terça-feira, 24 de julho de 2012

Cine-critica: The Switch (2010)

The Switch
A Troca
[2010]

Realização: Josh Gordon e Will Speck

Com: Jason Bateman, Jennifer Aniston,
Patrick Wilson, Juliette Lewis, Jeff Goldblum, etc...

Sinopse (via Split Screen): "Chegada à casa dos 40 e após uma busca infrutífera pelo homem perfeito, Kassie Larson (Jennifer Aniston) decide avançar por sua própria conta e risco e ter um filho sozinha, recorrendo às mais modernas técnicas de inseminação artificial. Sete anos depois, com a vida estável e um filho de seis anos, ela descobre um segredo que Wally Mars (Jason Bateman), o seu melhor amigo, tem guardado durante todo este tempo..."





Ora bem...

Estamos aqui perante um drama-light concebido com um fundo de romance disfarçado, onde se coloca em causa o não aceitar/cultivar relações amorosas, sobretudo quando há alicerces de grande amizade mútua à mistura. O facto de as duas personagens principais do filme viverem toda as suas vidas habituados à ideia de contarem um com o outro nos mais diversos momentos e situações.

"Look at us, running around. Always rushed, always late. I guess that's why they call it the human race. What we crave most in this world is connection. For some people it happens at first site. It's when you know you know. It's fate working its magic. And that's great for them. They get to live in a pop song. Ride the express train. But that's not the way it really works. For the rest of us, it's a bit less romantic. It's complicated, it's messy. It's about horrible timing, and fumbled opportunities. And not being able to say what you need to say when you need to say it. At least, that's the way it was for me."

A abordagem ao tema do desejo feminino em ser mãe (ou seja: ser mãe numa época moderna onde se descarta ter um parceiro) e a solução recai em avançar pela técnica de o conseguir por um dador, que inesperadamente neste filme (que não é uma comédia-romântica mas sim uma dramédia) não corre como era suposto o imaginado. Contudo, o tempo passa e 7 anos depois há surpresas a guardar desse dia...

De uma forma muito interessante e cativante, "The Switch" sabe também acentuar levemente a existência de um drama de contornos familiares (o factor mono-parental), que se torna evidente para uma criança (sem pai e feita por inseminação) e que se vê com perante adultos solitários (por não saberem se comprometer), incluindo a sua mãe.

Percorre ainda em subtexto as ilusões amorosas de gente que não se adapta a uma vida a dois, os conceitos modernos de tentar contornar com festas situações sérias e a importância dos amigos verdadeiros (aqueles a quem se recorre ou mais se necessita nos momentos difíceis da vida, seja para as pequenas coisas simples, seja para as grandes decisões).


Bastante melhor do que esperava assistir, com uma grande interpretação de Bateman, a Anniston encontra-se aqui num dos seus melhores filmes sem fazer nada de especial por isso como actriz.  No elenco secundário, destaque para as participações discretas de gente grande como são o Jeff Goldbum e a Juliette Lewis.
Um filme melhor do que parece e com aquele efeito escapista de querer mostrar a vida real... mas com situações rocambolescas e engraçadas à mistura.

7/10
Bom

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