A estreia do filme de Tim Burton, o Alice In Wonderland, fez-me recordar uma outra adaptação que vi na última semana de 2009 (semanas depois de ter sido exibido na TV americana) e o título era simplesmente "Alice".
"Alice" foi uma mini-serie de apenas dois episódios, ou na verdade (e mais correcto) era um tele-filme de duas partes de hora e meia cada, que o canal SyFy nos brindou no inicio de Dezembro de 2009.
Porém vindo do SyFy, esta versão da história da Alice ganha contornos de aventura com muita ficção-cientifica. Todo o universo do Pais das Maravilhas está lá presente, mesmo que muito transformados, todos servem esta re-interpretação da história, que curiosamente passa-se já num tempo onde uma tal de Alice é apenas uma memória de alguém que esperam ver regressar.
A Alice desta reinterpretação, é já uma adulta independente e inteligente, luta artes-marciais e é... morena!
Um dia ela recebe do seu namorado Jack um anel de uma maneira estranha. Ela segue-o para lho devolver e vê-o ser raptado pela organização White Rabbit. A perseguição fá-la cair sobre um espelho misterioso que a catapulta para outro mundo. Chegado lá ela vai precisar de ajuda para poder resgatá-lo... e apartir daqui o Chapeleiro assume essa missão de a ajudar.
É apartir desta fase que esta versão se torna interessante pois este mundo das Maravilhas é todo ele muito bizarro mas muito cativante de descobrir, reimaginado com uma orientação futuristica/retro e imaginativa, com belos cenários intrigantes (especialmente a cidade e o edificio das Copas), naves e monstros (tipo dinossauros), tudo isto numa produção com efeitos visuais acima da média que até nem parecem ser para televisão.
O elenco está repleto de várias caras conhecidas, onde se destaca Kathy Bates e Colm Meaney como a Rainha e o Rei de Copas, para infernizarem a Alice (Caterina Scorsone), o Chapeleiro (Andrew Lee Potts) e o Cavaleiro Branco (Matt Frewer).
Toda a 1ª parte é bastante boa, com uma narrativa interessante e coesa, que nos impele a seguir e a desejar a segunda parte. Existem vários pontos bem imaginados como por exemplo o facto de a organização da Rainha de Copas, vir ao nosso mundo raptar os humanos (vadios, gente só, etc) para com eles os transformarem em chá (e de diferentes emoções).
O problema chega é com a segunda parte, que no seu último terço deita tudo a perder com muitas situações que nem em cartoons sequer... A recta final estraga o que até então vinha a ser interessante, impedindo esta adaptação de ser um pouco mais memorável.
Mesmo assim não deixa de ser uma variante interessante (especcialmente para quem não for demasiado exigente).
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