José James
Blackmagic
(2010)
Em 2010, referia que um dia teria de por aqui abordar o cantor jazz José James. Pois vamos lá a isso...
O José James, americano admirador de Prince, jazz moderno e hip-hop, tem sido um recorrente colaborador do italiano Nicola Conte, participando como voz convidada em grande parte dos dois álbuns "Other Directions" e "Rituals". (clicar nos títulos para as respectivas criticas a cada álbum)
José James tem uma carreira a solo e foi precisamente com o seu registo "Blackmagic" de 2010, que fiquei um admirador. É um álbum neo-jazz bastante bom. O registo anterior de 2008, o "Dreamer" não me amarrou... tudo muito igual.
De certa forma, o que mais me cativou no "Blackmagic" foram as incursões que faz com o jazz por terrenos mais dub e por vezes chegados ao trip-hop. Serve da electrónica de forma deliciosa mas sem que esta transforme a sonoridade base do jazz moderno.
Pois sim está bem... mas e concretamente sobre as faixas e som do YouTube para ouvir?
É já a seguir e vamos lá a isso.
Prestando destaque a algumas faixas, o álbum arranca com
"Code", e pode-se dizer que começa logo no topo de grandeza pois este é uma canção truculenta com um belo jogo entre a batida e o baixo, cuja toada sonora e vocalização faz até imaginar que Tricky teria passado por aqui.
Mais à frente deparamo-nos com um bom momento perante a "Lay You Down", uma bela faixa com uma toada calma com sabor a hip-hop, seguida de imediato por "Promise In Love" muito interessante.
Novamente deparei-me com aquela que é uma das duas melhores faixas de todo o álbum, a magnifica "Made For Love":
Canção excelente, arraçada do trip-hop, aqui servida por programações com base hip-hop, sendo que o travo neo-jazzistico é dado por ligeiros apontamentos de instrumentos mas é José James a cantar em regime soul, muito seguro e sedutoramente quem torna esta criação excepcional. Adoro mesmo!
"Save Your Love For Me" é a que se segue e aqui somos brindados por uma calma canção jazz, muito cool, e a meio brinda-nos com um brilhante solo de piano, mesmo como manda a lei.
Jazz do bom!
Avançando para o último grande destaque que faço do álbum, é com "Blackmagic", a canção que dá o título ao álbum, que José James, melhor equilibrio entre o criativo, a de sonoridade, arranjos e voz, nos oferece. É dos melhores momentos do disco, viciante, com um ritmo galopante, com uma predominância de belos acordes de guitarra e um encorpado baixo que dá que fazer à batida.
É o segundo ponto alto do disco e é marcante.
Deliciosa e termino precisamente com ela.
Enjoy!
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