quinta-feira, 27 de maio de 2010
Series TV: "Fringe"... season finale espantosa (parte 2)
Ora bem, regresso à segunda parte da season finale da 2ª temporada de Fringe (rever a 1ª parte clicando aqui).
O video com partes deste final pode ser revisto num outro artigo, clicando aqui.
Alerto que desta vez há imensos spoilers no artigo... afinal no FOX nacional ainda nem chegaram á 2ª temporada, portanto pode-se falar no assunto, que vai dar ao mesmo. E Fringe é seguida por poucos... não se compara a Lost em seguidores. Let it roll!
Minha nossa... este final de Fringe foi mesmo fabuloso!
Foi estrondoso mesmo e aconselho a verem os dois episódios finais seguidos... é como um belíssimo filme sci-fi!
Percepção do Fringe-verse...
Foi mesmo uma segunda parte espantosa, totalmente à altura da boa 1ª parte (eles foram mesmo mauzinhos ao nos fazerem esperar uma semana pelo resto do episódio duplo), onde tudo se desenvolveu de maneira perfeita.
A começar, e para absorver, ao finalmente passarmos mais tempo no mundo paralelo: as imensas subtilezas como os mapas, as fotos (brilhante a do presidente Kennedy idoso), até aos já vistos posters de cinema, etc... mas principalmente a visão panorâmica do mundo (país) e do que fazem nas zonas onde se manifestaram actividades entre realidades (o facto de colocarem essas regiões em quarentena ganha por lá outro significado e mais cruel).
O mundo paralelo é em tudo semelhante mas onde nele se optaram por fazer outras decisões em função do mundo original. Foi muito deslumbrante toda a cena do Peter no helicóptero, onde o avanço high-tech e da realidade aumentada funciona com o simples olhar através do vidro do heli para o ponto a ver. Demais mesmo!
Foi impressionante toda a interacção entre William Bell e Walter Bishop, onde o regresso de ambos a um laboratório (alternativo... mas curiosamente igual ao que tinham, pois...). Todas as conversas entre ambos foi repleta de casmurrice e troca de bocas, onde tudo foi dito com grande perspicácia e muito se ficou a saber sobre ambos.
Tivemos assim mais algumas respostas, especialmente as dadas por William Bell que incidem sobre os avanços que desenvolve no mundo paralelo, de que foi ele quem criou os shapeshifters, que a sua versão alternativa já havia morrido antes de ser um adulto e que ele coloca a sua inteligência cientifica juntamente com o conhecimento avançado do mundo alternativo, ao serviço da criação de novas evoluções tecnológicas e ao mesmo tempo usando tudo isso para potenciar a sua Massive Dynamics no lado de cá com esses avanços.
Um outro destaque evidente recai na magnifica performance da actriz Anna Torv que conseguiu mostrar um novo nível de interpretação das suas Olivia's ao fazer duas personagens bem diferentes e de subtilezas distintas duma para outra.
É curioso notar que até então, por vezes mais parecia que ela representava sempre da mesma maneira e com pouca expressão... mas afinal consegue desta vez dar muito ao seu papel, pois a sua Olivia-alt torna-se até uma melhor personagem que a original, sendo mais interessante, atrevida e intensa. Ahh... e o encontro entre as duas Olivias, desde o que falam (as diferenças e semelhanças) e a própria luta entre ambas foi de mestre.
Um outro momento depois notamos o enternecimento dela ao voltar a encontrar o antigo parceiro Charlie (o alternativo - acho que a série ganha muito com ele presente), a conversa no carro como nos velhos tempos e mais tarde o momento decisivo de Olivia ao revelar-se a Peter (sentimentos incluídos).
O Peter teve também os seus momentos de descoberta dos planos de Walter'nate, que o pretende usar como fonte de energia para a máquina de guerra que pretende construir.
E aqui isto faz pensar que raio de "verdadeiro" pai é este?*
Observações...
De todo este final de temporada, só achei mal o buraco narrativo que criaram com a manobra das Olivias. É que se a Olivia-prime era importante por ter de ser ela a abrir a passagem entre mundos com o seu poder e uma vez que o grupo dos especias que viajaram com ela ao morrerem, colocando para isso a necessidade de uma máquina para segurar o portal (que o Walter e Bell desenrrascaram á pressa facilmente) e... depois o que se vai a ver é que nada disso foi necessário. E até com isso a alt-Olivia consegue passar para cá. Esse deveria ter sido o momento que ela seria desmascarada por não ter o "superpoder"... mas enfim.
O que fica desta troca é que isto irá permitir novas possibilidades narrativas para a 3ª temporada. Com a Olivia-alt deste lado agora imagino que iremos acompanhar diversos dramas da sua infiltração, desde a sua presença no FBI, a relação com Peter que sofrerá um recuo e ainda o descobrir da família que não tinha (a irmã, a sobrinha...) tudo isso conjugando uma nova evolução de personalidade e percepção do que as pessoas do mundo alternativo imaginava serem "monstros" do lado de cá.
Uma outro facto não estabelecido muito coerente são as regras entre os Fringe-(uni)verses.
Fringe não tem sido muito clara com as regras entre as realidades paralelas. Tanto é difícil reunir condições para permitir atravessar entre realidades, envolvendo situações ultra-elaboradas... como de repente se fabrica um simples engenho e facilmente se muda de lado.
Ao mesmo tempo, há regras que parecem apenas existir para servir o desenvolver do episódio em questão, oscilando depois ao longo das temporadas.
Já se viu que Walter num outro tempo sem tecnologia avançada criou um mecanismo portátil para abrir e fechar os portais raptando o Peter-alt... também já se viu ele referir que um volume resgatado do lado de lá tem de ser compensado com outro volume para manter o equilíbrio... e que as passagens entre realidades alteravam atómicamente o organismo podendo serem trágicas a quem já o tenha feito (e a Walter não acontece nada?).
Penso que na 3ª temporada estas regras terão de ser consolidadas, uma vez que terá de estar mais presente a temática dos Fringe-verses. Contudo, avaliando como Fringe sempre se desenvolveu até aqui... é de esperar alguma lentidão de processos.
Divagações e teorias...
*Suspeito que, e sendo esta uma série de J.J.Abrams, um dia acontecerá um outro "major-twist": que é o de tudo se inverter e vermos algumas personagens que acompanhamos desde o inicio como sendo eles os verdadeiros maus de serviço, onde também ficaremos a saber que o próprio Walter é este sim também originalmente o do lado de lá -é rebuscado mas explicaria muita coisa.
Com esta teoria (louca) o Walter'nate ser mas é do lado oposto -e aí jogarem com o facto de Bell ter mexido no cérebro de Walter como ficamos a saber claramente neste final (e ter feito mais do que isso: consciência?).
Nessa fase as personagens perceberão que são apenas marionetas de um Walter deste mundo e mau...
Seria a melhor maneira de justificar os actos de Walter para com Peter, se ambos tiverem origem no mesmo mundo. Assim, o que parece um rapto de um filho alternativo, seria isso sim a mais pura protecção paternal...
Agora, apreciando a seguinte promo, até ganha outro sentido... Não só revela a Olivia separada deles como se pode interpretar como Walter e Peter serem do mesmo mundo.
O certo é que com este final mais intenso entre as realidades e os antagonismos colocados em posição... a 3ª temporada tem tudo para ser espantosa igualmente. Até porque será a única série de temática sci-fi fantástico a lidar com situações invulgares, não devem vacilar agora.
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