O jornal i on-line diz o seguinte:
"A Blockbuster Portugal iniciou um processo de insolvência devido a quebras sucessivas na sua faturação, anunciou a Associação do Comércio Audiovisual de Portugal (ACAPOR), que responsabiliza a pirataria pelo declínio dos clubes de vídeo.
(...)
"As razões principais deste desfecho assentam maioritariamente no uso legal e ilegal da internet e de todas as inúmeras alternativas de entretenimento que daí advém, associado ao prolongado difícil momento económico que o país atravessa"
(...)
A ACAPOR atribui culpas à pirataria e acusa as autoridades de "não saberem cuidar dos investimentos dos particulares, deixando-os à mercê de roubos descarados e despudorados".
"A pirataria online é crime e provoca vítimas reais", refere a associação do sector, salientando que "a inércia existente no combate ao 'download' ilegal é vergonhosa".
É realmente uma pena este desfecho.
Todos temos culpa de alguma forma... mas mais ainda tem mais o sector do audiovisual e a própria Blockbuster.
Em tempos, fui até um certo tempo um ávido cliente (às vezes era aos 3 e 4 filmes por semana) e que depois tornei-me um cliente cada vez mais raro. Admito, que a net e as possibilidades de obter conteúdos livremente por este meio, fizeram mudar esse hábito... mas não mudou o hábito de ver os filmes (até pelo contrário).
Em tempos, fui até um certo tempo um ávido cliente (às vezes era aos 3 e 4 filmes por semana) e que depois tornei-me um cliente cada vez mais raro. Admito, que a net e as possibilidades de obter conteúdos livremente por este meio, fizeram mudar esse hábito... mas não mudou o hábito de ver os filmes (até pelo contrário).
Acredito que as operadoras dos serviços de televisão, acabaram por dar a machadada final nos estabelecimentos de aluguer como a Blockbuster e semelhantes. É que com os serviços de aluguer das box digitais, o aluguer é feito legalmente na hora, sem se sair de casa, a preços até idênticos aos que a Blockbuster praticava e sem filmes esgotados no momento que os queremos ver.
Facilmente todos identificarão onde está a vantagem actualmente?
Poderiamos imaginar cenários onde a Blockbuster mantivesse o seu "core business". Por exemplo, teria sido uma óptima ideia viável se os serviços de aluguer das operadoras fossem assegurados pela Blockbuster e não pelas próprias. Até compreendo o isolamento da ZON, que devido a deter a ZON Lusomundo (que detém os direitos duma grande maioria dos títulos do nosso país), não enveredaria por terceiros quando já tem tudo dentro de portas. Mas as outras operadoras como a Clix ou o Meo, poderiam ter dado uma chance a um serviço externo. Mas o que percepciono da nossa realidade é que a própria Blockbuster por cá nunca se mostrou apta ao modernismo e à internet...
O ponto essencial da actualidade, é que o serviço da Blockbuster deveria ter evoluido para uma presença na rede como forma alternativa à loja fisica (poderia ser o streaming ou não).
Terem um site ou aplicação ou um ecossistema próprio (serviço e equipamento), que permitisse aceder aos filmes para alugar, teria garantido uma nova possibilidade nesta fase da evolução.
É uma pena o estado a que as coisas chegam. Mas muitas das vezes muitas destas situações resultam de os serviços não se irem adaptando á realidade e aos novos tempos.
Um serviço prestado na actualidade tem de se adaptar ao cliente e á realidade que a envolve.
Não o contrário.
2 comentários:
Isso de queixar se da pirataria já começa a ser "bater no ceguinho".
A pirataria apenas é a prova que o mercado não reage e não desenvolve tão rapido como as vezes desejado...
Veja se o exemplo do Netflix ... eles não se queixam ... o que andou a Blockbuster a fazer ?
A Blockuster não teve "arte" para sobreviver....
Não se trata dos "filmes da Internet" trata-se dos novos tempos ao qual eles não se adaptaram.
Isto já aconteceu no passado quando a TV apareceu e fechou muitas salas de cinema....
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