A impressão inicial:
Não o acho grande coisa... tem momentos interessantes em certas faixas que o apontam bem mas tirando as colaborações que lhe dão algum do brilho que tem, o que resumo dele é que é o mais fraquinho da discografia da banda. Não está tão entusiasmante como esperava.
Mas... pode ser que mais umas quantas vezes mude um certo inicial sentimento de desapontamento que nutro por este álbum deles. Já pressentia o mesmo do EP "Spliting the Atom", mas como continha remixes e tal... passou.
Não o acho grande coisa... tem momentos interessantes em certas faixas que o apontam bem mas tirando as colaborações que lhe dão algum do brilho que tem, o que resumo dele é que é o mais fraquinho da discografia da banda. Não está tão entusiasmante como esperava.
Mas... pode ser que mais umas quantas vezes mude um certo inicial sentimento de desapontamento que nutro por este álbum deles. Já pressentia o mesmo do EP "Spliting the Atom", mas como continha remixes e tal... passou.
Segunda impressão, depois de várias escutas:
Ter insistido com este álbum, escutando-o várias vezes, incluindo repetições seguidas, fez com que construisse uma nova opinião do álbum. Gosto do álbum, e comparativamente com a discografia de originais deste colectivo, digamos que o encaro como uma espécie de cruzamento do "Protection" (1994) com o "100th Window" (2003). Há tal como em 1994, uma mesma ideia de muitos convidados ao longo do álbum, pormenores dub e ricas linhas de baixo, várias canções a penderem para o épico, e a toada geral do disco insere-se claramente nos princípios do mais puro trip-hop (género que o colectivo tanto faz para se afastar desse rótulo). Só que toda a arquitectura sónica está edificada sobre muita da mesma matéria e ambiência sónica (blips, sonoridade industrial de laivos futuristicos, etc) ainda assim depressiva e claustrofóbica, tal como o 3D nos apresentou em 2003.
A verdade é que para trás (rever artigo sobre a discografia deste projecto) ficaram duas obras-primas dos Massive Attack, o "Blue Lines" (1991) e o "Mezzannine" (1998) e este novo registo em 2010, tenta ser uma prova de que continuam a expandir uma sonoridade muito própria mas... não é nenhuma obra-prima, longe disso.
"Heligoland" é um disco que brilha principalmente pelas colaborações de gente externa ao colectivo, que com a sua vocalização catapultam o disco para a relevância. Começa em regime monótono com a "Pray For Rain" com voz de Tunde Adebimpe, faixa que vai evoluindo apartir dos 3:30 e só respira e mostra o que vale aos 4:20 (aquelas linhas de baixo são sublimes).
A seguir chega a vez de Martina Topley-Bird em "Babel" numa faixa (dubstep?) muito OK mas nada demais. É no entanto a melhor participação dela no álbum pois a segunda faixa onde participa, a "Psyche" é uma pobreza, inclusive ainda mais pobrezinha que a remix de Van Rivers & The Subliminal Kid, presente no EP "Splitting The Atom", onde a mesma matéria está bastante mais bem conseguida com a remistura e que chega a enaltecer a voz de Martina, antiga companheira e colabora de Tricky, com quem os membros dos MA se zangaram em 1995 (ainda bem pois Tricky lançou-se numa carreira a solo fulgurante). Sendo um pouco má lingua acho que reservaram para a Martina os momentos menores do disco...
O convidado seguinte participa em duas faixas seguidas e é nada mais nada menos que o grande Horace Andy, que merecia a esta altura ser já visto como parte integrante da banda e não um mero colaborador. Horace esteve presente em TODOS os álbuns dos Massive Attack e é um dos que alinha nos concertos. Desta vez, cumpre com distinção já habitual e brilha em ambas as "Splitting The Atom" e "Girl I Love You". Mais para a frente teremos duas faixas assinadas só pelo duo da banda, as "Rush Minute" e "Atlas Air" (clicar aqui para ver artigo dedicado ao video desta faixa).
A seguir chega a vez de Martina Topley-Bird em "Babel" numa faixa (dubstep?) muito OK mas nada demais. É no entanto a melhor participação dela no álbum pois a segunda faixa onde participa, a "Psyche" é uma pobreza, inclusive ainda mais pobrezinha que a remix de Van Rivers & The Subliminal Kid, presente no EP "Splitting The Atom", onde a mesma matéria está bastante mais bem conseguida com a remistura e que chega a enaltecer a voz de Martina, antiga companheira e colabora de Tricky, com quem os membros dos MA se zangaram em 1995 (ainda bem pois Tricky lançou-se numa carreira a solo fulgurante). Sendo um pouco má lingua acho que reservaram para a Martina os momentos menores do disco...
O convidado seguinte participa em duas faixas seguidas e é nada mais nada menos que o grande Horace Andy, que merecia a esta altura ser já visto como parte integrante da banda e não um mero colaborador. Horace esteve presente em TODOS os álbuns dos Massive Attack e é um dos que alinha nos concertos. Desta vez, cumpre com distinção já habitual e brilha em ambas as "Splitting The Atom" e "Girl I Love You". Mais para a frente teremos duas faixas assinadas só pelo duo da banda, as "Rush Minute" e "Atlas Air" (clicar aqui para ver artigo dedicado ao video desta faixa).
Para o fim destaco as faixas mais brilhantes do álbum (juntamente com a marcante "Splitting The Atom"). A impressionante "Paradise Circus" com Hope Sandoval, a comovente "Saturday Come Slow" com a inesperada participação de Damon Albarn (dos Blur ou Gorillaz).
Resta apenas referir aquela que é a que mais me impressionou, a "Flat Of The Blade" cantada por Guy Garvey, naquele que é um magestoso exercício trip-hop do qual já não esperava.
Profunda, perturbadora, depressiva e mágica. O momento do disco e a faixa que não tem parado de ser repetida. (clicar aqui para ver artigo dedicado ao video/lyrics desta faixa)
Apartir do momento que Garvey solta linhas como "How does it feel / The weight of the steel?" deixa marcas.
Quem ainda diz que o trip-hop acabou?
Resta apenas referir aquela que é a que mais me impressionou, a "Flat Of The Blade" cantada por Guy Garvey, naquele que é um magestoso exercício trip-hop do qual já não esperava.
Profunda, perturbadora, depressiva e mágica. O momento do disco e a faixa que não tem parado de ser repetida. (clicar aqui para ver artigo dedicado ao video/lyrics desta faixa)
Apartir do momento que Garvey solta linhas como "How does it feel / The weight of the steel?" deixa marcas.
Quem ainda diz que o trip-hop acabou?
Massive Attack "Splitting The Atom" (feat. Horace Andy) - [Heligoland -2010]
Ver artigo sobre a restante discografia dos Massive Attack:
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