Something Borrowed
Empresta-me o Teu Namorado
[2011]
Realização: Luke Greenfield
Com: Ginnifer Goodwin, Kate Hudson, Colin Egglesfield, John Krasinski
Sinopse: "Rachel (Ginnifer Goodwin) é uma talentosa advogada, generosa e amiga leal e, infelizmente, ainda solteira.
Mas na festa do seu trigésimo aniversário, depois de alguns copos, Rachel inesperadamente acaba na cama com um homem, Dex (Colin Egglesfield), por quem sentia um fraquinho desde os tempos da faculdade, que, por sinal, é o noivo da sua melhor amiga Darcy (Kate Hudson).
Quando a longa amizade de Rachel e Darcy colide com amor verdadeiro, leva a complicações inesperadas e revelações românticas potencialmente explosivas."
Trailer:
Ora bem...
Só li até agora (isto há umas semanitas/meses atrás) criticas muito, mas mesmo muuuuiiito más a este filme (do tipo de provocar vómitos antecipados) e tinha receio que este fosse então uma daquelas comédias-românticas de cortar os pulsos de tão insuportáveis. Mas não... até fiquei surpreendido positivamente!
Isto não é bem uma comédia (mas há alguns momentos bem dispostos) mas não é um drama ou um romance ultra-elaborado. É uma história que pretende colocar em cena a vida real e o que se lida por aqui reflecte esse interesse e prestei então mais atenção dessa forma.
Na minha forma pouco ortodoxa de classificar filmes, acho que vale um merecido 7/10.
Porque...
...esta dramédia-romântica seduziu-me (talvez tenha sido no dia certo) e encontro aqui mais honestidade e ausência de pretensão, que muitas das vezes se vê no género das comédias-romãnticas e inclusive em filmes mais sérios. É uma história que contextualiza em várias vertentes o problema de se deixar escapar o amor... em favor de o deixar ir para outros o viverem. Daí aos dilemas pessoais e morais de não se ter a relação certa e os desgostos que isso pode criar em regime plural (os que são envolvidos). Todos os envolvidos neste caso sofrem dessa amargura por não estarem focados na pessoa que deveriam estar. E nem tudo é tão simples no caso das "vitimas"... e há mais pontas soltas do que parece. Neste caso, coloca em perspectiva as questões morais relativas aos sentimentos amorosos entre amizades e quando estas ultrapassam isso.
Rachel: This is my best friend. Darcy this is Dex. Darcy: I know, you are talking about him for nine months. |
Ginnifer Goodwin até que esteve sempre bem e adequada, conseguindo fazer uma personagem genuína, admirável, graciosa por vezes (principalmente quando expressa as tormentas sentimentais da personagem) e leva com todo o filme às costas. O seu lado cheesy/goofy também aparece mas é nos momentos que se justificam e até dá "colorido" ao filme.
Kate Hudson faz, mais uma vez, estes papeis com uma naturalidade admirável que até parece simples, dotando um ar de graça à amizade das duas personagens que até parece real a empatia... mas também ela lá para perto do final, inacreditavelmente no momento mais exigente da sua personagem... falha! Mas Ok...
Acho ainda que o público feminino vai admirar a "paisagem": Colin Egglesfield e Steve Howey... admito que há categoria "visual".
Não desengano ninguém pois este "Something Borrowed" está carregadinho de clichés tão típicos no género mas na minha apreciação, os clichés aqui não estão somente para encher o filme mas sim para descontraidamente servirem-no, prestando uma tónica de escape de algo que bem poderia desenbocar num drama. Nota-se também no trailer que sugere ser uma comédia e apesar de se servir da comédia de situação... não o é totalmente.
Realizado sem artifícios técnicos dignos de registo (apesar de ter os seus momentos e quando os tem são bons), tem um elenco modesto mas que se entregam às situações (as duas actrizes centrais sobressaem) e uma banda-sonora de canções mesmo fixe (que já cá "canta", claro! - ver artigo sobre a OST).
Classificação:
7/10
(Oh yeah!!!)
Não se fiem nas minhas opiniões mas... eu gostei.
Agora lidem com isso!
2 comentários:
Rachel é toda doce e querida e Darcy é hipócrita e insensível, mas o rumo do guião, em vez do ajuizado “com amigas assim, quem precisa de inimigas”, guina para o moralismo infecto, onde “mesmo que a amiga seja falsa e egocêntrica, amarga-se e aguenta-se”, como se o conceito de amizade não fosse uma rua de dois sentidos.
São coisas destas que não gosto de ver num filme que quero que me faça sentir bem.
Não sei o que te dizer mas toda a situação fugiu do controle das duas e o que mais pontua aqui é que duas amigas, podem na mesma ficar amigas se souberem estabelecer a verdade das duas e ultrapassar pela amizade que as unia o que se passou no amor. Que na realidade sabemos bem que há quem apenas queria viver para o sonho e não viver verdadeiramente o sonho. Uma delas cumpriu tudo bem (e foi respeitosa pelas várias partes até onde conseguiu), a outra não, até se a descobrir...
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