quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cine-critica: Nothing But the Truth [2008]

"Nothing But the Truth"
"A Verdade e Só a Verdade"
[2008]


Realização/argumento: Rod Lurie
Com: Kate Beckinsale, Matt Dillon, Vera Farmiga, Angela Basset, Alan Alda...


Filme mesmo muito cativante e interessante de assistir e que coloca à prova uma repórter no sentido de a fazer revelar a sua fonte a respeito de um escândalo que envolve o governo.

Ora bem...

A grande Kate Beckinsale surge aqui num papel diferente do seu habitual, onde cria uma mulher forte, determinada e muito integra durante longo do filme. Ela é uma convincente repórter de um dos grandes jornais de Washington, que ao publicar num forte artigo de investigação a identidade de um dos agentes da CIA sob disfarce, desencadea-se uma série de eventos nos bastidores do poder ao mais alto nível (conspirações, assassinatos, traições, etc).

A integridade ética da repórter em proteger a sua fonte e nunca a revelar, quando acossada judicialmente a vão conduzir até á cadeia, entrando num abismo que questiona e coloca à prova a ética, a moralidade, a sua vida pessoal e a familiar. E é sobre a sua vida familiar que a começam a fazer vacilar na sua tão forte defesa na ética jornalista.


A surpresa maior até foi a qualidade da interpretação de Matt Dillon, como advogado/procurador, que sem ser extraordinário, apresenta uma performance muito segura e apreciável.

Sendo este um filme que se passa todo a proteger uma fonte a questão chega até ao fim em se querer também saber quem e porque mereceu tanta protecção da jornalista, para justificar que tanto tenha passado na vida.
Um filme bastante interessante.

Classificação:
6/10


3 comentários:

Jorge Teixeira disse...

É isso mesmo, partilho genericamente da mesma opinião - um filme interessante, e que embora se baseie numa temática muito corrente pode-se dizer que se safa moderadamente bem, de forma satisfatória até para quem o vê, prendendo sempre a atenção e ainda nos reservando um final digno.

Os actores é mesmo o ponto forte do filme, e não fosse os clichés habituais e uma realização sem sal, até estaríamos perante uma grande escolha cinematográfica do seu ano (pena mesmo essas falhas, que não são assim tão pequenas).

abraço

João Sousa disse...

Nada me deixaria mais satisfeito do que contribuir com elevação para este debate. (In)Felizmente, quando se mete a sra. Beckinsale numa conversa, o sangue deserta em massa do meu cérebro e eu transformo-me num vegetal baboso controlado pelas gónadas (eis uma palavra que gostaria de ver usada mais amiúde).

Sobre este filme, que não vi, agrada-me que a sra. Beckinsale tenha oportunidades destas para mostrar o talento. Os deuses sabem como ela precisa destes papéis de qualidade para equilibrar uma carreira que me tem parecido mal gerida: Pearl Harbor é Michael Bay e não é necessário dizer mais nada; Van Helsing é uma atrocidade tal que consta ter sido usado em Guantanamo para extorquir informações.

ArmPauloFerreira disse...

É claro que também concordo com essas observações, Jorge! Não estamos na presença de um filme de virtuosimos técnicos mas é sem dúvida um belo drama que vende bem o conceito que trás com ele e o segura até ao fim com unhas e dentes.

João Sousa: Eheheheh! Sei bem o que é isso quando se está na presença de uma musa que descontrola a racionalidade. Por acaso a Kate até tem alguns bons filmes. Por exemplo um filme com ela que é maravilhoso, o "Last Days Of Disco" (feito antes de ela ser famosa pelo "Underworld"), onde ela tem uma performance de actriz a sério. Impressiona! Recomendo que descubras!