Plagiar também é crime.

Na minha habitual consulta ao blog sobre cinema e televisão, o Hotvnews, deparei com um post deles, onde manifestam o seu desalento por estarem a ser plagiados descaradamente e rotineiramente (o que torna tudo mais grave).

Destaco desse post estas palavras sofridas:
"Plágio é crime. Ah pois… Meus caros amigos, apropriar-mo-nos da obra escrita de outros é crime (já agora, e usando esse grande motor que é a blogosfera, até quantos anos é que uma pessoa pode apanhar de prisão por plagiar?"

"O blog “Novidades Cinema” está-nos a copiar posts desenfreadamente (e ao que parece, não são só nossos, mas sim de outros blogs e sites noticiosos), o que nos deixa muito chateados, porque o que está ali não é de um tal bushnypt, mas sim nosso."

Tocou-me ler o post deles e dou o meu apoio ao Hotvnews sobre esta situação. Acho que ainda não me aconteceu isso.

Ok não tenho a mesma categoria, logo nada aqui suscita interesse mas sabe se lá...

Como blogger também, não sou imune a a ficar deslumbrado com os posts de outros. No entanto, desde cedo, ou seja há alguns meses atrás, que tenho a decência moral de colocar sempre de onde provém a fonte (e com um link). Ao inicio cheguei a apropriar-me de um ou outro mas alguém me agitou a mente e voltei atrás e corrigi. Agora faço sempre a referência pois é uma regra minha que adoptei e olhem que não custa nada!

Por vezes, construo publicações apenas baseados em posts, com pouca descrição para aguçar o interesse e disponho os links para irem lá ver. Quando posso, chego até a dar conhecimento disso deixando um comentário no post destacado para que o criador saiba. Se muitos fizessem isso, se tivessem um comportamento de respeito, as coisas corriam com mais prazer. Deixo aqui um exemplo recente.

É que muita gente não imagina o trabalhão que dá fazer um bom post, daqueles bem opinados e cheios de fundamento. O tempo que se perde apenas porque queremos dar a saber. Não temos que o fazer e nada nos obriga a isso mas até parece que nos agita a alma não partilhar o que se nos passa no nosso espirito transbordante.
Depois... depois chega alguém que não gosta de se dar ao trabalho de criar e dar... e vai pela maneira mais fácil: vê algo bem feito e que encaixa no que pretende e zás... já está. Já fez e já é dele!
Isto é muito aborrecido.

Na minha actividade profissional, design gráfico e pré-impressão, também se sente muito isso e às vezes ainda sucede algo pior. Esforçamos-nos, pensamos em função do objectivo do cliente e desenvolvemos algo bastante elaborado. O cliente vê, leva com ele algo para pensar e depois diz que não gostou, que não era bem aquilo que pretendia e tal. Tudo bem. O mundo continua a girar.
Um dia cruzamo-nos com algo dele onde identificamos resquícios (ainda) do nosso trabalho mas manipulado de forma a parecer novo e diferente. A ideia está lá, o conceito de imagem também, certos tiques que cada artista tem ainda restam, etc... tudo está lá mas remexido para não dar nas vistas.
Afinal o cliente gostou! Não quis foi pagar os desenvolvimentos desse trabalho intelectual mas como viu algo, chega a casa fala com um sobrinho ou primo, etc, e refazem aquilo no computador lá de casa e aí está a nova imagem que ele tanto procurava. Isto também é plágio meus amigos.
E como somos humanos, magoa...