Hoje comemora-se o dia do pai.
É um dia não só para quem é pai mas também para quem é filho. São os filhos que tornam o dia especial e como todos sabemos, todos nós somos filhos de alguém. Alguém que cuidou de nós e continua a cuidar e a preocupar-se. Contudo, nem sempre é assim...
Hoje pensei no caso das mães solteiras por opção. Cuidam do filho sozinhas (normalmente é um só filho(a)). E foi sobre essas crianças, jovens ou adultos que me fez ponderar como será que encaram o dia que aqueles que lhes rodeiam comemoram. Por vezes estas pessoas não sabem quem é o seu pai e até nem têm a figura do pai presente na sua vida e este dia só vem agravar o sentimento que os isola da comemoração do dia.
Entendo que é muito diferente um filho não ter pai por infelicidade da vida a morte o ter levado mas não ter porque a mãe por diversas circunstancias assim optou. Esta é uma situação ainda mais dura que a morte pois a ausência neste mundo é um facto concreto e pelo menos nos dá um local para nos dirigirmos e assinalar o dia, relembrando aquele que foi o pai, pois neste caso existe uma imagem da pessoa que foi. No caso dos filhos sem pai por opção nem essa imagem existe na maior parte dos casos.
E é essa situação injusta para quem é filho de alguém que nunca conheceu faz este dia ser um... não-dia do pai.
Não é o meu caso nenhuma das duas situações referidas mas pensei nisso hoje apesar de não pretender aqui abordar a complexidade das situações. Apenas dedicar umas palavras a esta situação...
Ao inicio deste artigo, falava no caso do dia ser para os filhos celebrarem o seu pai. Na vida que nunca pára, um dia serão esses filhos o alvo da mesma acção da parte dos seus próprios filhos e aí passaremos a entender ainda melhor o que é afinal o Dia do Pai. É o dia que saberemos apreciar o que de bom a vida nos deu: os filhos!
Ahh! Eu sou um pai (para breve ainda mais pai) e... um filho também.
Hoje foi um dia duplamente importante e para o ano será ainda muito mais.
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