quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cine-critica: Femmine Contro Maschi (2011)

Femmine Contro Maschi
Fêmeas Contra Machos : A Guerra dos Sexos - Parte 2
(2011)


Realização: Fausto Brizzi

Sinopse: "Anna e Piero (Luciana Littizzetto e Emilio Solfrizzi) estão casados há quase vinte anos. Ela é culta e sofisticada. Ele, pelo contrário, é ignorante, pouco ambicioso e mulherengo. Um dia Piero tem um acidente que o faz perder a memória a curto e médio-prazo, ficando estagnado nos tempos do liceu. Anna encontra aí o momento certo para "reformatar" o marido e melhorar a vida em comum, transformando-o no homem com quem sonhou toda a vida . Porém, as coisas vão complicar-se de tal modo que ela vai desejar ter o antigo marido de volta...
Sequela do filme "Machos Contra Fêmeas: A Guerra dos Sexos - Parte 1", uma comédia de costumes realizada por Fausto Brizzi." via PÚBLICO/Cinecartaz



Ora bem...

Em 2012, estreou nalgumas salas nacionais (na realidade, em muito poucas até), dois filmes italianos. Na penúltima semana de Maio surgiu o "Machos Contra Fêmeas - parte 1" (ver critica aqui) e na última semana do mesmo mês este "Fêmeas Contra Machos - parte 2".
O tema é a guerra dos sexos, e se no primeiro sugeria-se que eram os homens contra as mulheres, de facto nesta sequela não se nota que se trata de uma guerra desta vez das mulheres contra os homens. É mais do mesmo, nesta sequela que se pretendia uma abordagem de diptico mas que falha redondamente sem não acrescentar nada de novo, ao ser agora mais rebuscado (e até enfadonho) e os clichés desta não funcionarem em favor do filme.


Contudo, tem algo que achei interessante e até pouco explorado nos filmes (que já vi): as personagens que mais acompanhamos no primeiro filme, são secundários desta vez, ou melhor dizendo, pessoas que outras personagens conheciam ou que por vezes lhes falam sem muitas das vezes as conhecerem de facto (mas que nós sabemos bem quem são - e com isso percebemos que certos encontros momentâneos e conversas, têm uma segunda profundidade por sabermos o que outros já passaram). No fundo, utilizam-nas como cameos do primeiro filme e as personagens a que este filme pretas atenção faziam cameos na primeira parte.
Esta ideia, achei muito interessante, e a forma como as usam acrescenta um pouco de brilho a esta sequela e isso fez-me dar mais um pontinho na classificação. Imagino um dia destes Hollywood a copiar este conceito...


Claramente o objectivo desta produção italiana foi capitalizar no sucesso do primeiro filme. E nota-se muito...
Se o primeiro servia-se da fórmula de Hollywood, em reunir um grande elenco, criando assim um puzzle-movie com imensas personagens, tudo combinado em comédia, mesmo assim pontuava por manter alguma da comédia de costumes à italiana. Nesta segunda incursão pelo mesmo universo, já não resultou tão bem sendo que se sente uma abordagem ainda mais leve e banalizadora do pack desenvolvido por Fausto Brizzi com um mega-elenco que apenas cumpre no seu todo.



É uma comédia razoável e consegue funcionar isolado da parte 1 mas sabe melhor depois de visto o primeiro (além de lhe acrescentar sentido). Mesmo assim, o efeito do primeiro filme perde-se aqui.

Classificação:
5/10
Decente...

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