Hulk, sad and hungry...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Wii... hiper-mega-fantabulástica!!!
Há algumas semanas que esta invulgar consola de jogos nos anda a "consolar" cá em casa e especialmente à pequenada (estava prometida á mais de um ano).
Quem salta dos jogos do iPhone para os da Wii... parece mesmo peixe na água!
Mal se aterra no Sports Resort... é a loucura total!
A "shiny white" Wii é bastante melhor do que esperava e a parte multimedia da Wii (as fotos e a internet)... é bastante jeitosa mesmo. A Wii é realmente hiper-mega-fantabulástica!!!
Altamente!!!
Go-go-go-go-speed-go!!!!
Quem salta dos jogos do iPhone para os da Wii... parece mesmo peixe na água!
Mal se aterra no Sports Resort... é a loucura total!
A "shiny white" Wii é bastante melhor do que esperava e a parte multimedia da Wii (as fotos e a internet)... é bastante jeitosa mesmo. A Wii é realmente hiper-mega-fantabulástica!!!
Altamente!!!
Go-go-go-go-speed-go!!!!
The Art of Analog Computing... mas com um Mac!
Uma recriação fisica da vida digital de um Mac user...
Está mesmo muito bom esta criação da Meltmedia.
"The premise of this short film is to represent the digital tools and interfaces we use daily in an analog way. In the analog office, your computer desktop becomes your actual desk, your inbox gets flooded with Spam cans, the server runs past you multiple times a day (and perhaps crashes every now and then), and Twitter users follow each other around the space. This concept is essentially just for fun but also reminds us just how digitally connected we all are. The video was acted and produced entirely by the Meltmedia team and filmed in the Meltmedia office. We hope you enjoy watching it as much as we enjoyed making it."
Está mesmo muito bom esta criação da Meltmedia.
Tem imenso detalhes saborosos como o empregado de mesa a passar várias vezes (representa o servidor), os conhecidos no Twitter, na reunião um dos criativos fica "congelado" (sem ideias e soluções?) e muito mais desfila por lá muito bem recriado.
Ahhh... e ver tudo até ao fim pois há uma cena extra depois dos créditos...
"The premise of this short film is to represent the digital tools and interfaces we use daily in an analog way. In the analog office, your computer desktop becomes your actual desk, your inbox gets flooded with Spam cans, the server runs past you multiple times a day (and perhaps crashes every now and then), and Twitter users follow each other around the space. This concept is essentially just for fun but also reminds us just how digitally connected we all are. The video was acted and produced entirely by the Meltmedia team and filmed in the Meltmedia office. We hope you enjoy watching it as much as we enjoyed making it."
domingo, 29 de agosto de 2010
Dubai Fountain show
Cerimónia inaugural da Fonte de Dubai, a maior fonte do mundo.
Tecnologicamente referido como o mais avançado show do género. A Fonte de Dubai, com 275 metros, ocupa uma superfície equivalente a estádios de futebol. O custo da construção foi de 218 milhões de dolares e os jatos d'água podem alcançar a altura de um prédio de 50 andares, que em dias claros, podem ser vistos a uma distância de 300 km.
Achei espectacular este video, que alguém captou nas imediações, e que bem exemplifica a imponência da fonte pois não imaginava que tivesse tantos pontos na água para a projectar. Dá mesmo um belo efeito. Vejam!
Tecnologicamente referido como o mais avançado show do género. A Fonte de Dubai, com 275 metros, ocupa uma superfície equivalente a estádios de futebol. O custo da construção foi de 218 milhões de dolares e os jatos d'água podem alcançar a altura de um prédio de 50 andares, que em dias claros, podem ser vistos a uma distância de 300 km.
Achei espectacular este video, que alguém captou nas imediações, e que bem exemplifica a imponência da fonte pois não imaginava que tivesse tantos pontos na água para a projectar. Dá mesmo um belo efeito. Vejam!
Black Memorial
Uma espécie de memorial para alguns dos grandes artistas negros do mundo da música.
R.I.P. to all!
Do álbum de fotos no Facebook dos Mind da Gap
Michael Jackson
Isaac Hayes e J. Dilla
James Brown
Notorious B.I.G.
Guru
R.I.P. to all!
Do álbum de fotos no Facebook dos Mind da Gap
sábado, 28 de agosto de 2010
1975: as músicas do ano em que nasci... (Musica da semana)
No ano de 1975, uma das minhas bandas favoritas editava um dos seus melhores álbuns. Refiro-me, é claro, aos Pink Floyd e ao mitico "Wish You Were Here".
É um dos mais valiosos álbuns da banda, que sucedeu a outro que ainda hoje é um dos melhores da história mundial da música, obviamente o "Dark Side Of The Moon" -1973). É um álbum também conceptual e que lida com o sentimento de ausência da banda de um dos seus membros fundadores, Syd Barret (que havia perdido a sua sanidade mental devido aos alucinogénicos).
Tem uma das minhas mais preferidas canções de estúdio da banda, a "Welcome To The machine". Contém também as inesquecíveis "Shine On You Crazy Diamond" (em duas longas partes) e a mais popular da banda "Wish You Were Here"... se bem que destas duas gosto mais de as ouvir do disco ao vivo "Delicate Sound Of Thunder" (Ok... que sacrilégio mas prefiro antes estas versões).
Nada melhor que exemplificar com uma faixa deste álbum duma actuação única com todos os 4 membros por ocasião do evento Live8.
Em 1975 também houve muitos e variados hits, como os:
The Eagles "One Of These Nights"/"Take It To The Limit"/"Lyin' Eyes";
David Bowie "Young Americans";
Leonard Cohen "Suzanne";
Paulo de Carvalho "Nuanbuangongo, Meu Amor";
Etc... entre outros que agora assim de repente não me recordo (mas que acredito desse lado recordarem-se de muitos mais... os comentários podem servir para isso!)
Tem uma das minhas mais preferidas canções de estúdio da banda, a "Welcome To The machine". Contém também as inesquecíveis "Shine On You Crazy Diamond" (em duas longas partes) e a mais popular da banda "Wish You Were Here"... se bem que destas duas gosto mais de as ouvir do disco ao vivo "Delicate Sound Of Thunder" (Ok... que sacrilégio mas prefiro antes estas versões).
Nada melhor que exemplificar com uma faixa deste álbum duma actuação única com todos os 4 membros por ocasião do evento Live8.
Wish You Were Here (Live8 version)
Em 1975 também houve muitos e variados hits, como os:
The Eagles "One Of These Nights"/"Take It To The Limit"/"Lyin' Eyes";
David Bowie "Young Americans";
Leonard Cohen "Suzanne";
Paulo de Carvalho "Nuanbuangongo, Meu Amor";
Etc... entre outros que agora assim de repente não me recordo (mas que acredito desse lado recordarem-se de muitos mais... os comentários podem servir para isso!)
Canais TVCine (Agosto'10): "Michael Jackson's This Is It", "Harry Potter e o Principe Misterioso", "Uns Sogros de Fugir", "Fama", "Franklyn", "Os Indesejados", ciclos "Jurassic Park" e "Red Riding"
A semana passada as estreias dos canais TVCine foram algo mais mornas mas compensadas por alguns ciclos e reposições de filmes que reforçaram o interesse. Refiro-me a estreias como "Fama" (fraco), "Franklyn", "Os Indesejados" e os ciclos "Jurassic Park" e "Red Riding".
Esta semana as grandes estreias recaem sobre "Harry Potter e o Principe Misterioso" na Sexta (27) e no Domingo (29) "Uns Sogros de Fugir", na Segunda (30) "Maldito United" e principalmente, Sábado (hoje 28) o "Michael Jackson's This Is It" (TVCine obrigado pela prenda!), que não é bem um filme mas sim um documentário (do tipo DVD extras) do que iria ser o regresso aos palcos do rei da pop...
Esta semana as grandes estreias recaem sobre "Harry Potter e o Principe Misterioso" na Sexta (27) e no Domingo (29) "Uns Sogros de Fugir", na Segunda (30) "Maldito United" e principalmente, Sábado (hoje 28) o "Michael Jackson's This Is It" (TVCine obrigado pela prenda!), que não é bem um filme mas sim um documentário (do tipo DVD extras) do que iria ser o regresso aos palcos do rei da pop...
1975: os filmes no ano em que nasci...
É caso para ser destacado pois no ano em que nasci, Hollywood e Steven Spielberg inventaram os blockbusters de Verão com o espantoso "Jaws - Tubarão".
Nunca mais a calmia de uma praia foi a mesma coisa.
Não se pode dizer que foi um grande ano em filmes mas ainda assim há algumas referências de relevo tais como "The Rocky Horror Picture Show", "Monty Python and the holy grail", o grande jack Nicholson no "Voando sobre um ninho de cucos" e até mesmo os loucos "volume" em "Supervixens".
Nunca mais a calmia de uma praia foi a mesma coisa.
Não se pode dizer que foi um grande ano em filmes mas ainda assim há algumas referências de relevo tais como "The Rocky Horror Picture Show", "Monty Python and the holy grail", o grande jack Nicholson no "Voando sobre um ninho de cucos" e até mesmo os loucos "volume" em "Supervixens".
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
The Box: o que dizem por ai do filme de Richard Kelly...
Só mesmo um grande critico profissional de cinema como o Jorge Mourinha, do Ipsilon, poderia ter a grande capacidade de saber ver o mais recente filme de Richard Kelly.
É o meu critico favorito e de eleição... mas não é o único por aí a "louvar" o "The Box"...
Presente envenenado - Crítica Ípsilon por: Jorge Mourinha
"Sob a capa de um thriller surreal entre o terror e a ficção científica, o autor de "Donnie Darko" assina um grande filme maldito, inquietante e romântico
Richard Kelly tem uma panca com o fim do mundo. Lembram-se certamente do sinistro coelho profeta que assombrava Jake Gyllenhaal no filme que os revelou (ao actor e ao realizador), já lá vão quase dez anos, "Donnie Darko" (2001). Não se lembram do apocalipse de "Southland Tales" (2006), o seu controverso segundo filme, porque nunca chegou às salas portuguesas. Agora, "Presente de Morte" (patético título português para o conciso original "The Box") flecte flecte insiste insiste, ao regressar no tempo a 1976 para acompanhar o modo como uma simples caixa de madeira com um botão pode ser uma intimação existencialista do apocalipse anunciado.
(...)
...a ficção científica distópica e as crises económicas e políticas de uma altura em que os americanos tinham uma verdadeira desconfiança do governo. Filtra-as, em seguida, por um trabalho atmosférico meticulosamente construído, onde há sempre algo que não encaixa na reconstituição de época exacta - é legítimo invocar a subúrbia descentrada do "Veludo Azul" (1986) ou da série "Twin Peaks" (1989-1990) de David Lynch, mas "Presente de Morte" tem mais a ver com uma espécie de James Gray invertido.
(...)
...Kelly navega entre a ficção científica, o terror e o melodrama como se não fosse nada com ele). Mas não é nada descabido compará-los, até porque ambos fazem figura de aves raras incompreendidas no seu país natal.
Percebe-se porquê: um como outro exploram um reverso da medalha escuro e perturbante que se dá mal com a imagem solar e optimista que Hollywood prefere dar da América. Por muito que "Presente de Morte" se passe em 1976, é também um filme que fala aos nossos tempos, e que o faz de um modo ostensivamente insidioso e genuinamente inquietante - o melhor thriller "de género" que vemos desde o aterrador "Nevoeiro Misterioso" (2007) de Frank Darabont (e, como ele, também um fracasso doloroso nas salas americanas). Faz sentido. Ninguém sai deste filme reconfortado."
Ante-Cinema - Crítica: «The Box – Presente de Morte», critica de Sérgio Rodrigues:
"Richard Kelly, realizador do filme de culto Donnie Darko, após Southland Tales – uma incursão mais estilosa à ficção-cientifica – regressa ao género em que provavelmente se sente mais à vontade: ao thriller de suspense, isto mais especificamente já que todos os seus filmes, incluindo este The Box, têm elementos de ficção-cientifica.
(...)
The Box, que pode então ser considerado tanto um drama de suspense e terror psicológico como um thriller de ficção-cientifica (...) propostas duvidosas, dilemas morais e éticos, drama familiar, espiões russos a espreitarem pela janela e realidades alternativas, são a receita de The Box para um thriller tenso e misterioso, quase num misto de Hitchcock com David Lynch. A acrescentar é que Richard Kelly consegue filmar aqui um regresso ao mais clássico thriller de ficção-cientifica num fabuloso mise en scène. The Box pode muito bem ser considerado um tributo aos thrillers de ficção-cientifica dos anos 70, porque para além da narrativa passar-se nessa década parece ser um produto filmado nessa altura, factores a realçar e que ajudam por um pormenorizado guarda-roupa e uma elaborada direcção de arte.
(...)
Com boas e confiantes interpretações do trio principal e uma grande dose de suspense, The Box não é no entanto um filme para todos, para além de ser confuso em momentos é lento, mas vive dessa narrativa de drama para envolver o espectador, num raro caso nos dias de hoje onde a ficção-cientifica é filmada de um modo inteligente. Vive de um terror mais psicológico, não só assustador mas desconfortante por parecer um retrato quase futurista da humanidade, isto é, se o filme fosse visto na altura seria hoje uma mensagem actual da nossa sociedade."
Adenda (2011):
Split Screen, "Presente de Morte" critica de Tiago Ramos:
"É um conto moral pessimista, sarcástico, que se rende à inevitabilidade da fraqueza humana e talvez seja esse um dos motivos que explica a fraca receita de bilheteira do filme. Não gostamos que nos confirmem aquilo que temos dificuldade em reconhecer como negativo em nós. Tudo pontuado por uma subjectividade narrativa muito comum em Richard Kelly e uma anarquia argumentativa, cheia de exageros e situações surreais, com uma mistura de sci-fi que habitualmente não é recebida da melhor forma. Existe então alguma confusão na percepção do objectivo do filme, em meio a uma excessiva explicação de alguns pormenores.
Na realização, o cineasta recusa-se a obedecer aos padrões do cinema do Hollywood e mesmo com um ritmo lento consegue criar um ambiente tenso, num thriller psicológico que evoca o cinema de Alfred Hitchcock – não querendo comparar – e umas nuances inspiradas no surrealismo de David Lynch.
(...) Uma mise en scène soberba que explora muito bem os conceitos de claustrofobia, muito ajudada pela banda sonora de Win Butler e Régine Chassagne dos Arcade Fire.
(...)
Nas interpretações, o realizador consegue que todos os actores tenham um trabalho competente – sim, mesmo Cameron Diaz (Knight & Day) – mas com especial destaque para Frank Langella (Frost/Nixon).
Presente de Morte merece ser visto sem sofrer preconceito ou por comparação com Donnie Darko do mesmo realizador. Deve ser visto como aquilo que é: um objecto intrigante sobre o ser humano."
Keyser Soze's Place, "A caixa (2009), de Richard Kelly", critica de Samuel Andrade:
"(...) Kelly recorre a um particular género (nesta caso, o terror/suspense) para dissertar acerca da condição humana (ou condicionamento), entre um emaranhado de alusões culturais e cenários de catástrofe eminente. Para o cineasta, o "fim" nunca está próximo. O "fim" é uma realidade presente.
(...)
Revelar mais pormenores do argumento constituirá uma ameaça ao desfruto de A CAIXA por parte de quem ainda não o visualizou. Porque o filme, apesar da potencial absurdidade da sua narrativa, é surpreendentemente fluído e inspirado, sem um único momento morto de grande registo e capaz de prender o espectador até aos últimos frames. Os predominantes castanhos da fotografia recordam-nos películas dos anos 70, a banda sonora é arrepiante, a montagem descortina circunstâncias e locais de uma forma que invejaria o próprio Stanley Kubrick quando este filmou SHINING (1980). E as interpretações não saem envergonhadas, com o "renascido" Frank Langella apropriadamente intimidador na figura de um peculiar anjo da morte e Cameron Diaz a dar razão aos que acreditam que a actriz deveria explorar, mais e melhor, o seu lado "negro".
A principal conclusão de A CAIXA (porque da sua história é bem possível que não se tire muitas, depende imenso dos gostos de cada um) é a de que Richard Kelly assume-se como um cineasta detentor de visão incomparável no actual panorama norte-americano, mas que precisa, urgentemente, de encontrar um argumentista parceiro capaz de limar e esclarecer as suas ideias. Com tantos apontamentos visuais de qualidade, é pena que o realizador os extravie num manto de assuntos dispersos, aprisionando o seu talento numa "caixa" por ele mesmo concebida."
São todas excelentes criticas e boas classificações.
Estão em sintonia com a minha análise a este filme (clicar para rever).
É o meu critico favorito e de eleição... mas não é o único por aí a "louvar" o "The Box"...
Presente envenenado - Crítica Ípsilon por: Jorge Mourinha
"Sob a capa de um thriller surreal entre o terror e a ficção científica, o autor de "Donnie Darko" assina um grande filme maldito, inquietante e romântico
Richard Kelly tem uma panca com o fim do mundo. Lembram-se certamente do sinistro coelho profeta que assombrava Jake Gyllenhaal no filme que os revelou (ao actor e ao realizador), já lá vão quase dez anos, "Donnie Darko" (2001). Não se lembram do apocalipse de "Southland Tales" (2006), o seu controverso segundo filme, porque nunca chegou às salas portuguesas. Agora, "Presente de Morte" (patético título português para o conciso original "The Box") flecte flecte insiste insiste, ao regressar no tempo a 1976 para acompanhar o modo como uma simples caixa de madeira com um botão pode ser uma intimação existencialista do apocalipse anunciado.
(...)
...a ficção científica distópica e as crises económicas e políticas de uma altura em que os americanos tinham uma verdadeira desconfiança do governo. Filtra-as, em seguida, por um trabalho atmosférico meticulosamente construído, onde há sempre algo que não encaixa na reconstituição de época exacta - é legítimo invocar a subúrbia descentrada do "Veludo Azul" (1986) ou da série "Twin Peaks" (1989-1990) de David Lynch, mas "Presente de Morte" tem mais a ver com uma espécie de James Gray invertido.
(...)
...Kelly navega entre a ficção científica, o terror e o melodrama como se não fosse nada com ele). Mas não é nada descabido compará-los, até porque ambos fazem figura de aves raras incompreendidas no seu país natal.
Percebe-se porquê: um como outro exploram um reverso da medalha escuro e perturbante que se dá mal com a imagem solar e optimista que Hollywood prefere dar da América. Por muito que "Presente de Morte" se passe em 1976, é também um filme que fala aos nossos tempos, e que o faz de um modo ostensivamente insidioso e genuinamente inquietante - o melhor thriller "de género" que vemos desde o aterrador "Nevoeiro Misterioso" (2007) de Frank Darabont (e, como ele, também um fracasso doloroso nas salas americanas). Faz sentido. Ninguém sai deste filme reconfortado."
Ante-Cinema - Crítica: «The Box – Presente de Morte», critica de Sérgio Rodrigues:
"Richard Kelly, realizador do filme de culto Donnie Darko, após Southland Tales – uma incursão mais estilosa à ficção-cientifica – regressa ao género em que provavelmente se sente mais à vontade: ao thriller de suspense, isto mais especificamente já que todos os seus filmes, incluindo este The Box, têm elementos de ficção-cientifica.
(...)
The Box, que pode então ser considerado tanto um drama de suspense e terror psicológico como um thriller de ficção-cientifica (...) propostas duvidosas, dilemas morais e éticos, drama familiar, espiões russos a espreitarem pela janela e realidades alternativas, são a receita de The Box para um thriller tenso e misterioso, quase num misto de Hitchcock com David Lynch. A acrescentar é que Richard Kelly consegue filmar aqui um regresso ao mais clássico thriller de ficção-cientifica num fabuloso mise en scène. The Box pode muito bem ser considerado um tributo aos thrillers de ficção-cientifica dos anos 70, porque para além da narrativa passar-se nessa década parece ser um produto filmado nessa altura, factores a realçar e que ajudam por um pormenorizado guarda-roupa e uma elaborada direcção de arte.
(...)
Com boas e confiantes interpretações do trio principal e uma grande dose de suspense, The Box não é no entanto um filme para todos, para além de ser confuso em momentos é lento, mas vive dessa narrativa de drama para envolver o espectador, num raro caso nos dias de hoje onde a ficção-cientifica é filmada de um modo inteligente. Vive de um terror mais psicológico, não só assustador mas desconfortante por parecer um retrato quase futurista da humanidade, isto é, se o filme fosse visto na altura seria hoje uma mensagem actual da nossa sociedade."
Adenda (2011):
Split Screen, "Presente de Morte" critica de Tiago Ramos:
"É um conto moral pessimista, sarcástico, que se rende à inevitabilidade da fraqueza humana e talvez seja esse um dos motivos que explica a fraca receita de bilheteira do filme. Não gostamos que nos confirmem aquilo que temos dificuldade em reconhecer como negativo em nós. Tudo pontuado por uma subjectividade narrativa muito comum em Richard Kelly e uma anarquia argumentativa, cheia de exageros e situações surreais, com uma mistura de sci-fi que habitualmente não é recebida da melhor forma. Existe então alguma confusão na percepção do objectivo do filme, em meio a uma excessiva explicação de alguns pormenores.
Na realização, o cineasta recusa-se a obedecer aos padrões do cinema do Hollywood e mesmo com um ritmo lento consegue criar um ambiente tenso, num thriller psicológico que evoca o cinema de Alfred Hitchcock – não querendo comparar – e umas nuances inspiradas no surrealismo de David Lynch.
(...) Uma mise en scène soberba que explora muito bem os conceitos de claustrofobia, muito ajudada pela banda sonora de Win Butler e Régine Chassagne dos Arcade Fire.
(...)
Nas interpretações, o realizador consegue que todos os actores tenham um trabalho competente – sim, mesmo Cameron Diaz (Knight & Day) – mas com especial destaque para Frank Langella (Frost/Nixon).
Presente de Morte merece ser visto sem sofrer preconceito ou por comparação com Donnie Darko do mesmo realizador. Deve ser visto como aquilo que é: um objecto intrigante sobre o ser humano."
Keyser Soze's Place, "A caixa (2009), de Richard Kelly", critica de Samuel Andrade:
"(...) Kelly recorre a um particular género (nesta caso, o terror/suspense) para dissertar acerca da condição humana (ou condicionamento), entre um emaranhado de alusões culturais e cenários de catástrofe eminente. Para o cineasta, o "fim" nunca está próximo. O "fim" é uma realidade presente.
(...)
Revelar mais pormenores do argumento constituirá uma ameaça ao desfruto de A CAIXA por parte de quem ainda não o visualizou. Porque o filme, apesar da potencial absurdidade da sua narrativa, é surpreendentemente fluído e inspirado, sem um único momento morto de grande registo e capaz de prender o espectador até aos últimos frames. Os predominantes castanhos da fotografia recordam-nos películas dos anos 70, a banda sonora é arrepiante, a montagem descortina circunstâncias e locais de uma forma que invejaria o próprio Stanley Kubrick quando este filmou SHINING (1980). E as interpretações não saem envergonhadas, com o "renascido" Frank Langella apropriadamente intimidador na figura de um peculiar anjo da morte e Cameron Diaz a dar razão aos que acreditam que a actriz deveria explorar, mais e melhor, o seu lado "negro".
A principal conclusão de A CAIXA (porque da sua história é bem possível que não se tire muitas, depende imenso dos gostos de cada um) é a de que Richard Kelly assume-se como um cineasta detentor de visão incomparável no actual panorama norte-americano, mas que precisa, urgentemente, de encontrar um argumentista parceiro capaz de limar e esclarecer as suas ideias. Com tantos apontamentos visuais de qualidade, é pena que o realizador os extravie num manto de assuntos dispersos, aprisionando o seu talento numa "caixa" por ele mesmo concebida."
São todas excelentes criticas e boas classificações.
Estão em sintonia com a minha análise a este filme (clicar para rever).
The Box
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Series TV: "Happy Town" no MOV e "Past Life" no Foxlife
Com tantas séries que terminaram e outras que foram canceladas das que via, um tipo fica com pouco para ver e há que se virar para outras novas séries.
A primeira a destacar e que tenho acompanhado (conforme dá jeito) nos últimos tempos é a "Happy Town".
Já passou totalmente no MOV há umas semanas atrás mas na altura não dei muita atenção. Voltaram a exibir desde o inicio (são só 8 episódios) e tenho-a seguido e esta é uma série que me tem amarrado bastante.
Realmente tem o seu quê de "Twin Peaks": muito mistério envolvido nesta pequena cidade, onde misteriosos assassinatos ocorreram cujo assassino continua um mistério mas que na série se os liga também ao misticismo.
É muito boa e continuamente intrigante. Recomendo!
Está a passar no MOV ás segundas.
A segunda série que me chamou à atenção é a "Past Life".
A premissa parece ser interessante e com imensas possibilidades e caminhos para percorrer, apesar de depois de ter visto o trailer ter descido um pouco a minha devoção. Mesmo assim verei o arranque e até talvez tudo (só são 7 episódios) para ver no que dará, mas tem muito ares de descambar em estilo "Ghost Whisperer" e isso é mau.
Estreia no FOXlife no dia 30 de Agosto...
A primeira a destacar e que tenho acompanhado (conforme dá jeito) nos últimos tempos é a "Happy Town".
Já passou totalmente no MOV há umas semanas atrás mas na altura não dei muita atenção. Voltaram a exibir desde o inicio (são só 8 episódios) e tenho-a seguido e esta é uma série que me tem amarrado bastante.
Realmente tem o seu quê de "Twin Peaks": muito mistério envolvido nesta pequena cidade, onde misteriosos assassinatos ocorreram cujo assassino continua um mistério mas que na série se os liga também ao misticismo.
É muito boa e continuamente intrigante. Recomendo!
Está a passar no MOV ás segundas.
A segunda série que me chamou à atenção é a "Past Life".
A premissa parece ser interessante e com imensas possibilidades e caminhos para percorrer, apesar de depois de ter visto o trailer ter descido um pouco a minha devoção. Mesmo assim verei o arranque e até talvez tudo (só são 7 episódios) para ver no que dará, mas tem muito ares de descambar em estilo "Ghost Whisperer" e isso é mau.
Estreia no FOXlife no dia 30 de Agosto...
"The Sorcerer's Apprentice", "The Box"... estream nas nossas salas e continuam "Salt" e "Expendables"
The Sorcerer's Apprentice - O Aprendiz de Feiticeiro
Realização: Jon Turteltaub
Com: Nicolas Cage, Jay Baruchel, Alfred Molina, Teresa Palmer, Monica Bellucci, Toby Kebbell...
The Box - Presente de Morte
Realização: Richard Kelly
Com: Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella, Michael Zegen, Celia Weston, Gillian Jacobs
Saber mais sobre este filme, clicando aqui.
Eu gostei...
Continuam em exibição:
Salt
Realização: Phillip Noyce
Com: Angelina Jolie, Liev Schreiber...
Ai, R5... R5! Yeah!!!
The Expendables - Os Mercenários
Realização: Sylvester Stallone
Com: lvester Stallone, Brittany Murphy, Bruce Willis, Dolph Lundgren, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Jet Li...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Batman live-act evolution...
A evolução do visual de Batman em "carne-e-osso" ao longo dos tempos para Cinema e TV.
Interessante!
Posso dizer que as variantes da vestimenta de Batman que se afastam mais do desenho acho serem as versões de J.Schumacher (Batman Forever" e "Batman e Robin") e no "The Dark Knight" de C. Nolan (no "Batman Begins" ainda mantinha ares do original).
Interessante!
Posso dizer que as variantes da vestimenta de Batman que se afastam mais do desenho acho serem as versões de J.Schumacher (Batman Forever" e "Batman e Robin") e no "The Dark Knight" de C. Nolan (no "Batman Begins" ainda mantinha ares do original).
terça-feira, 24 de agosto de 2010
MyJukebox: Roger Waters "Hello (I love you)" ("The Last Mimzy" OST e sobre o filme)
Continuando um anterior artigo onde apresentava uma das facetas de Roger Waters, um ex-membro dos Pink Floyd, que tem por diversas vezes colaborado em bandas-sonoras para filmes.
Volto assim com mais uma das muitas colaborações dele, neste caso com Howard Shore, para o filme "The Last Mimmzy" de 2007.
Artista: Roger Waters (voz e baixo) com Howard Shore
Canção: "Hello (I love you)"
Album: "The Last Mimzy" OST
Obs: Há algumas curiosidades relativas a Pink Floyd neste filme.
Nesta canção escuta-se Roger Waters cantar a seguinte deixa:
"hello, I love you, is there anybody in there..."
Quem conhecer o tumulto que foi a separação dele dos Pink Floyd, onde as desavenças começaram no mitico álbum "The Wall", onde se contava a história de um roqueiro alienado e isolado do mundo,. neste álbum há um canção com o título "Is there anybody out there", onde vai questionando se ainda existe alguém para lá do muro. Ora há tantos anos depois ele cantar a linha "hello, I love you, is there anybody in there..." não deixa de ser afinal um muito curioso uso de palavras.
Outra situação, é as letras repetitivas no inicio das frases da canção, que faz recordar a mesma técnica que Roger Waters usou no final do álbum "The Dark Side Of the Moon".
E referir o "The Dark Side Of the Moon" conduz-nos á segunda curiosidade que se pode descobrir durante o próprio filme. O professor ("Hey teacher!" - não resisti) destas crianças, usa uma t-shirt preta com a capa do "The Dark Side Of the Moon" estampada...
Muito curioso, não é?
Volto assim com mais uma das muitas colaborações dele, neste caso com Howard Shore, para o filme "The Last Mimmzy" de 2007.
Artista: Roger Waters (voz e baixo) com Howard Shore
Canção: "Hello (I love you)"
Album: "The Last Mimzy" OST
Sobre o filme, a canção e curiosidades...
Sobre este filme, o "The Last Mimzy" (2007) posso dizer que gostei dele, é uma fantasia sci-fi (com entidades de outra dimensão futura), com um certo cariz infantil, futuro esse que estava comprometido e fez com que os cientistas no futuro, enviasse para o passado peluches (mimzys) para que as crianças do passado os possam salvar.
Ora neste filme resta já apenas um único destes exemplares, a única salvação do nosso próprio futuro. Obviamente que no fim são as duas crianças protagonistas quem nos salvam... por terem o que os adultos não têm.
Está todo ele muito bem feito e com alguns efeitos visuais muito interessantes. Faz lembrar um cruzamento entre "E.T." (o facto de serem as crianças a assumirem a missão) e o "Donnie Darko" (sim também há coelhos por aqui).
Só no final é que fui surpreendido com a voz de Roger Waters na canção a acompanhar os créditos finais.
Obs: Há algumas curiosidades relativas a Pink Floyd neste filme.
Nesta canção escuta-se Roger Waters cantar a seguinte deixa:
"hello, I love you, is there anybody in there..."
Quem conhecer o tumulto que foi a separação dele dos Pink Floyd, onde as desavenças começaram no mitico álbum "The Wall", onde se contava a história de um roqueiro alienado e isolado do mundo,. neste álbum há um canção com o título "Is there anybody out there", onde vai questionando se ainda existe alguém para lá do muro. Ora há tantos anos depois ele cantar a linha "hello, I love you, is there anybody in there..." não deixa de ser afinal um muito curioso uso de palavras.
Outra situação, é as letras repetitivas no inicio das frases da canção, que faz recordar a mesma técnica que Roger Waters usou no final do álbum "The Dark Side Of the Moon".
E referir o "The Dark Side Of the Moon" conduz-nos á segunda curiosidade que se pode descobrir durante o próprio filme. O professor ("Hey teacher!" - não resisti) destas crianças, usa uma t-shirt preta com a capa do "The Dark Side Of the Moon" estampada...
Muito curioso, não é?
Publicidade Heinecken... momentos bastante bons!
As marcas de cerveja curiosamente são das que mais bons anúncios publicitários produzem.
A Heinecken é uma das tais que costuma produzir momentos curtos mas bastante impressionantes. E cheios de histeria também.
Vamos ver...
Frigorifico
Churrasco
A Heinecken é uma das tais que costuma produzir momentos curtos mas bastante impressionantes. E cheios de histeria também.
Vamos ver...
Frigorifico
Churrasco
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Fundamentalismo... anti-Mac!
Um a pessoa qualquer entra por uma loja e solta o desejo "Eu quero um Mac!" e o que muito vendedores das lojas mistas ainda vão fazendo, é tal qual como se pode apreciar no seguinte video.
Este é um video que demonstra bem o "fundamentalismo Mac" vs "o fundamentalismo anti-Mac".
Sobressai uma grande verdade: o comprador de um Mac tem bem a noção do que quer e muito especificamente.
Contudo também se podem tirar deste video outras conclusões.
No reverso da medalha é que muitas das vezes, essa decisão provém de uma certa moda de influência. No video presenciamos um outro tipo de utilizador de Macs, o fashion geek, que não quer saber de mais nada a não ser ter um Mac igual ao que todos aqueles que admira têm. Portanto, é um grande tótó também...
Pessoalmente, nos dias de hoje, a nem toda a gente eu recomendaria um Mac.
É uma irresponsabilidade recomendar por fundamentalismo a alguém que "um Mac é que é bom", que o "Mac OS X é melhor que o Windows ou os outros sistemas" e que "é melhor que os outros computadores".
Há pessoas cujo perfil encaixam bem em tornarem-se Mac users e outras que nunca deveriam ter um pois não valem a eterna chatice que serão.
Os Mac users deveriam de ser conquistados pelo feeling e vantagens pessoais que resultam de usar um Mac e não por este ou aquele usar um.
Video de mvalente encontrado no blog "Reflexões de um cão com pulgas"
Este é um video que demonstra bem o "fundamentalismo Mac" vs "o fundamentalismo anti-Mac".
Sobressai uma grande verdade: o comprador de um Mac tem bem a noção do que quer e muito especificamente.
Contudo também se podem tirar deste video outras conclusões.
No reverso da medalha é que muitas das vezes, essa decisão provém de uma certa moda de influência. No video presenciamos um outro tipo de utilizador de Macs, o fashion geek, que não quer saber de mais nada a não ser ter um Mac igual ao que todos aqueles que admira têm. Portanto, é um grande tótó também...
Pessoalmente, nos dias de hoje, a nem toda a gente eu recomendaria um Mac.
É uma irresponsabilidade recomendar por fundamentalismo a alguém que "um Mac é que é bom", que o "Mac OS X é melhor que o Windows ou os outros sistemas" e que "é melhor que os outros computadores".
Há pessoas cujo perfil encaixam bem em tornarem-se Mac users e outras que nunca deveriam ter um pois não valem a eterna chatice que serão.
Os Mac users deveriam de ser conquistados pelo feeling e vantagens pessoais que resultam de usar um Mac e não por este ou aquele usar um.
domingo, 22 de agosto de 2010
O que é Nacional é bom!
Os "monólogos" parece que de nada alteram a realidade quando á segunda jornada se regressa à marca de há mais de 50 anos (52? 58?) com um arranque tão mau para o SLB.
O que é Nacional ainda continua a ser muito bom! (Yeah!!!)
Ahh... esperemos todos que Jesus continue a apostar no Roberto pois ele tem sido um colírio de guarda-redes!
Continua Roberto que tens valido os 8,5 milhões.
O que é Nacional ainda continua a ser muito bom! (Yeah!!!)
Ahh... esperemos todos que Jesus continue a apostar no Roberto pois ele tem sido um colírio de guarda-redes!
Continua Roberto que tens valido os 8,5 milhões.
sábado, 21 de agosto de 2010
Apple iPad... is delicious!
Esta nova publicidade da Apple ao iPad está realmente engenhosa... mostra imenso das potencialidades que se pode fazer com o produto. Está fixe!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
E se o Pros e Contras fosse feito nos Açores?
Mais uma hilariante criação dos Tunalhos:
"E se o Prós e Contras fosse feito nos Açores?"
Eh, eh, eh!
"E se o Prós e Contras fosse feito nos Açores?"
Eh, eh, eh!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Series TV: "True Blood"... 3ª temporada estreia hoje na TV (canal MOV)
A 3ª temporada da série "True Blood", estreia hoje nas TVs nacionais, pelo canal MOV (MOV/MOV HD - via ZON, Clix ou Cabovisão).
A 3ªT ainda está a decorrer nos EUA e é sempre bom ver a chegada de séries de alto calibre como esta serem antecipadas nos nossos canais.
Well done ZON!
Publicidade Axe... e o que pode fazer um gel de banho!
As complicações que podem trazer um gel de banho AXE...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Filmes de super-herois influentes...
Os mais influentes filmes do género super-heróis
Na altura foi um filme único e distinto de tudo o que se conhecia deste género. Não só revitalizou o interesse no género, dando-lhe credibilidade (que os filmes da BD não tinham) como mostrou que poderiam ser abordados de maneiras diferentes que as ideias cómicas e exageradamente heróicas que existiam até então. Burton "inaugurou" a abordagem em tom negro a estas personagens mas mais importante também foi a importância dada à psicologia destas personagens. No fundo, o que Burton nos deu (principalmente na sequela) foi uma nova dualidade, de que todos nós poderemos ter facilmente um lado negro, sendo que o importante é a resposta a dar perante as adversidades que a vida conduziu cada um. Nos dois Batman de Tim Burton, todos foram injustiçados, deu ainda o primeiro vislumbre de que o heroi e o vilão podem até ser parecidos, terem razões semelhantes, que há sempre esperança dentro de cada um, apesar de todos perseguirem algum objectivo intimo e pessoal para obterem a sua redenção.
Este considero-o já como o "pai" dos filmes com super-heróis. Nada mais foi o mesmo depois dele.
Por fim, um outro grande detalhe, que não deve ser ignorado: este super-herói é uma pessoa comum, sem super-poderes, mas cujas habilidades, arsenal e objectivos o fazem figurar acima dos comuns mortais. Não é á toa, que muitos anos depois, o "Iron man" teve um bom desempenho (apesar de a abordagem ser algo oposta e sem o dark side, continua a ser simplesmente uma pessoa comum com alta-tecnologia ao seu serviço).
O Matrix, além de ter dado muito foco no conceito do "the one", o tal ou o salvador, fê-lo com o mesmo desenvolvimento dos super-heróis, com o seguimento do path-of-the-hero (a jornada do héroi) e duma maneira tão poderosamente visual, com um argumento tão intrincado e filosófico, que obviamente, muitas das novas produções que se seguiriam teriam de ter algum deste appeal.
Um dos factos novos, é a aplicação de vestimentas com longos casacos, sobretudos ou gabardines, que simulam o aspecto da capa dos super-heróis. As lutas em artes-marciais, acrobacias, os slow-motions, a rotação a 360º, o uso do CGI, ajudaram a colocar em cena os imensos detalhes que só na BD existem e são notórios (por várias sequências de desenhos). Maravilhou o mundo e na minha opinião tem todo o mérito em figurar neste artigo porque é uma influência moderna e real.
A verdade, é que de filmes ignorados e sem potencial, passaram os super-heróis a ser anualmente dos filmes de maior entretenimento e alcançando o estatuto de puros blockbusters.
Na actualidade, a Marvel e DC Comics têm na bagagem novas concretizações, que são as equipas de muitos super-heróis juntos. Mas acredito que o futuro, será levar personagens BD a abordagens mais brutais e a empregarem mais fortemente os conceitos dúbios da personalidade distorcida dos super-heróis (os quase vilões). O "The Dark Knight" já colocou para futuros avanços os níveis nesse aspecto, pelo que nos falta ver o que esse futuro nos reserva. E recentemente já se vislumbraram desvios interessantes como os manifestados no "Kick-Ass" por exemplo.
Este artigo é a minha visão pessoal desta vertente cinéfila, pois eu costumo até achar que os filmes baseados em super-heróis BD têm dois grandes momentos de elevação.
1º- "Superman - the movie" (1978), datado mas continua um dos melhores filmes de sempre no género. Aquele que nos fez acreditar que um homem poderia voar.
Nos dias de hoje, não deixo de ver nele tudo aquilo que compõem as ideias visuais e argumentativas nos filmes de super-heróis. Alguém que é muito poderoso, com super-habilidades que as usa em prol dos indefesos, cujas ameaças em seu redor conduzem a ter de fazer de tudo para salvar o mundo.
Usou com habilidade o conceito da dupla identidade, onde tem uma ocupação/emprego normal e a eterna aplicação do interesse amoroso sempre presente (ou em apuros).
Visualmente, usou efeitos especiais avançados para o consumo normal do seu tempo para nos dar a fé e escapismo de que a fantasia é real. Tons vistosos (nas roupas, trajes, etc), na maioria das cenas a acção acontece durante o dia e serve-se de uma ou outra personagem cómica para aliviar e entreter. Teve uma sequela ainda melhor (o que custa é fazer o primeiro) mas outras tantas vergonhosas que nada abonaram ao Super-homem (excepto, o Superm Returns - cuja cronologia renuncia a existência de Superman 3 e 4)
Este filme é o "avô" dos bons filmes baseados em BD pois deu uma abordagem séria e com ideias de cinema.
Nos dias de hoje, não deixo de ver nele tudo aquilo que compõem as ideias visuais e argumentativas nos filmes de super-heróis. Alguém que é muito poderoso, com super-habilidades que as usa em prol dos indefesos, cujas ameaças em seu redor conduzem a ter de fazer de tudo para salvar o mundo.
Usou com habilidade o conceito da dupla identidade, onde tem uma ocupação/emprego normal e a eterna aplicação do interesse amoroso sempre presente (ou em apuros).
Visualmente, usou efeitos especiais avançados para o consumo normal do seu tempo para nos dar a fé e escapismo de que a fantasia é real. Tons vistosos (nas roupas, trajes, etc), na maioria das cenas a acção acontece durante o dia e serve-se de uma ou outra personagem cómica para aliviar e entreter. Teve uma sequela ainda melhor (o que custa é fazer o primeiro) mas outras tantas vergonhosas que nada abonaram ao Super-homem (excepto, o Superm Returns - cuja cronologia renuncia a existência de Superman 3 e 4)
Este filme é o "avô" dos bons filmes baseados em BD pois deu uma abordagem séria e com ideias de cinema.
Um clássico absoluto!
Não será à toa que nos tempos mais modernos, filmes como os do Spider-man, Quarteto Fantástico, Hulk, têm alguma ligação ás premissas evidenciadas neste.
Não será à toa que nos tempos mais modernos, filmes como os do Spider-man, Quarteto Fantástico, Hulk, têm alguma ligação ás premissas evidenciadas neste.
2º- "Batman" (1989) de Tim Burton, realizador de estilo e visão única, que com o seu espirito fervilhante e criativo, ergueu um ambiente gótico, soturno e cláustrofóbico, aliado a um novo estilo de "vestir", em que a pele ou cabedal é o material escolhido mas nunca o mais óbvio para este tipo de personagens (é mais resistente que os colants mas na prática limitaria os movimentos) mas que cinematográficamente ficou como "o standard".
Na altura foi um filme único e distinto de tudo o que se conhecia deste género. Não só revitalizou o interesse no género, dando-lhe credibilidade (que os filmes da BD não tinham) como mostrou que poderiam ser abordados de maneiras diferentes que as ideias cómicas e exageradamente heróicas que existiam até então. Burton "inaugurou" a abordagem em tom negro a estas personagens mas mais importante também foi a importância dada à psicologia destas personagens. No fundo, o que Burton nos deu (principalmente na sequela) foi uma nova dualidade, de que todos nós poderemos ter facilmente um lado negro, sendo que o importante é a resposta a dar perante as adversidades que a vida conduziu cada um. Nos dois Batman de Tim Burton, todos foram injustiçados, deu ainda o primeiro vislumbre de que o heroi e o vilão podem até ser parecidos, terem razões semelhantes, que há sempre esperança dentro de cada um, apesar de todos perseguirem algum objectivo intimo e pessoal para obterem a sua redenção.
Este considero-o já como o "pai" dos filmes com super-heróis. Nada mais foi o mesmo depois dele.
Basta constatar, porr tudo o que saiu depois deste Batman em 1989: Blade, Spawn, X-Men, DareDevil, etc... e muitos mais filmes de acção provenientes da BD.
Por fim, um outro grande detalhe, que não deve ser ignorado: este super-herói é uma pessoa comum, sem super-poderes, mas cujas habilidades, arsenal e objectivos o fazem figurar acima dos comuns mortais. Não é á toa, que muitos anos depois, o "Iron man" teve um bom desempenho (apesar de a abordagem ser algo oposta e sem o dark side, continua a ser simplesmente uma pessoa comum com alta-tecnologia ao seu serviço).
Depois destas duas fases surgiria uma outra terceira influência indirecta, e muito modificadora da forma de encarar estes filmes:
"The Matrix", o improvável e um não-BD.
Neste estilo, é o filme mais bem feito de sempre com um universo em sintonia com o dos super-heróis mas sem na verdade ter origem numa BD (esteve inicialmente para ser uma BD mas acabou por ser o storyboard do filme)
O Matrix, além de ter dado muito foco no conceito do "the one", o tal ou o salvador, fê-lo com o mesmo desenvolvimento dos super-heróis, com o seguimento do path-of-the-hero (a jornada do héroi) e duma maneira tão poderosamente visual, com um argumento tão intrincado e filosófico, que obviamente, muitas das novas produções que se seguiriam teriam de ter algum deste appeal.
Um dos factos novos, é a aplicação de vestimentas com longos casacos, sobretudos ou gabardines, que simulam o aspecto da capa dos super-heróis. As lutas em artes-marciais, acrobacias, os slow-motions, a rotação a 360º, o uso do CGI, ajudaram a colocar em cena os imensos detalhes que só na BD existem e são notórios (por várias sequências de desenhos). Maravilhou o mundo e na minha opinião tem todo o mérito em figurar neste artigo porque é uma influência moderna e real.
Depois destes todos só nasceram "filhinhos"... aos quais se foram adicionando outras componentes desviantes. É o caso dos Batman de Christopher Nolan, onde o realizador abordou-os com uma nova hiper-realidade, onde as personagens são fruto de motivações que os eventos da vida lhes desviaram de terem vidas normais, confrontando medos e onde os actos provocam outros actos mais fortes.
Numa outra vertente, vimos os mutantes dos X-Men (de Bryan Singer) serem abordados mais como freaks e com dilemas, do que gente super.
Numa outra vertente, vimos os mutantes dos X-Men (de Bryan Singer) serem abordados mais como freaks e com dilemas, do que gente super.
A verdade, é que de filmes ignorados e sem potencial, passaram os super-heróis a ser anualmente dos filmes de maior entretenimento e alcançando o estatuto de puros blockbusters.
Na actualidade, a Marvel e DC Comics têm na bagagem novas concretizações, que são as equipas de muitos super-heróis juntos. Mas acredito que o futuro, será levar personagens BD a abordagens mais brutais e a empregarem mais fortemente os conceitos dúbios da personalidade distorcida dos super-heróis (os quase vilões). O "The Dark Knight" já colocou para futuros avanços os níveis nesse aspecto, pelo que nos falta ver o que esse futuro nos reserva. E recentemente já se vislumbraram desvios interessantes como os manifestados no "Kick-Ass" por exemplo.
Venham eles todos!
Este artigo é um spin-off de um outro já publicado neste espaço.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Speedlinks (cinema): o cinema explicado no CineRoad
E ainda se chama a esta época a "silly-season"...
Muitas das vezes vemos um filme sem pensar no muito que o realizador empregou tecnicamente para fazer o filme. Outras vezes, desconsidera-se um certo tipo de cinema de realizador-autor, muito porque tudo isto passa invisivel e a técnica, o savoir-faire, nos passa ao lado.
Hitchcock e Kubrik, por exemplo, eram alguns dos cineastas que se notava mais usarem a sua imensa arte para poderem contar a história. Arte que sobressaia na manipulação de todas as técnicas (e as que inventaram para poderem "realizar" o que imaginavam) fazem-nos apreciar as suas obras para lá da ideia de "meros filmes". São mestres do cinema, entre muitos.
Ás vezes é por aqui, por muitos de nós sermos mais leigos nestes assuntos e técnicas, que não se consegue ver a magnificência da obra toda para além da narrativa e dos actores.
Por exemplo no filme "A Corda", Hitchcock se usa a montagem de maneira discreta apenas para unir takes longuíssimos, onde as técnicas de realização e encenação são utilizadas para substituir a própria montagem.
Nem sabia que tinha um nome esta técnica, a "Montagem proibida", técnica que posso já dizer ter sido foi Hitchcock quem me fascinou por ela, que usou-a imensas vezes, tendo ele neste filme usado a técnica ao máximo (todo o filme foi filmado em pouco takes).
São situações como esta que o blogger Roberto Simões, decidiu explicar de maneira simples e exemplificada, para que todos nós conheçamos bastante mais do que se faz nos filmes e contribuindo assim para um maior alargamento da nossa apreciação cinéfila.
Recomendo a visita a esta importante rúbrica, que iniciou no CineRoad.
DOC - Desconstruindo O Cinema, no CineRoad
Muitas das vezes vemos um filme sem pensar no muito que o realizador empregou tecnicamente para fazer o filme. Outras vezes, desconsidera-se um certo tipo de cinema de realizador-autor, muito porque tudo isto passa invisivel e a técnica, o savoir-faire, nos passa ao lado.
Hitchcock e Kubrik, por exemplo, eram alguns dos cineastas que se notava mais usarem a sua imensa arte para poderem contar a história. Arte que sobressaia na manipulação de todas as técnicas (e as que inventaram para poderem "realizar" o que imaginavam) fazem-nos apreciar as suas obras para lá da ideia de "meros filmes". São mestres do cinema, entre muitos.
Ás vezes é por aqui, por muitos de nós sermos mais leigos nestes assuntos e técnicas, que não se consegue ver a magnificência da obra toda para além da narrativa e dos actores.
Por exemplo no filme "A Corda", Hitchcock se usa a montagem de maneira discreta apenas para unir takes longuíssimos, onde as técnicas de realização e encenação são utilizadas para substituir a própria montagem.
Nem sabia que tinha um nome esta técnica, a "Montagem proibida", técnica que posso já dizer ter sido foi Hitchcock quem me fascinou por ela, que usou-a imensas vezes, tendo ele neste filme usado a técnica ao máximo (todo o filme foi filmado em pouco takes).
São situações como esta que o blogger Roberto Simões, decidiu explicar de maneira simples e exemplificada, para que todos nós conheçamos bastante mais do que se faz nos filmes e contribuindo assim para um maior alargamento da nossa apreciação cinéfila.
Recomendo a visita a esta importante rúbrica, que iniciou no CineRoad.
DOC - Desconstruindo O Cinema, no CineRoad
Subscrever:
Mensagens (Atom)