segunda-feira, 1 de março de 2010

Blitz... Março'10 nas bancas



Mais uma edição da revista Blitz, desta feita a destinada a Março, que continua o seu nível habitual de tentar agradar a várias gerações, nomeadamente os mais novos públicos e sempre sem esquecer aqueles que cresceram no tempo em que isto chegou a ser um jornal semanal (ricos tempos pois era um dos assíduos).

Esta edição está cheia de boas razões para a ter á mão este mês: Mão Morta, Vampire Weekend, Tindersticks, as novidades em disco para 2010, um CD da malta Enchufada, muitas reviews a discos novos (dos Gorilazz, The Knife, etc)

Mas o que sucedeu é que a determinado momento a leitura do conteúdo desta Blitz (ver mais no site) passou a modo da publicidade da Whiskas:

...bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla ...Pink Floyd... bla bla bla... bla bla bla... Roger Waters... bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla... os 30 anos do "The Wall"... bla bla bla... já perceberam!


Já agora, podem também rever um artigo que dediquei sobre a comemoração das 3 décadas do álbum "The Wall" dos Pink Floyd, clicar aqui.

2 comentários:

João Sousa disse...

A capa está uma pequena preciosidade e, só por ela, será uma justificação para a compra.

A aceitação que os Mão Morta encontraram no mainstream, apesar de não a terem procurado com desvios ao facilitismo, só abona a favor da consistência estética do projecto. Talvez não o tivessem conseguido sem a visibilidade de Budapeste. Isso foi um acidente de percurso, simultaneamente feliz e infeliz. Infeliz porque, segundo o próprio Adolfo, enganou muitos a pensarem que o resto de Mão Morta seria aquilo. Feliz porque deu o grupo a conhecer a gente que, de outro modo, nunca teria contacto com algo tão underground.

Céus, Budapeste estava em todo o lado. Miúdos com violas cantavam-no nas esplanadas, garotas cantavam-no nos autocarros. Até o Cara-Chapada, antepassado do Contra-Informação, fez um sketch com o Papa cantando uma versão adaptada.

ArmPauloFerreira disse...

(Budapeste) é uma grande música sem dúvida mas, e tal como diz, um cartão de visita que não está de acordo com a banda.
O mesmo se passou com os Radiohead e o mega-hit grunge "Creep"...

Nem sei como a revista conseguiu pôr nas bancas uma capa tão boa (e subversiva) como esta.