Capa muito interessante a do jornal Público de hoje. Assinala com uma muito boa imagem e icónica, de Steve Jobs e a sua Apple. Contudo, aceito mais ou menos bem o termo de "Apagou-se a magia". Apagou-se Steve Jobs sim mas a magia essa vai perdurar e mais parece que anunciam um futuro negro para a Apple. Eu não acredito nisso.
"Steve Jobs: Apagou-se a magia" |
Acho que deveriam ter feito uma capa bastante melhor isso sim, que prestasse ainda maior justiça. Mas acredito que na actual redacção do jornal Público, os colaboradores já nem saberão disso e como tal foi um argumento que perdeu peso. Também nem se terão lembrado de fazer reflectir na 1ª página a revolução no desktop publishing e o quanto o Mac foi importante nisso.
Coisas que me passaram pela cabeça e claro... isto sou só eu a dizer.
Suplemento Ipsilon do jornal Público de 7Out11 |
Ver outras capas de mais edições nacionais num segundo artigo dedicado a este assunto.
R.I.P. Steve Jobs, co-fundador da Apple (1955-2011)
4 comentários:
Pois, mas eu até fico muito feliz que o bom jornalismo tenha prevalecido sobre o sensionalismo ou a elegia fúnebre exagerada. Há que fazer homenagens mas com peso e medida. Do mesmo modo que lembrou o suposto génio também lembrou no interior que Jobs foi anteriormente um homem de vários falhanços. E o mundo é muito mais que a morte de um homem. Porque afinal o que representa exactamente Steve Jobs para a realidade nacional, mesmo que os Macs tenham representado nos primeiros tempos do jornal? Muito pouco seja dito, ele faleceu e todos nós continuamos a nossa vida sem muito (ou na verdade quase nenhum) choro ou mudanças na nossa vida.
Já agora, nunca são os "reles" colaboradores que decidem capas, são sempre os editores e directores, normalmente pessoas que trabalham há muito na redacção. E eles devem saber bem a história do jornal.
Por curiosidade na altura que o Público inovou com os Macs era a altura do Quadras/PowerPC/Xpress foi também a altura que trabalhei num projecto editorial com essas ferramentas numa editora. Ora após obsevar alguns crashs (e outras chatices) com eles aprendi também nessa altura que os Macintosh também estavam longe de ser perfeitos. :D
Caro anónimo, compreendo o desagrado pelas minhas observações mas não as retiro e não altero. Escrevi o que ficou aí e só parei no ponto final.
Também eu iniciei a carreira profissional em plena fase de introdução da tecnologia nas artes gráficas. Os computadores eram tidos como bichos medonhos que iriam destruir a arte. Nessa altura um computador significava um Mac...
Usei do Photoshop 1.0 em diante, aterrei no nojento do XPress 3... deliciei-me com o FreeHand 3... sempre em Macs... o marco maior foi um 7100 a 66Mhz com System 7 (o Mac Os da altura). Tempos lindissimos e era um deliro tratar de tipografia com o Mac e visualizar fisicamente na LaserWriter 630.
Quando me refiro aos "Colaboradores" é obviamente a pensar na camada muito novinha que no nosso tempo dos Quadras (grandes "Mac"quinas)... eles ainda estavam a nascer ou tinham nascido à pouco.
Nem imaginam sequer o que foi um SyQuest...
Obrigado pelo comentário mas do jornal Público esperava muito mais e melhor. Edição sem chama...
Tanto não senti qualquer desagrado como nunca esperaria que retirasse ou alterarasse as suas palavras até porque se nota que deixou-se levar pelo coração e nesses casos raramente há volta a dar. :)
No entanto tinha de ressalvar o papel de um correcto jornalista e sobretudo dos editores. Numa revista de informática ou de management até faz sentido algo mais elaborado, detalhado e amplo e até com mesmo uma capa totalmente dedicada. Ora, num jornal generalista já não e era isso que queria realçar porque tanto a redacção do Público ou qualquer outro jornal fizeram opções correctas e aceitáveis.
Bem, eu como desde cedo e depois de tanto lidar com tipografias, fotolitos, coreis,fh, quark's, pagemaker's, eps's, zips tive de viver sempre com os dois universos e lá descobri que nada em DTP era ídilico. Os problemas sempre existiam e aconteciam fosse com macs ou pc's apesar de aparentemente tudo parecer ser mais fácil com Mac's sobretudo na pré-impressão.
O tempo acabou por trazer um maior equilíbrio e até independência dos sistemas e o custo exagerado dos Mac's num tempo que se começou a procurar reduções de custo matou um pouco o DTP à base de Mac's.
Ehhhh, as Syquest's, esses bichos grossos e também falíveis, lá vieram depois as mais pequenas zips mas felizmente os backups e transportes em cd-rom felizmente livraram-nos dos discos ópticos móveis. Ainda tenho algures uma floppy zip e alguns cartuchos abandonados algures. :)
Obrigado, é bom e engraçado ler algúem que nos faça lembrar esses velhos (bons é que não sei pelas dores de cabeça) tempos. :D
Eu é que tenho a agradecer o valioso contributo que deixou sobre memórias de tempos interessantes. E sim, os Macs também crashavam mas a maior parte das vezes era culpa da promiscuidade que existia com as fontes (aquelas que transitavam com os projectos... eheheh). E confirmo que a minha área era e é a da pre-impressão (e design).
Tenho mais artigos sobre tempos antigos, nomeadamente um sobre a transição de um workflow e outro por exemplo sobre a guerra vectorial no mundo Mac...
Cumprimentos e volte.
Obs: um dia destes ainda tiro umas fotos aos cartuchos Syquest e tal... o tempo das ligações SCSI.
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