sexta-feira, 24 de abril de 2009

TVCine exibe The Incredible Hulk (2008)

Hoje vai haver filme de peso no TVCine:


Com estreia de exibição no TVCine 4 HD, o mais recente filme de Hulk vai deixar os nossos ecrãns de TV verdes de tanta raiva!




"The Incredible Hulk / O Incrivel Hulk" de 2008, não é um verdadeiro Hulk 2 ou uma sequela da versão de 2003 que me fascina muito mais. Na verdade acho que são filmes antagónicos, com apenas uma réstea de acontecimentos que poderiam simbolizar essa continuação. Mas não é.
Esta é uma nova versão de Hulk, que dentro do género não me encheu as medidas. É mais um apenas...

Pessoalmente, não fiquei assim muito agradado na globalidade com este reboot que a Marvel fez à personagem, depois de terem achado decepcionante o rumo que tomou a versão de Ang Lee em 2003. Com dois filmes que são tão opostos um ao outro as diferenças entre eles acabam por ser visíveis principalmente no trato dado à personagem.

De certa forma, há contudo nesta versão de 2008 uma pequena ligação com o de 2003 no sentido em que este já começa os acontecimentos com um Bruce Banner na pele de um fugitivo, escondido no Brasil. As ligações com Betty á distância, também fazem a ponte com o filme anterior e de certa forma o desenvolvimento do exército que mostra estar perante uma ameaça que já conhece muito bem e que se apresenta artilhada com material á altura de Hulk.


Também a continuação do propósito de Bruce Banner, que tenta a todo o custo arranjar forma de conter o surgimento do seu poderoso alter-ego e com esse objectivo investigar e arranjar uma cura para ele mesmo.
Só que nem tudo corre como ele quer e os desenvolvimentos ao longo do filme mostram que ele precisa do seu outro "eu":
Hulk tem de ser solto!


Na versão 2003 tentou-se dar uma abordagem á personagem ao estilo cinema, rebuscando os dilemas pessoais da personagem, os traumas de infância, os relacionamentos familiares, as descobertas cientificas e os interesses por trás delas. É mais que um filme de acção, que nesse capítulo até nem exibe assim grandes momentos de acção (até porque Hulk não tem um verdadeiro opositor de força). Ang Lee, deu-nos sim foi um deleite visual dos passos da personagem e não lhe escapou alguns pormenores históricos de Hulk (como as mudanças de tamanho em função da raiva sentida). Hulk é um monstro imparável mas chega por momentos a ter um vislumbre de humanidade e do que é fazer o bem (ex: a cena em que salva o avião de embater na ponte).
A verdade, é que resultou insuficiente pelos "inimigos" que o mosntro verde teria de defrontar: canixes gigantes? Um Homem-Absorvente sem nexo? Soube a muito pouco apesar da boa execução geral, da originalidade das mudanças entre cenas e do muito sumo que o argumento tem implicito para muitas mais possibilidades.


The Incredible Hulk (2008)


A versão de 2008, é aquilo que actualmente a Marvel pretende fazer em filme: muita acção suportadas em histórias simples. É muito vistoso como filme de feitos especiais, sendo o maior efeito o próprio Hulk. Desta vez surge com inimigos de envergadura, nada mais nada menos que o temível "Abominável". E pelo caminho são ainda lançadas as pistas para algo de maior que a Marvel vem preparando (a conexão no fim com Tony Stark, do filme "Iron Man", é o maior indício da criação dos Avengers).
Não foi deixado nada ao acaso e neste filmes foram lançadas ainda as pistas para um futuro regresso da personagem e de outros possíveis inimigos tais como o arqui-inimigo "O Lider" (que se já vislumbra neste filme um pouco do seu inicio)...
Ao contrário da versão de 2003, este tem acção aos montes e ideias engraçadas do uso do todo-poderoso Hulk. Neste último aspecto, há cenas muito curiosas tais como a das luvas de boxe improvisadas e o bater palmas á Hulk para apagar um fogo... tudo ideias de mestre. O problema é que não passa disso mesmo e falta neste Hulk um sentido de elevação para lá do seu próprio género de filme.


Não fiquei muito satisfeito com a nova versão precisamente pelo actor Edward Norton, que dá uma versão de Bruce Banner com nuances de espertalhão modernaço e aspecto bem diferente da versão clássica da BD. Acho que o da versão de 2003 estava mais correcto e tinha mais aspecto de nerd/geek. Afinal, Banner é um cientista e não um tipo de acção no terreno. No sentido oposto, a nova Betty Ross, protagoniza por Liv Tyler está muito mais acertada que a anterior, pois tem muito do estilo e da aparência da Betty da BD.

Um outro aspecto que não me satisfez tanto quanto esperava, é o próprio Hulk CGI. Esperava um avanço e refinamento foto-realístico da personagem na sua integração com a imagem real. Este Hulk tem demasiados momentos em que parece muito irreal. Apesar de desta vez existir imensos detalhes anatómicos (as veias e os movimentos dos músculos principalmente) é a pele de Hulk que estraga tudo pois parece de plástico e com um tom verde algo estranho por vezes para uma imagem live-act. Neste aspecto acho a versão de 2003 mais realística na fotogenia e mais bem conseguida, só pecando pela fraca qualidade dos movimentos na altura muito bons mas que hoje já parecem mesmo gerados por CGI. Já se tem visto muito melhor e uma personagem como o Hulk merecia ainda melhor.


Na imagem a evolução do CGI: Hulk de 2003 vs 2008

O resto está OK, incluindo o Abominável (que só peca por ser tão fácil fazê-lo surgir no filme e depois acabar com ele da mesma forma).

Ahh... e realmente não tivemos afinal nenhum vislumbre do Capitão América no gelo. Foi um desfalque que nos fizeram...

A suposta cena do inicio alternativo onde surge o Cap.América (congelado) nos destroços do gelo no final da sequência.




Veja mais pensamentos sobre os filmes do Hulk num outro artigo mais antigo (clique aqui).

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