de saber que a sua condição de híbrida a leva a depender do sangue para sobreviver, tal como os que odeia e persegue obsessivamente. Quando a organização secreta para a qual trabalha a envia para uma base militar americana no Japão, percebe que esta é a grande oportunidade de destruir Onigen, o perverso patriarca da raça dos vampiros.

Blood The Last Vampire trailer


ABC da Sedução / The Ugly Truth

Passageiros / Passengers

Sinédoque, Nova Iorque / Synecdoche, New York

4 Copas (Português)


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Louca pelo Alzheimer?

Apple Software Updates... iPhoto 8.1


Melhoramento ao iPhoto, que passa a versão 8.1.

O maior contracenso é notar que as melhorias no caso português destinam-se aos serviços de impressão Apple via iPhoto... serviços que não são suportados em Portugal.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Veja o iPhone 3GS todo desmontado!

A TechRestore criou um interessantíssimo video em stop-motion para vermos a desmontagem do mais recente iPhone, o 3GS.

O mais curioso é ainda voltarem a montá-lo todo e ele funcionar na perfeição.
Assim está bem!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Series TV: "Weeds"... no canal MOV

Se havia série que ignorava era a "Weeds". Ignorava a série por malandrice em me interessar por a ver. A série andou pela RTP2, o único canal aberto que temos que passa séries em condições e em boas condições (horários, sequência, etc).

Em Abril, o canal MOV (exclusivo da ZON), em substituição do espaço deixado por "True Blood", que havia terminado a exibição da 1ª temporada, passou a exibir a "Weeds - Erva" e foi desta que passei a dar atenção á série. Até porque como iriam começar desde o inicio o apelo a acompanhar tornou-se mais forte.
E que grande série ela é!


Digamos que "Erva" é uma daquelas séries subversivas pois o que acompanhamos é a luta pela sobrevivência e manutenção por um estado de vida elevado de uma família nos subúrbios americanos. Viúva, falida e sem dinheiro para enfrentar as dificuldades que esse nível de vida impõe, a personagem principal, a Nancy, dedica-se a arranjar dinheiro rapidamente e qual foi a solução encontrada: vender droga leve (erva).
O que ele não imaginava é que vender erva exige muito e igualmente trás sarilhos. Ao mesmo tempo, tenta conciliar essa vida com a sua vida familiar, que pelo seu estado de viúva acarretou mais responsabilidades perante os filhos que sofrem pela ausência do pai e criam situações muito peculiares.

"Weeds" é uma série com um certo tom de comédia negra, onde coexiste um certo ar ligeiro de "Donas de casa desesperadas" e entra cada vez mais nos meandros do que é um dealer de erva. E depois está repleta de personagens secundárias muito boas e caricatas.
Só vendo mesmo porque é inteligente e muito hilariante.

A série é mesmo muito boa e actualmente está já na 5ºT (nos EUA).

Promo subtil para a 5ªT...

Segunda parte do video aqui.

Vê-se num ápice pois cada episódio é de curta duração, cerca de 25 minutos. Quase que os episódios poderiam ser vistos ao pares, que nem chegavam a uma hora de exibição.


Um detalhe muito curioso é o tema do inicio da série que é normalmente interpretado por vários e diferentes artistas...
Aqui fica a versão de Elvis Costello


Por cá, passa já amanhã, dia 18, o último episódio da excelente 2ªT.
Esperemos que o MOV avance para as temporadas seguintes, pois a série pode-se dizer também que é... viciante!
Recomendo.

Arte com papel A4 recortado...





Impressionante o que se pode fazer com uma folha de papel A4...

sábado, 15 de agosto de 2009

Musica da Semana: Bryan Ferry & Roxy Music "More Than This"

Se há artista que muito admiro musicalmente é Bryan Ferry. Actualmente esmoreceu mas o tipo teve sempre categoria, isso é inegável.
Isto vem já dos anos 80, mas na altura nunca entendi bem o que separava Bryan Ferry da sua banda, os Roxy Music.

A banda era composta por gente ilustre, nos dias de hoje são já gigantes da música, como Bryan Ferry, Brian Eno, Andy Mackay, Phil Manzanera e Paul Thompson.

Dos Roxy Music não posso dizer muito pois não acompanhei o legado da banda, o que não quer dizer que não tenham algumas que considero incontornáveis do pop-rock dos anos 80, como "More Than This" e a "Avalon", que são obras-primas intemporais. Parece que essas canções não envelhecem e tenho em "More Than This" como das melhores musicas de sempre que já ouvi (e tenho).

E o dizer "tenho" significa... a colectãnea em CD, que reune o melhor da obra de Bryan Ferry e alguma da banda também, o "More Than This" (1995).

Xiii... ainda me lembro de ver os singles e álbuns dele em vinyl...
Contudo, o que mais marcou de Bryan Ferry eram as suas canções de índole mais romântica onde ele soltava a sua veia de crooner charmoso.

Bryan Ferry & Roxy Music "More Than This" (1995)
Antes de avançara para aquelas que mais aprecio, destacar algumas que são bem boas canções e que merecem ser descobertas ou voltarem a tocar. Só para enumerar algumas desta colectânea: "Let's Stick Together", "Jealous Guy", "Kiss And Tell", "I Put A Spell On You", "Is Your Love Strong Enough" e a impressionante "A Hard Rain's A-Gonna Fall".

E como muito paleio serve de pouco, avancemos para as melhores e mais saudosas faixas, com os videos que nos dão a conhecer melhor a música e arte de Bryan Ferry.

Primeiro começar por aquela que considero a mais marcante e melhor de sempre:


More Than This (Roxy Music "Avalon" 1982)
Esta é um prodígio harmonioso, com arranjos musicais tocados de forma intemporal. Não há tiques de época evidentes e com quase 30 anos, parece tão fresca como se tivesse sido editada ontem. É mesmo impressionante! Maravilhosa!





Também digna de registo é a "Kiss and Tell":






Avalon (Roxy Music "Avalon" -1982)
Outra na linha da anterior "More Than This"... soberba e igualmente intemporal. Talvez até melhor... talvez só...





Don't stop the dance (Bryan Ferry "Boys and Girls" -1985)
Esta é a típica canção dos anos 80, aliás bem marcada no seu apelo pop dançável para as discotecas da altura. Não será das mais evidentes nos destaques que se possam fazer do disco, mas é daquelas marcantes e que sempre adorei. Naquela altura gravadinha numa cassete e metidinha num Walkman... junto com outros hits dos 80s... ui!


Slave to Love (Bryan Ferry "Boys and Girls" -1985)
A canção pop-romântica por excelência... lasciva, charmosa, com estilo luxuriante. A capa do single na altura estava um assombro (como se fosse um vicio) e já dizia tudo sem ainda a canção nem ter tocada. Depois o video então... xiii, é só glamour!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Canais de TV: TvCine exibe o "Iron Man - Homem de Ferro" (e em HD)!


A estreia mais forte de hoje nos canais TVCine é o "Iron Man - Homem de Ferro" (2008). A estreia televisiva acontece no TVC4, o que significa a exibição também em HD no TVC4HD.

"Iron Man" é um filme muito entusiasmante e refrescante. Esta personagem Marvel foi adaptada com imenso carinho pelo realizador/actor Jon Favreau, e devolveu-nos um super-herói interessantissimo. Como é bem sabido, o Homem de Ferro insere-se na linha dos super-heróis do género de Batman: não têm qualquer super-poder, habilidade genética ou mutação evoluida... nãaaa, é apenas alguém normal muito determinado e a fazer uso de ferramentas e gadgets para o auxiliar nas suas tarefas, só que neste caso toda essa artilharia é o seu próprio fato que é nada mais nada menos que uma revolucionária armadura.

Quando soube que a realização do filme estava a cargo do actor Jon Favreau, temi mesmo o pior e que o filme seria mais um daqueles fracos que mais servem para provocar danos em mais uma personagem Marvel... mas felizmente que sucedeu o oposto.
Ele soube como ninguém fazer tudo certo: bom elenco, boa história adequadamente actualizada para os novos tempos continuando a ser fiel aos conceitos originais da BD do Homem de Ferro (até se chegam a ver os 3 fatos originais) e soube tornar tudo isso entusiasmante.
E uma palavra de destaque para o actor que dá "vida" ao Home de Ferro, o Robert Downey Jr, que arranca um soberbo Tony Stark que até não se vislumbrava nas páginas das BDs (que muito li).

Altamente recomendado e para mim um dos filmes de 2008!

Veja mais artigos neste blog sobre Iron Man. Clique aqui.