Roger Waters
"Amused To Death"
1992
"Amused to Death era o terceiro album de estúdio da carreira a solo de Roger Waters. Album ignorado pela crítica, e esquecido pelo público, visão pessimista sobre o comportamento humano, a alienação, a rotina massacrante e a brutalização do homem provocada pelas doses de violência que lhe são despejadas incessantemente na TV. Essa era a temática abordada pelo ex-Pink Floyd neste disco, lançado em 1992. Jeff Beck e Don Henley têm participações especiais no disco. Entretanto já passaram 20 anos, e Amused to Death é hoje considerado um dos melhores álbuns conceptuais de sempre."
via Francisco Rocha em Two On The Road
"What God Wants, part 1"
Comecemos pelo principio, de todos os álbuns do Roger Waters a solo, este é um álbum que gosto bastante e é o que mais prazer me dá ouvir. É um bom álbum conceptual, não diria dos melhores álbuns conceptuais de sempre (ele enquanto nos Pink Floyd fez melhores e superiores a este) mas que é um álbum encantador lá isso é... é inegável.
As diversas "What God Wants", as duas partes de "Late Home Tonight", ambas as "Perfect Sense" (que funcionam como uma só, apesar de divididas em duas), a maravilhosa "Too Much Rope" e por fim as duas
longas faixas seguidas criadas como épicos, as "It's a Miracle" e a "Amused To Death" demonstram que Roger Waters tem génio... mas também um imenso ego (e autoritário).
longas faixas seguidas criadas como épicos, as "It's a Miracle" e a "Amused To Death" demonstram que Roger Waters tem génio... mas também um imenso ego (e autoritário).
"Late Home Tonight, part 2"
(ainda paira aqui o espectro da guerra do "The Final Cut" mas... é uma faixa magnifica! Soberba!)
"Late Home Tonight, part 2" lyrics:
Hark the wire service sing
Clear the satellite link
Check the fax machine
Hold the lead story boys
There's some great pictures coming in
Now the pilot's heartbeat slows
Palms dry out
No questions only orders
And the F-1 glides in nose-up
Through the cloudbase and the
Ground crew cheers as he puts down
His landing gear
Hey boy you're a hero
Take this cigar
Back home in Cleveland
All the papers and local TV stations
Will be calling your ma
And the farmer's wife
Shoos the cat off the chair
She says sit down my dear
Was the milking all right
Our American friends
are late home
tonight
Outra coisa altamente deste álbum é que foi tecnologicamente gravado com a captação tridimensional do som QSound (salvo erro era assim o nome) e o Waters nota-se que brincou bastante com isso. O cão a ladrar ao fundo na primeira faixa (instrumental), as vozes dos relatos, os sons de televisão, a passagem do Ferrari ou a ambiência da "Amused To Death"... tudo ficou impecável e expandem o que se escuta.
(Apenas para curiosidade, o ao vivo "Pulse" dos Pink Floyd foi gravado com a mesma tecnologia... e não gostei nada. Continuo a manter o live "Delicate Sound Of Thunder", aquele das lâmpadas, como o que soa melhor... mas muito melhor!)
"Perfect Sense" parte 1 e 2
(quem nomeou o seguinte video como parte 2 e 3... é um tótó!)
Agora há neste algumas curiosas observações que as faço contra o próprio Roger Waters.
Em meados dos anos 80, ele acusou David Gilmour e Nick Mason, de terem prosseguido contra a vontade dele com a banda e de terem feito o "A Momentary Lapse of Reason" (1987) como sendo um facsimile do som Pink Floyd.
Ora ele então, depois de toda a discórdia com os outros membros, neste álbum fez precisamente o mesmo. Se bem que o entendo, afinal "which one is Pink?".
O álbum arranca logo com uma entrada tipicamente à Pink Floyd e vive do ambiente e estilo dos álbuns "The Wall" e "The Final Cut" (que foram ambos inteiramente escritos por ele). mais caricator é notar que Roger, com os seus músicos na gravação deste disco, manteve diversas influências da forma de tocar dos seus ex-colegas dos Pink Floyd: de Mason paira a sua forma de usar a bateria, os orgãos atmosfericos à lá Richard Wright igualmente estão lá (a instrumental primeira faixa então... ui) e a forma de deixar apontamentos a piano soam sempre familiares e mais importante de tudo foi a tentativa de ter solos de guitarra tal como o Gilmour faz (na "What God Wants, Part 3" é à descarada).
"What God Wants, part 3"
(a favorita de todo o álbum... e 20 anos depois continua assim mesmo: a melhor.
Também muito ajudou o magnifico solo da lead guitar de Jeff Beck.)
Até a "gota" da "Echoes" está presente, carago. (Ouçam bem com atenção...)
Que sacana... vá lá que cuspiu mas caiu-lhe encima.
Bem mas isto são apenas observações floydianas... e este é um disco a solo de Roger Waters.
Digo só que foi pena ele nunca mais ter feito nenhum album de originais depois deste magnifico "Amused To Death". Vá, a peça de ópera "Ça Ira" não conta... (e não gosto).
E nada melhor para terminar esta abordagem ao álbum do que ficar com a épica última faixa do álbum, a "Amused To Death". Uma daquelas canções completas e que percorre estilos para deixar impressões dos sentimentos. Tem 9 minutos... e é quase uma odisseia.
Há grandiosidade aqui... e o CD tem um final megalómano!
Enjoy it!
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