domingo, 8 de maio de 2011

Cine-critica: The Vicious Kind (2009)

The Vicious Kind
Corações Instáveis
2009

Realizador: Lee Toland Krieger
Com: Adam Scott, Brittany Snow, Alex Frost, J.K. Simmons...



Premissa: Num impulso, Caleb Sinclaire decide ir buscar ao liceu o seu irmão mais novo, Peter Sinclaire, que acaba por arrastar consigo a namorada, Emma (de aspecto emo), para todos passarem o Dia de Graças em casa do pai, Donald Sinclaire. Como uma família...




Ora bem...

Estamos perante uma proposta que nos coloca no centro do drama familiar. Um pai e os seus dois filhos, que lidam cada qual à sua maneira pela falta da mãe/esposa, cuja morte nao foi assim tão clara entre todos.
Os 3 vivem fragmentados e em constante conflito, sobretudo devido ao filho mais velho, que adoptou um comportamento errático. Há muitos dias que não dorme, não se aguenta no trabalho, a mulher deixou-o... e aparenta gradualmente um estado de alienação.


Quando traz o irmão e a sua namorada da escola, dá-se uma trica de opiniões sobre as mulheres, onde veicula ideias ofensivas sobre a moça e os objectivos dela para com o irmão, alertando que ele o vai proteger em despeito a ela.
Ao chegarem a casa nada corre como deveria ser para um Dia de Graças e pai e filhos, onde os fortes desentendimentos e conversas sobre o passado de todos afloram perante o entendimento duma certa verdade.

Este filme tem um belíssimo argumento, que faz discorrer as vidas de cada um destes 4, prestando o foco e merecido destaque por fases que se vão desenvolvendo quando realmente mais nos começam a intrigar.
Mas o mais interessante é que o argumento entra em mutação e rapidamente vamos percebendo que o foco que incidia sobre o irmão mais velho muda para a jovem. Esta jovem projecta uma imagem de um tipo de pessoa mas que se vai acabar por perceber que há mais do que a aparência. Gradualmente, o mais velho irmão vai sentindo uma enorme atracção por ela, que ela bem tenta evitar os eventos que a conduzirão ao um triângulo amoroso muito acabará por dizer sobre ela.


Mas não é só o argumento que valorizam este filme, é também igualmente as interpretações dos actores, cujas performances insuflam vida a estas personagens e muito especialmente pelo grande actuação de Adam Scott. É ele quem polariza as atenções principais do filme, seguindo-se da honesta e cativante actuação da Brittany Snow.
J.K. Simmons é uma personagem secundária mas que quando a narrativa recai sobre este pai, torna todos os momentos seus valiosos ainda que não sejam assim tantos.

O que acontece aqui é que todos decidem proteger uns dos outros, principalmente ao mais novo da familia, contando o que se esperaria como mais aceitável, sendo que a verdade se torna algo relativa. Contudo, também atormenta e mais novas situações vão acontecer que terá de ficar em segredo.

Um bom filme, que recomendo para os apreciadores do género indie e de forte vertente das relações humanas.



Classificação:
8/10

Sem comentários: