sábado, 19 de março de 2011

Cine-critica: Adeus, Pai (1996)

Como hoje é dia do pai, nada melhor como recordar um muito acertado filme português que lida com o valor que um pai tem para um filho.

"Adeus, Pai" (1996)
Realizador: Luis Filipe Rocha
Com: José Afonso Pimentel, João Lagarto, Laura Soveral...


A premissa é toda ela bem simples mas já começa por dizer imenso:
"Filipe, um adolescente de 13 anos, vive a concretização do seu maior sonho: passa as férias grandes, sózinho com o pai, num paraíso - os Açores.
Mas todos os sonhos acabam quando acordamos e regressamos à realidade.
ADEUS, PAI, um filme de crianças que é mais do que um conto de fadas."
E assim, era uma vez um filho que queria ter um pai que quisesse ter um filho.



Marcou-me desde que o vi no cinema (quando o estreou) e nunca mais me saiu da cabeça. É brilhante, ternurento e muito inteligente. É imensamente tocante, não só para os que felizmente têm pai mas também para os que já não os têm nas suas vidas, infelizmente. Neste filme os factos são apresentados pelo ponto de vista de um filho, que devido a ter um pai devotado á sua vida profissional não o acompanha e a criança sente pela sua ausência, a falta do seu acompanhamento directo, a falta de poder conversar com ele, de aprender com ele, ter brincadeiras... no fundo tudo o que representa ser um pai activo e presente.

A destacar a banda-sonora dos Delfins, cuja canção "Não vou ficar" e o seu instrumental pontuam com brilho este importante filme. "Adeus, Pai" não só aborda o ponto de vista infantil e inocente, como também o adulto, permitindo fazer acreditar que há sempre uma oportunidade para inverter o rumo que se toma na vida, mesmo quando essa vida está já premeditada. No final somos contemplados ainda com um interessante twist que coloca uma nova perspectiva a esta história  e de certa forma, fica um rastilho de esperança.
Altamente recomendado.

3 comentários:

Ricardo Vieira disse...

Boa dica!

ArmPauloFerreira disse...

Podes crer que vale bem a pena e diz muito para este dia do pai

Anónimo disse...

Adorei este filme no cinema e acabei de o rever. Grande lição de vida que dele podemos extrair. Mantenho ainda hoje a promessa que na altura fiz a mim mesma de tentar nunca ser como aqueld pai.