sábado, 3 de julho de 2010

O hip-hop... e eu.

O hip-hop é um gênero que consegue sobreviver às muitas mudanças do mundo da música e da sociedade. Mas se há uma conclusão que tenho tirado de mim mesmo é que a revolução que é sempre a adolescência é obviamente contrastante com o amadurecimento da idade adulta.
Ter vida profissional e vida familiar (inclusive com uma familia já a crescer apartir de nós) não é bem o mesmo de outros tempos onde já tivemos todo o tempo do mundo para vivermos as nossas "cenas".

Penso que no hip-hop passa-se o mesmo e nota-se que até é um género que sente estas situações igualmente pois os públicos também mudam, por vezes transformam-se, factos que levam a mutações, criando razões que acrescentam outras correntes musicais na bagagem... relegando este estilo para outro tipo de atenção ou preferência.

Todavia, ao mesmo tempo que serve de base pop na actualidade, por vezes vejo-o também como um género educacional inesgotável, cultivando o gosto para outros generos (jazz, r'n'b, trip-hop, dance music, pop, etc).

Digo tudo isto por ver cada vez mais o hip-hop se distanciar do que era o conceito original, no fundo uma forma de expressão de guetos e das contestações da facção negra, bases sonoras simples e pilhadas... para o que hoje é a sofisticação e de ultra-produção, onde por vezes até surge como a real pop music da actualidade, de plena expressão urbana, multicultural e, específicamente, sem cor de pele (a grande vitoria alcançada).
Todos gostamos de algum hip-hop... e eu, apesar de tudo, tão eclético de gostos, regresso sempre a ouvir isto.

2 comentários:

Bruno Cunha disse...

A evolução "ataca" as diversas artes, a música e o hip-hop, mais precisamente, não fogem à regra.

Abraço
Cinema as my World

ArmPauloFerreira disse...

Podes crer. O mesmo se pode dizer dos filmes... que é mais a tua área.
Aliás... é ao que se tem assitido com os filmes, mas aqui o problema não é bem a evolução tecnológica mas sim a evolução comercial do filme que passou a produto para o público mainstream. E cada vez mais esse público é extremamente mainstream/pop.


(So sorry for this late comment. Mea culpa.)