sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Plano Nacional de Cinema... a lista de filmes para as escolas e informações da imprensa

Foi hoje apresentada a lista de filmes para o Plano Nacional de Cinema a ser apresentado nas escolas. Uma iniciativa pedagógica e cultural que deve ser louvada e que visa fomentar o interesse pelo cinema.


Como bem nos informa no FilmSpot:
"O Plano Nacional de Cinema nasce da parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura e o Ministério da Educação e pretende colocar os estudantes em contacto com obras fundamentais do cinema português e mundial. O programa engloba sessões de cinema complementadas por ações na sala de aula.

Serão 23 as escolas de todo o país em que será aplicado este programa durante o ano lectivo que agora começou.

Os filmes selecionados para este ano-piloto foram os seguintes:
"A Bola", de Orlando Mesquita Lima (Moçambique, 2001)
"A Cortina Rasgada", de Alfred Hitchcock (EUA, 1966)
"A Esquiva", de Abdelatlif Kechiche (França, 2004)
"A Invenção de Hugo", de Martin Scorsese (EUA, 2011)
"A Noite", de Regina Pessoa (Portugal, 1999)
"A Noiva Cadáver", de Tim Burton (EUA, 2005)
"A Suspeita", de José Miguel Ribeiro (Portugal, 1999)
"Adeus, Pai", de Luís Filipe Rocha (Portugal, 1996)
"AnikiBobó", de Manoel de Oliveira (Portugal, 1942)
"As coisas lá de Casa", de José Miguel Ribeiro (Portugal, 2003)
"Belarmino", de Fernando Lopes (Portugal, 1964)
"Com Quase Nada", de Margarida Cardoso e Carlos Barroco (Portugal e Cabo Verde, 2000)
"Diz-me Onde Fica a Casa do Meu Amigo", de Abbas Kiarostami (Irão, 1987)
"Douro, Faina Fluvial", de Manoel de Oliveira (Portugal, 1931)
"Eduardo, Mãos de Tesoura", de Tim Burton (EUA, 1990)
"Estória do Gato e da Lua", de Pedro Serrazina (Potugal, 1995)
"ET, o Extraterrestre", de Steven Spielberg (EUA, 1982)
"Fado Lusitano", de Abi Feijó (Portugal, 1995)
"História Trágica com Final Feliz", de Regina Pessoa (Portugal, 2005)
"Jaime", de António Reis (Portugal, 1974)
"Luzes na Cidade", de Charles Chaplin (EUA, 1931)
"O Barão", de Edgar Pêra (Portugal, 2011)
"O Estranho Mundo de Jack", de Tim Burton (EUA, 1993)
"O Garoto de Charlot", de Charles Chaplin (EUA, 1921)
"Os 400 Golpes", de François Truffaut (França, 1959)
"Os Respigadores e a Respigadora", de Agnès Varda (França, 2000)
"Os Salteadores", de Abi Feijó (Portugal, 1993)
"Persepolis", de Marjane Satrapi e Vicent Paronnaud (França, 2004)
"Rafa", de João Salaviza (Portugal, 2012)
"Romeu + Julieta", de Baz Luhrman (EUA, 1996)
"Saída de Pessoal Operário da Camisaria Confiança", de Aurélio da Paz dos Reis (Portugal, 1896)
"Senhor X", de Gonçalo Galvão Teles (Portugal, 2010)
"Serenata à Chuva", de Stanley Donen (EUA, 1852)
"Shane", de George Stevens (EUA, 1953)
"Um Outro País", de Sérgio Tréfault (Portugal, 1999)
"Viagem à Lua", de Georges Méliès (França, 1902)

A lista inclui um número considerável de títulos do cinema português de diversas épocas - desde os primeiros filmes rodados no nosso país por Aurélio Paz dos Reis, em 1896, até obras mais recentes como a curta-metragem "Rafa", de João Salavisa, premiada em Cannes em 2012.

Entre os filmes estrangeiros, destaque para a presença de Martin Scorsese, Tim Burton e Steven Spielberg, ao lado de realizadores como François Truffaut, Agnés Varda, ou Abbas Kiarostami.
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Deixo apenas a correcção de que o filme "O Estranho Mundo de Jack" foi realizado por Henry Selick e não por Tim Burton como foi anunciado pelo Plano Nacional de Cinema. Pfff!


"O Estranho Mundo de Jack", realizado por Henry Selick (e produzido/escrito por Tim Burton)

Complemento o artigo com as informações on-line do jornal Correio Da Manhã:
"Os critérios de selecção contemplam a "diversidade, os vários géneros cinematográficos e as proveniências", considerando também "a ligação aos conteúdos escolares", como salientou a coordenadora do plano, Graça Lobo na apresentação do projecto, esta sexta-feira, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. O evento foi conduzido pelos secretários de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, e da Educação e Ensino Básico, Isabel Leite, organismos parceiros nesta iniciativa.

Os filmes serão discutidos nas salas de aula e o seu conteúdo terá ligação ao curriculo do ano em questão e, no final de cada período escolar, os professores envolvidos levarão os alunos às salas de cinema.

Viegas destacou "o grande entusiasmo" da equipa coordenadora do projecto, bem como de todos os agentes envolvidos, lembrando que a iniciativa se implementa num "período de intensa contenção orçentamental" e Isabel Leite enalteceu a "adesão voluntária" das 23 escolas.

Integrado na nova Lei do Cinema - que entra em vigor em Outubro -, o Plano visa "promover a literacia no cinema, bem como a formação de novos públicos", frisou ainda o secretário de Estado da Cultura. E "formar um olhar crítico" a todos os alunos.

Para já, o projecto-piloto é apenas implementado em três níveis de escolaridade mas será posteriormente extensível a todos.
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Cena de "AnikiBobó" do nosso mestre Oliveira

Já no jornal SOL acrescentam o seguinte:
"A ideia do PNC já tinha sido anunciada antes por Francisco José Viegas e está inscrita na nova lei do cinema e do audiovisual, com o objectivo de impulsionar a criação de novos públicos e sensibilizá-los para as práticas cinematográficas e, em particular, para o cinema português.

Durante o presente ano lectivo, o PNC estará em funcionamento em 23 estabelecimentos de ensino públicos e privados em todos os distritos, sendo que nos de Lisboa e Faro estão previstas seis escolas e no Porto duas escolas.

«Em cada uma das escolas o plano será desenvolvido por um professor coordenador, sob a direcção e com a responsabilidade do director da escola ou do agrupamento», referiram as tutelas da Cultura e Educação.
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Cena de "Adeus, Pai"

Por fim, referir dados sobre o futuro desta iniciativa pela reportagem do Diário de Noticias:
"O Plano Nacional de Cinema propõe uma lista de filmes que serão apresentados em salas de cinema e que desencadearão depois ações complementares na escola. "Não se trata de gostos pessoais", disse o secretário de estado, que reconhece que a lista possa não ser consensual. Mas segue vários critérios e objetivos. E metade dos títulos são de produção portuguesa. Francisco José Viegas adiantou ainda que para 2013 poderá haver um plano na área da música, acrescentando que poderá incluir um relacionamento com as várias orquestras que existem no país."

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