Chega hoje finalmente aos nossos cinemas, o novo filme da Pixar: Wall-E
Como todos bem saberão, a Pixar era aquela pequena empresa de filmes em animação 3D que o visionário Steve Jobs, o tal da Apple, Inc (a empresa criadora dos Macs, iPods, iPhones, iTunes, etc),
transformou desde 1986 como o standard da animação computorizada, pelo qual todas as companhias copiam o método. Curiosamente, não são só as "coisas" Apple a servir de inspiração... pois até os "frutos" da Pixar são copiados até à exaustão sem os mesmo resultados e arte.
Hoje em dia a Pixar pertence á Walt Disney... e claro, Steve jobs é um dos maiores accionistas desse gigante da animação. Tudo porque as criações da Pixar, têm a arte de saber contar uma grande história, um traço artístico sempre muito á frente dos outros e com inovações técnicas sempre cativantes mas ao serviço de contar e servir uma história.
Até aqui a Pixar tem imaculadamente percorrido um percurso feito de cinema em estado puro e nos brindado com excelentes obras:
Toy story (1 e 2), Uma Vida de Insecto, Monstros & Cia, À procura de Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatuille e agora o Wall-E.
São filmes que não nos deixam indiferentes.
Fascinam imenso as crianças mas em simultâneo conseguem ter subtilezas em subtextos profundos que agarram os adultos. Estes são filmes familiares por excelência e muito mais que meras animações.
Filmes como o Toy Story 2, o Nemo ou Ratatui são autênticas obras-primas absolutas e o Wall-E eleva ainda mais a fasquia.
Digo, tudo isto para quê?
Para transmitir a mensagem que este novo ópus da Pixar é algo mais que desenhos animados em computador.
Wall-E, é uma reflexão sobre a solidão e o abandono (curiosamente estreia em pleno Verão, na época onde imensa gente abandona os seus animais de estimação), a esperança e de perseguir a felicidade. Consegue ainda retratar magistralmente o impacto do Homem no mundo e os seus efeitos no ambiente, com a ironia fina de que o único representante da humanidade na Terra ser uma máquina, que se ocupa a recolher lixo durante anos e anos (e é sem dúvida ainda muito interessante reparar no que este robô considera lixo).
Sinopse (via blog Hotvnews) de Wall-E"
A história de Wall-E tem início no ano de 2700 onde, devido ao modo terrível pelo qual nós, Humanos, tratámos o planeta, a Terra é agora, uma gigante esfera de lixo que gira no espaço.
Com o planeta inabitável, a Humanidade foi forçada a abandoná-lo, indo viver para cruzeiros luxuosos no espaço por um período de 5 anos. Para que possam regressar passado esse período, a Humanidade contrata uma enorme corporação chamada Buy N Large com o intuito de supervisionar todo o processo de limpeza. A companhia manda então para o nosso planeta, centenas de milhares de robots para limpar o lixo - os Waste Allocation Load Lifters - Earth Class (os Wall-E). Infelizmente, todos os robots, expecto um, acabam por avariar e 400 anos mais tarde a Humanidade continua a viver em Órbita, enquanto na terra o único robot sobrevivente continua sozinho a tentar limpar todo o planeta.
Com o passar dos anos Wall-E começa a ficar extremamente curioso em saber mais sobre o planeta onde está e sobre os seus habitantes. Acaba por “ganhar” um animal de estimação, a barata Spot e começa a coleccionar objectos relacionados com a Humanidade.
Anos e Anos a coleccionar e a limpar fazem com que Wall-E desenvolva uma personalidade e ganhe sentimentos. Sendo o único robot operacional no planeta, Wall-E sente-se extremamente só e implora por uma companhia… O seu pedido acaba por se realizar quando uma nave chega à Terra com o intuito de saber quais os progressos conseguidos na limpeza e envia uma robot chamada Eve para documentar as descobertas.
Wall-E apaixona-se perdidamente por Eve mas apesar desta ser um robot mais avançado, não está programada para ter sentimentos e como os robots não falam, só podem comunicar entre si com beeps e sons mecânicos. Wall-E tenta mostrar-lhe o que é o amor mas não consegue, e quando Eve termina a sua missão e abandona a Terra, Wall-E recusa-se a ficar para trás e infiltra-se também na nave… dando início a uma grande aventura pela galáxia."
Este filme tem sido considerado como um dos melhores do ano, juntamente com o novo Batman ("TDK") e o facto de ser uma animação é apenas um detalhe. O que é importante é a forma como nos é contada uma história. Afinal, cinema é precisamente isso: a arte de contar histórias.
Consulte o site da Pixar para saber mais:
Pixar