sábado, 25 de junho de 2011

Cine-critica: Awake (2007)

Awake
Acordado
2007


Realização e argumento:
Joby Harold

Com:
Hayden Christensen, Jessica Alba, Terrence Howard, Lena Olin...

Sinopse (via Cinema2000): "Para um jovem homem que tem tudo o que Clay Beresford, o herdeiro de um banqueiro, precisa é um transplante de coração que irá salvar-lhe a vida. Tendo sido encontrado um dador, a sua alegria transforma-se em puro terror quando ele se vê numa situação que poucos se atreveriam a imaginar: é deixado completamente alerta durante a cirurgia."



Bom filme. Invulgar, uma boa história onde as personagens são mais do que parecem e com artifícios narrativos muito criativos.
O filme começa quase no fim, numa situação de impasse e incerteza onde um cirurgião refere a morte do seu paciente e depois recua ao ponto de onde tudo começou. Ficamos a conhecer que existe uma percentagem de pessoas que resistem às anestesias e acordam durante as cirurgias, tendo o corpo que continua adormecido mas totalmente conscientes de tudo que se está a passar e pior ainda sentindo em silencio as dores da intervenção.


No entanto, o que parecia um mero caso destes muito raros, é ainda acrescentado de duas camadas extra narrativas que tornam tudo muito mais interessante. Uma é que a operação não é bem inocente e a outra é uma espécie de estado além da morte, onde o paciente vagueia pelas suas memórias e em projecção corporal presencia eventos que desconhecia, revelando-nos assim um filme que tem mais enigmas para contar do que parece.
São vários twists narrativos, que gradualmente vão surpreendendo e despertando cada vez mais o interesse por este impressionante filme.
Gostei do elenco: Hayden Christensen muito interessante, a Jessica Alba (que nutro um certo ódio de estimação) está muito agradável e sem ser nada demais com uma classe que já não lhe via há muito tempo e a Lena Olin consegue fazer muito com tão poucas cenas.
Andava em lista de espera "à séculos" e caramba que o devia ter visto à mais tempo.
Filme curto (80m) e muito porreiro.
Gostei!

Classificação:
6,5/10

2 comentários:

João Sousa disse...

Um filme com esta temática pode ser uma montra para as capacidades de interpretação do protagonista. Não tendo visto este, os meus contactos anteriores com a carreira de Hayden Christensen fazem-me esperar pouco.

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Recordo-me de um famoso episódio de "Alfred Hitchcock Apresenta" com um conceito algo próximo. No caso, era um personagem prestes a ser autopsiado. Penso ser uma daquelas ideias que é ciclicamente revisitada no cinema.

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Jessica Alba? Como é que consegues odiar alguém com uma carinha daquelas?

Agora (um pouco) mais a sério, tenho lido em vários locais que a senhora Alba é extremamente cortês e simpática na sua existência real. Sendo tal um fenómeno tão pouco frequente no mundo de Hollywood, isto (e só isto) faz-me ter algum respeito por esta (belíssima) criatura. De resto, acho-a sem praticamente qualquer competência. Mas dou-lhe um desconto, pois tenho a impressão de que aquela cabecinha está completamente desprovida de actividade. É impressionante, às vezes vejo-lhe os olhos flutuar tão aleatoriamente que me convenço de que o seu cérebro nem tem capacidade de processamento para os focar num determinado ponto espacial.

ArmPauloFerreira disse...

O Hayden está muito bem neste filme, tal como já esteve no Shattered Glass (2003). Contido e muito interessante. A Jessica Alba, não há como a ver no Into The Blue, um autêntico filme national geographic... (e a sequela então...).
Há algo nela que tendo a valorizar muito pouco.

A tua frase: "aquela cabecinha está completamente desprovida de actividade"... sim um certo "sobe e desce falacioso"!
Mas ela neste filme esteve muito bem e muito interessante a performance. Recomendo!