Duas Amas de Gravata / Old Dogs De: Walt Becker Com: John Travolta e Robin Williams
As Vidas Privadas de Pippa Lee / The Private Lives of Pippa Lee De: Rebecca Miller Com: Robin Wright Penn, Mike Binder, Alan Arkin, Winona Ryder, Maria Bello, Keanu Reeves, Blake Lively, Monica Bellucci, Julianne Moore...
Um Profeta / Un prophète De: Jacques Audiard Com: Tahar Rahim, Niels Arestrup, Adel Bencherif...
Esta animação até parece mesmo da Pixar... os detalhes, a classe e a criatividade estão lá! Mas não é.
É a Missao: Impossivel mas com um pombo, que mete-se por acidente dentro de uma mala que esconde muita coisa (tecnologia) estranha para este coitada ave...
Aqui há uns tempos atrás criei uma playlist que reúne 50 canções de (e com) Michael Jackson, das imensas que tenho aqui no meu iTunes e que foram alinhadas de forma a suscitar interesse em ouvir repetidas vezes. Cada canção tem o objectivo de pedir a seguinte e por aí fora...
Don't Stop 'Til You Get Enough
I Want You Back
Lovely One
Can You Feel It
Wanna Be Startin' Somethin'
ABC
Beat It
State Of Shock (The Jacksons Feat Mick Jagger)
Leave Me Alone
Black Or White
Rock With You
Billie Jean (Long Version)
Butterflies
This Is It (Orchestra Version)
One More Chance
Scream (Feat. Janet Jackson)
You Rock My World
Speed Demon
Blood On The Dance Floor
Blame It on the Boogie
Remember The Time
Man In The Mirror
We Are The World (USA for Africa)
Somebody's Watching Me (Feat. Michael Jackson) ... de Rockwell ("Venduto")
Shake Your Body (Down to the Ground)
Say Say Say (Feat. Paul McCartney)
Ease On Down The Road (Feat. Diana Ross)
The Way You Make Me Feel
Come Together
Bad
Who Is It [7" Edit]
Human Nature
Off The Wall
Thriller
Little Susie
Liberian Girl
For All Time
Give In To Me
Got to Be There
She's Out Of My Life
Ben
I Just Can't Stop Loving You (Feat. Siedah Garret)
The Lady In My Life
Gone Too Soon
Someone Put Your Hand Out
Stranger in Moscow
P.Y.T. [Pretty Young Thing]
Smooth Criminal
Earth Song
Will You Be There
+
Planet Earth (Poem)
O meu essencial para ter no iPhone, sempre aptas a recordar o grande artista que foi e será para sempre.
O que posso fazer, gosto delas todas!
(Ok o poema é um pouco demais até para mim... to skip!)
Desta vez, o cinedupla é dedicado ao realizador Lars Von Trier, recuperando dois filmes marcantes. Este artigo tem influência no ciclo dedicado a este realizador que um grupo de blogs realizou em Outubro'09.
Escusado será dizer nas criticas de cada filme que são altamente recomendados.
Isso é óbvio.
Contudo, são filmes muito duros, radicalmente alternativos e fortemente emocionais. Não são para todos os públicos, estão longe da fácil assimilação e pedem entrega de quem os assiste.
Mesmo assim... aí vai.
Dancer In The Dark (2000)
"É uma inteligente e profunda observação ao plano psicológico e humano, que nos faz engolir em seco muitas vezes, com um nó na garganta que não se desfaz nunca. E é precisamente a figura de Björk que despoleta essa sensação no espectador. É uma entrega incrível àquele que se tornou o papel da sua vida (...) O olhar frio e calculista é soberbo, manipulando o espectador de início ao fim, torturando-o, fazendo-o sofrer, para no fim sentir a força de todo o argumento." In SplitScreen, escrito por Tiago Ramos
"Dancer In The Dark" é para mim um dos melhores filmes musicais de sempre. Onde as canções fluem perfeitamente na sua condição de alienação da realidade dura da personagem Bjork. E depois no final temos a derradeira canção dela, já em plena realidade do filme e não a da alienação... numa cena toda ela poderosíssima e duramente comovente.
O filme é tão duro que há alturas em que devido á cegueira crescente da personagem a trabalhar nas pesadas máquinas... parece que a qualquer momento vai ainda sofrer um acidente laboral e ficar amputada das mãos. Parece que até nos deixa em estado de alerta por ela... como se a pudéssemos ajudar também.
Bjork conseguiu, e duma só vez, conciliar a sua música com a arte da representação. Saiu-se muito bem na prova, sendo até nomeada para os Oscars pela parte musical. O disco que deste filme resultou é magnifico. A Madonna ainda hoje se deve roer toda de tamanha inveja... afinal a rainha da pop tanto tentou e nunca vingou na 7ª arte e nem deixou nada assim plenamente marcante e de alto reconhecimento. Bjork só foi actriz com este filme... e marcou definitivamente.
A verdade é que Bjork, não se encheu de vedetismos e deixou-se subjugar ás intenções de Lars Von Trier, que conseguiu obter assim o melhor dela. Bjork foi ainda quem criou as canções que passam no filme e essa foi a razão de Von Trier a convidar para as interpretar no filme pois não imaginava mais ninguém a dar vida às musicas como ela. O resultado foi uma grande simbiose artística entre ambos.
E na sua componente de filme musical, consegue o difícil equilíbrio: É um magnifico filme? SIM! É um magnifico musical? SIM!
"Muitas das filosofias de vida intemporais admitem que para atingir o estágio final de auto-realização é necessário um total sentido de despojamento. Lars von Trier tenta fazer o mesmo com Dogville: uma obra despojada de quaisquer artifícios que, ao abdicar dos cenários e adereços, privilegia o interior de cada uma das personagens, distinguindo o essencial do supérfluo. (...) Dogville é uma visão pessimista do Mundo e da Humanidade mas é, ao mesmo tempo, o Cinema mais genuíno, mais cru e real que poderíamos já ter visto. Lars von Trier confirma a sua originalidade, a sua visão, o seu ponto de vista dogmático e de certa forma simplista, mas que não deixa de ter a sua razão. A maldade é aqui retratada como a única certeza do mundo."
Adorei-o no cinema quando saiu. "Dogville" é um dos mais originais filmes e daqueles que sabe cruzar, com mestria, cinema e teatro, sob uma história que parece estar a ser contada de um livro (e aí o cruzamento também da literatura). Já a sequela "Manderlay" fui assistindo pelo TVCine e não conseguiu me pegar tanto. Talvez estivesse num momento menos predisposto... e em casa os níveis de concentração para uma experiência destas são bem diferentes.
A maior ironia deste filme quando o vi no cinema foi que a certa altura parece que estamos numa sala de teatro: há enquadramentos que pareciam ser filmados da cadeira onde estava. Deu-me o efeito de estar a ver um palco de teatro através da tela de cinema. E depois o tipo de iluminação escura do filme ajuda imenso nas sensações que produz a quem vê.
Von Trier conseguiu ainda contrariar o vedetismo e maneirismos de Kidman e fazer com que ela, deixasse de ser até irritante e cabotina, para talvez mesmo ter feito a sua melhor actuação e performance enquanto actriz de sempre. E que grande actriz foi nesse filme! mas não foi só ela... o restante elenco é também de eleição e muito dedicados a esta invulgar experiência.
Dogville é um filme demasiado alternativo e desafiante para quem não tem capacidade de aceitar um criação artística tão radical... e tão marcante! Felizes dos que superam isso e o percebem, pois são esses quem são os retribuídos por Von Trier.
Sinceramente, apreciando a realidade dos canais nacionais... uma situação que noto é a ausência de programas de música e principalmente ao vivo.
Há uma década atrás, tivemos na TV, nas noites das quintas-feiras, um programa onde se dava espaço às bandas em tournée de se mostrarem, actuando com 2 ou 3 canções. Era um programa tipo o "Later with Jools Holland" (da Inglaterra).
Aqui um exemplo do programa de Miguel Ângelo com uma actuação dos Diva... (Fonte: blog "Uma Hoje")
Foi cancelado passado uns poucos meses mas é desses programas que a nossa televisão actual precisa realmente. Não é bem de concursos/reality shows à laia dos Ídolos (que tem o seu valor também) que Portugal precisa mais. E é preciso ver que o programa Top+ ajuda muito pouco pois só passa o que está no top... e todos nós sabemos como funcionam os tops (não é as pessoas comprarem muitos disco
Precisamos é de ver concertos musicais regularmente das nossas bandas e melhor ainda de ver actuar alguns dos artistas estrangeiros quando passam por cá.
No fundo, ajudaria muito mais na promoção dos artistas nacionais, ajudaria a vender mais música ou pelo menos a existir mais interesse por ela.
Também já me questionei porque razão as operadoras, a ZON e outras, ainda não inventaram um canal nacional de música dedicado a actuações ao vivo.
Material não falta e com tanto DVD no mercado dos mais variados artistas e de vários anos, mais a possibilidade de os repetir de tempos em tempos, haveria sempre imensa escolha e conteúdos diversos...
Ora aí está uma grande questão do momento, depois de se ter tornado público que a Google irias mesmo avançar com a criação de um smart-phone. O que vai ter o Google Phone de melhor que o iPhone?
A resposta está no video...
Eh, eh, eh!!! (Obviamente que será um concorrente de peso e isto -o serviço Google Voice- é apenas humor mas mostra realmente a importância, até já cultural, que o iPhone ganhou em todo o mundo.
Vi a 3ª temporada de Big Love há uns meses atrás mas como nunca havia por aqui abordado esta excelente série... faço-o agora.
Ainda vai a tempo não é?
E posso desde já adiantar que fiquei abismado com a tamanha categoria que a 3ªT de Big Love alcançou!
Não tenham repugnância por ver Big Love...
Comecei por descobrir esta série pelo canal FX da ZON. Quando chegou o FX, deu a 1ª temporada e apenas vi assim-assim um ou outro e depois veio a segunda e continuei a não a achar assim tão cativante de assistir. Na verdade, é uma série que coloca quem a vê em dilemas até pessoais (afinal que leitura fará o cônjuge quando se admira uma série onde os homens têm várias mulheres e a personagem principal é casado com 3 de diferentes idades?).
Quando a série voltou a repetir diariamente (num horário mais tardio), voltei a ver tudo de seguida e passei a ser fã de vez. Até já não notei diferença entre a 1ª e a 2ª, narrativamente progressivas… mas fiquei com a sensação de que algo estava a faltar em Big Love para ser ainda melhor.
Curiosamente, não encontro por cá muitos locais de paragem a abordar esta impressionante série mas acreditem que é uma série que merecia ser melhor tratada e menos ignorada.
É compreensível essa ausência pois afinal estamos perante uma série subversiva e que aborda uma situação que a sociedade em geral repugna. O tema é a poligamia e a cultura mormon e isso por si só é chocante e de dificil digestão e aceitação. Contudo, a série Big Love não pede que aceitemos a poligamia, sendo o seu objectivo mostrar esta realidade, que afinal é bem real, que existe e não é passível de ser ignorada só porque não se rege pelas nossas regras.
Não que defenda a poligamia (bem pelo contrário) mas que Big Love introduz tudo isto de uma maneira interessante e cativante disso não tenho dúvidas... e tem um elenco e produção de regalar, sendo o todo "entregue" num impressionante nível de qualidade.
Mas... toca lá a falar da 3ª temporada...
Ao ver de rajada neste Verão entre Junho e Julho, senti-me abismado pela elevação das situações desta vez.
Foi impressionante e fez parecer as duas anteriores como sendo apenas a preparação para tudo o que acontece nesta: desta vez há consequências sobre cada acto tomado, as familias são postas em causa e em choque com o real lado negro da poligamia.
Mas mais interessante foi ver finalmente a religião a ser mordazmente posta em causa, atingindo mesmo mais para o final momentos valiosos e revelando até cerimónias impressionantes e secretas. Na América até chegou a haver um movimento contra a estação por esta ter prometido exibir o episódio com a tal cerimónia sagrada, que digo do que foi mostrado, chega a arrepiar.
A meio da temporada até se tem um momento milagroso e mágico quando Bill reza no monte sagrado (mas sobre isso já descreverei mais adiante).
Desta vez as coisas passaram a cair para o já referido lado negro. Aliás, é há uma espécie de lado negro mesmo em todas as personagensm facto que é bem evidenciado nesta 3ª temporada. É como se tivesse terminado a distinção dos que são bons dos maus… desta vez ninguém é isento e todos têm os seus “telhados de vidro” (por vezes bastante graves e que originaram muitas das situações passadas).
Por ex: as acções secretas da irmã (e cunhado) contra Barb/Bill; o irmão de Bill que cede à vingança pessoal e deixa de ser um bonzinho; temos as razões que tornaram a Nicky na sociopata que é (e finalmente o assumir disso); os filhos de Barb/Bill (os mais velhos da familia) a revelarem-se com dilemas ou contra a família polígama; a verdadeira influência (negativa) das mulheres dos homens principais em Juniper Creep (os da série);
Depois há avanços interessantes: - cada vez mais é Margene (a personagem que acho mais cativante de seguir), a mais jovem esposa é a salvação da família toda de Bill (incluindo nos negócios -estou ansioso por janeiro para ver o novo rumo profissional que ela vai ter na 4T), sendo ela a fazer muitas vezes a ponte e ligação a tudo o que for positivo e faça unir a família. Ela tem sido a “cola”, a única que sabe lidar à sua maneira com situações bem difíceis (a gravidez inesperada de Sarah, a paixoneta do "filho" Ben por ela (na realidade é filho de Bill/Barb- por Margene), é Margene a única a compreender os problemas do baixo rendimento sexual de Bill (a cena dela a entrar em lingerie na noite de Bill/Nicky é de antologia mesmo -que embaraço de situação); etc, etc..
Viva a Margene!!!
- Bill ganha um novo entendimento da sua personalidade cambiante pois segue apenas um só objectivo: assegurar o bem das famílias, principalmente a dele. Não se importa de ter de engolir sapos (associar-se brevemente com os seus inimigos Roman Grant ou com Alby), de descartar rapidamente uma nova esposa mesmo que perfeita para aquela família -a coitada não devia ter exigido um casa só para ela- (da mesma maneira que removeria Nicky da familia por esta só a prejudicar -pela divisão entre Bill e a familia Grant e o seu segredo obscuro revelado no fim);
- o vacilamento da fé e o questionamento do que valem as religiões (nesta situação é comovente toda a situação em redor de Barb e que a conduzem à cerimónia arrepiante e secreta que vimos -é uma cerimónia proibida de ser vista ou captada, até mesmo certos Mormons não podem participar nela – Big Love esteve para ter um boicote por isso nos EUA);
- o episódio da viagem familiar, que parecerá desligado da série, mas não o é, pois a viagem tinha a intenção de aliviar da situação da perda de uma nova esposa na familia e da tensão que se ergueu na família de Bill.
No fim, contribuiu imenso para dividir a 3ªT em duas partes quase distintas (que também significou o intervalo da série nos EUA).
É neste episódio que acontece o milagre...
Fiquei congelado com a cena impressionante do anjo quando Bill faz as suas preces profundas no monte sagrado: ele que tanto procurava um sinal... não viu o milagre da fé sobre ele.
Será Bill o verdadeiro profeta? É que ele termina a temporada na posição de líder de uma nova religião fundada… por ele mesmo! E agora?
A 3T para mim foi qualquer coisa de muito boa. De certa forma, nota-se na série uma abordagem nova, com mais opinião sobre o que está a acontecer do que nas anteriores (que apenas se limitavam a mostrar o mundo da poligamia em contraste com o estilo dissimulado adoptado por Bill).
Esta 3T chega a “arranhar” também as posições das religiões opostas (a católica) ao colocar em questão o choque das diferenças num impressionante questionário a Barb (aquilo parecia mesmo um julgamento - e quem o faz a excomunhão são os católicos...).
E muita polémica gerou por a série ter tido a ousadia de recriar e mostrar os rituais, que ninguém pode ver (nem filmar) da igreja mórmon... é uma cena tocante.
Para mim, foi das melhores séries que vi este ano e de certa forma chega a lembrar-me muitos dos dilemas da BSGalactica.
Vem aí a 4ª temporada...
Deixo-vos um teaser trailer para a 4ª temporada de Big Love, que chega já a 10 de Janeiro 2010
Teaser muito engenhoso e que nos lança muitos dos sentimentos e o turbilhão que este “casal complexo” irá passar na 4ªT depois de tudo a que assistimos com o final da 3ªT. Percebe-se bem o quanto a esposa do meio irá dar que fazer e trazer o caos à familia, deixando Bill num abismo familiar. Continuo a achar que a esposa de Bill mais nova se tornará na salvação deles todos…
Rescaldo dos mais recentes eventos Apple (iMac Quad-core e tal)... o excelente serviço Dropbox... Windows 7, vários jogos, o estado actual da TV, alguns filmes (2012), séries (FlashForward) e muitos outros interessantíssimos assuntos em revista. Altamente recomendada!
Podem apreciar a revista gratuitamente (on-line ou descarregando em PDF) em:
Um político que estava em plena campanha chegou a uma cidadezinha, subiu em um caixote e começou seu discurso: - Compatriotas, companheiros, amigos! Nos encontramos aqui convocados, reunidos ou ajuntados para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual é transcendente, importante ou de vida ou morte.. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou ajunta, é minha postulação, aspiração ou candidatura à Prefeitura deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta: - Escute aqui, por que o senhor utiliza sempre três palavras para dizer a mesma coisa?
O candidato responde: - Pois veja, meu senhor: A primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como poetas, escritores, filósofos etc. A segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui. E a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado ali jogado na esquina.
De imediato, o bêbado se levanta cambaleando e responde: - Senhor postulante, aspirante ou candidato! (hic) O fato, circunstância ou razão de que me encontre (hic) em um estado etílico, bêbado ou mamado (hic) não implica, significa, ou quer dizer que meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou ralé mesmo (hic). E com todo o respeito, estima ou carinho que o Sr. merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou ajuntando (hic), seus pertences, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir diretinho (hic) à leviana da sua genitora, à mundana de sua mãe biológica ou à puta que o pariu!
(Mails de conhecidos... esta até ainda está em português do Brasil)
De certa forma este artigo é uma espécie de continuação em jeito de 2ª parte da abordagem ao álbum Amália Hoje. A 1ª parte dedicou-se fundamentalmente a uma canção, a "Gaivota" (rever aqui o artigo e o video) mas desta vez comento um pouco sobre todo o álbum.
Primeiro de tudo é o nome do projeto que se chama simplesmente Hoje. Pensando bem até acho que foi escolhido o nome, pois dá até para imaginar a possibilidade de um dia, este colectivo ou uma nova composição do colectivo, a dedicar-se por exemplo a outro artista nacional...
Seria interessante um album assim dedicado a Carlos do Carmo, também ele um artista fadista com um reportório cheio de potencial e com belíssimas letras/poesias.
Ao longo destes meses a canção "Gaivota" viu-se resgatada da quase ignorância mainstream (por ventura, grande muita malta voltou a descobri-la) para passar a ser quase um hino nacional. Ela toca em todo o lado e atingiu mesmo longas semanas no 1º lugar do top nacional de vendas.
Recentemente foi adoptada como a canção do genérico da novela da SIC dos fins-de-semana com o nome a ser retirado a própria canção: "Perfeito Coração". Há ainda mais uma curiosidade nesta novela que é o facto de a actriz principal ter sido ela a mesma que deu vida a Amália Rodrigues no filme "Amália".
Hoje - Amália Hoje (2009)
O álbum "Amália Hoje" não é muito grande em duração, mas foi pretensamente criado como algo épico e cheio de pompa. Afinal, a diva Amália Rodrigues não merece tratamento menor que o que deram, não é?
O álbum é constituido por apenas 9 canções e das muitas vezes que o ouvi, a sensação que me deixa sempre é que o alinhamento sequencial do disco não é nada perfeito. A primeira faixa, que para mim é a melhor de todas, a "Fado Português", tem estaleca de canção para terminar o disco e não para o abrir.
Junto a esta as "Grito", "Gaivota", "Formiga Bossa Nova" e "Foi Deus" e temos o que de melhor encontro no disco.
Mas como dizia... se afinal, durante a canção "Fado Português" é dito várias vezes "Adeus!", ficaria bem a canção a terminar o álbum em jeito de despedida. Contudo, já tentei reorganizá-lo no iTunes á minha maneira e não consegui um alinhamento mais interessante também. Na realidade o melhor que arranjei é começar a escuta do álbum apartir da segunda faixa "Grito", que até surpreende quando no inicio nos é pedido "silêncio!" e relegar para o final do álbum a épica "Fado Português". E curiosamente desta maneira dá até para o escutar em loop pois deixa uma sensação de querer ouvir mais...
Isto não são remixes!
Mas o ponto que pretendo atingir é o tipo de sonoridade electrónica adoptada para estes fados da Amália. Sonoramente é bem diferente de outras "homenagens" semelhantes (por exemplo os "Humanos" que é mais pop/rock).
Que género é que surgiu na década de 90 e consegue recuperar com pompa e circunstância para os nossos tempos, mantendo um ar de classe e de estilo, que já não se vislumbra muito actualmente?
O trip-hop, é claro.
Ou melhor o pós-trip-hop...
É um género musical moribundo, que já nem sequer os seus criadores o aceitam (Massive Attack, Tricky, Portishead, etc...) mas que tem sido desde sempre um dos géneros sonoros do mentor deste projecto, o Nuno Gonçalves. Está bem espelhado o género nos The Gift, onde ele lhe dá uma orientação mais pop, exactamente da mesma forma como o aplicou no Amália Hoje.
Assim, o que temos são belas canções que oscilam mais para o calmo e o downtempo, ricamente acompanhadas por arranjos orquestrais e onde os vocalistas (principalmente a vocalista) cantam á moda antiga estas belas palavras e versos de outrora, que no combinam bem com o que permite a sonoridade electrónica do pós-trip-hop. Resulta muito bem e provocam um efeito de diferença absoluta naquilo que é a nossa pop actual.
E depois, é também de saudar a descolagem da estrutura do fado, até mesmo na vocalização fadista que aqui foi totalmente erradicada. Isto poderia ter seguido o rumo das remixes, conter samples da própria Amália ou até mesmo a alusão ao fado pelo recurso da sonoridade peculiar da guitarra portuguesa... mas nada disso está lá mas no fim estas canções continuam a aroma de Amália Rodrigues. Impressionante!
A destacar que ainda há aquelas incursões interessantíssimas pela bossa-nova em "Formiga Bossa Nova" (faz lembrar os De-Phazz na fase pop), onde o vocalista dos Moonspell é bem aproveitado e depois temos também o estilo pop mais puro (o possível) em "Nome de Rua" e em "Abandono" mas sempre polvilhadas de imensos artifícios sonoros algo barrocos.
Eu gosto muito do disco e acho-o saudável a sua existência, pois afinal a herança que Amália Rodrigues pode muito bem ser celebrada de outras formas e sonoridades. Tudo porque na realidade nunca irão afectar os originais que a diva deixou, que são inabaláveis.
Amália Hoje é o disco de eleição de 2009 e mais nada!
Para terminar aquele que é o último video da banda (acho que podiam ter feito melhor).
É mesmo... o Pai Natal existe! Esteve sempre no nosso bolso, carteira, cartão de crédito e semelhantes, de todos nós e nem sequer o víamos lá... que ceguetas!
A promoção da 4ª temporada da série Big Love, faz-nos celebrar o Natal... mas ao jeito polígamo, claro!
E não é que as personagens da série se deixaram alegremente levar pelas cantorias de Natal?!
Toca lá a escutar as hordes do "profeta" Roman Grant:
Na página da série, na HBO Big Love>JuniperCreek, podem escutar (e apreciar) mais cantorias de Juniper Creek. Quando se olha para os títulos de cada uma das 8 canções e as escuta... passa-se a perceber melhor que espirito é este.
Se gostarem até podem descarregar de lá este gratuito e subversivo álbum natalício.
Está de novo no activo uma das miticas salas de cinema portuenses, o cinema Nun'Álvares.
A sala recebeu um importante upgrade técnico para estar em sintonia com as exigências actuais do cinema moderno. Como tal conta agora no seu regresso com novo equipamento de projecção digital "state of the art" e alta qualidade de reprodução sonora como se exige nos dias de hoje. E para provar a sua condição, abriu as portas precisamente com o filme "Avatar" em 3D.
Carlos Martins no seu blog "Um Dia Fui Ao Cinema", tem divulgado este regresso (até já os entrevistou) e lança um repto, em jeito de convite, para que todos os interessados possam de novo ver para crer, a importância desta sala numa sessão muito especial.
Deixa o convite a todos: "considerando o número de pessoas quem me têm contactado, interessadas em ver com os próprios olhos as condições do reaberto Nun'Álvares lembrei-me de juntar o útil ao agradável e....
Venho assim convidar-vos a todos que se juntem a nós numa "mega-sessão" Avatar em 3D no cinema Nun'Álvares na próxima segunda-feira, dia 28 de Dezembro, às 17:30h."
O Perian... um utilitário gratuito para o QuickTime em OS X, que há tempos atrás recomendei... e que foi actualizado este mês para a versão 1.2. Tudo isto para dizer que este utilitário agora também já é amigo do Snow Leopard (parece que não dava no 10.6).
A lista de melhoramentos desta nova versão, é brutal:
1.2 - Wednesday, December 17, 2009
Matroska cover art is now imported as iTunes cover art Video tracks now have their colorspace set based on the size of the video Mac OS X 10.6/Snow Leopard compatibility fixes: QuickTime Player 10 refused to open some files due to missing type identifiers Worked around 96khz HE-AAC audio tracks not playing or playing noise Extended Front Row subtitle hack to cover 10.6 and reduced its ugliness Worked around re-encoding files with subtitles not working Worked around some MKV embedded fonts being incompatible with 10.6 Fixed RGB HuffYUV video displaying black bars over the video on 10.6 Now compiles under Xcode 3.2 Fixes: Using a debugger on a process with Perian loaded printed warnings about missing files Fixed decoding of WMA audio tracks Fixed a crash in LoadExternalSubtitlesFromFileDataRef Fixed some VobSub video tracks displaying with wrong colors Better support for tracks with delayed start times Fixed MPEG1/2 in Matroska playing out of order Fixed a crash opening files while they were being downloaded SSA: Fixed some top-aligned subtitles being too low Vertical text is re-enabled and works somewhat better
Ainda há por aí produtores de brinquedos com muito bom gosto afinal. Então não é que se foram lembrar de colocar o aspecto da interface do Mac OS X a fazer de screen deste portátil de brincar. Altamente!
Este brinquedo da NavyStar "Press 2 Learn Language" (Bilingual Mode), evoca muito o Mac OS X... as pastas, a Doca, os botões da janela, o menu de topo... até o indicador de bateria e o Spotlight no canto direito superior!
No El Corte Inglés... eles só têm e vendem produtos de muito bom gosto. Até para as crianças brincar...
As lojas andam em frenesim para vender o mais possível neste (e em qualquer) Natal.
Entre muitas propostas, houve duas que me despertaram a atenção, não por serem compras que pretenda fazer mas porque ambas se afiguram com interessantíssimas propostas por serem um combinado de produtos num interessante preço.
Media Markt
Ora aqui está um MacBook que é vendido ao preço que se encontra na Apple mas que vem acompanhado de muito mais que apenas o portátil.
Macbook + disco externo LaCie de 320 Gb designed by Stark + bolsa para o disco externo Tudo isso ao preço do portátil... muito bem!
El Corte Inglés
Ora aí está aquilo que a Sony já deveria ter desenvolvido antes e em muitas lojas. Televisão Sony (tamanho á escolha - vai se refletir no valor final) + PS3 slim + cabo HDMI + filme Blu-Ray + voucher para adquirir mais jogos. Tudo isto a um preço cativante realmente.
Os canais TVCine anunciaram no seu último livreto de filmes do mês de Dezembro, que deixariam de enviar por correio impresso como foi sempre tradição. A opção agora é o envio do livreto passará a chegar aos clientes destes canais pela via electrónica (por e-mail) e para isso é necessário a inscrição no site para garantir que passam a recebê-lo.
Foi sempre uma práctica tradicional receber o bem ilustrado livreto. Com algo nas mãos a experiência de consultar o que dará a seguir ou nos dias próximos, era rápido para qualquer momento. Agora passa a ser necessário recorrer ao computador.
Apenas cerca 5 minutos video sci-fi, onde se assiste ao ataque de de robôs gigantes e naves espacias, foi o suficiente para explodir no YouTube a última sensação...
Está mesmo sensacional esta curta-metragem, "Ataque de Pânico". É que é mesmo impressionante!
Pelos vistos esta curta já originou um autêntico conto de fadas pois Sam Raimi (realizador dos 3 filmes "Spiderman" por exemplo) já contratou este produtor uruguaio com uma choruda oferta de 30 milhões de dólares para ele realizar um filme para Hollywood.
Diz o felizardo: "Eu fiz o upload do filme (Panic Attack!) numa quinta-feira, e na segunda-feira seguinte a minha caixa de correio estava cheia de emails de estúdios de Hollywood." What a lucky guy!
Mas chega de paleio... toca lá a ver o que interessa e curtam lá este
Como o filme do momento é o "Avatar" de James Cameron, o tal que é o filme-Messias que veio para revolucionar o mundo do cinema e tal... mas nada como escutar o que dizem os outros que já o viram (You speed bastards!).
E todos "batem" na questão do argumento como ponto mais fraco...
Para começar nada melhor que ler de Évora para o mundo, a opinião do fã Nasp, naquele que até parece ser o blog oficial deste filme:
Começando pelo melhor que são as cores usadas no filme... dou por mim a pensar que o arco-íris foi actualizado com este filme :) Pandora onde se passa a historia do filme é o mais belo Planeta alguma vez criado, lindo mesmo! e há noite então bom.... quem é que não se apaixonava :)
Os seres que habitam o planeta são o complemento desta beleza, seres com formas muito próximas do conhecimento humano, inclusive já dizem que são seres cientificamente correctos. Assim como as maquinas dos humanos , falo claro dos helicópteros das naves dos robot mecânicos e das metralhadoras e etc, tudo com formas e com uma evolução que parece perfeitamente natural aos dias de hoje e tendo em vista um possível futuro. (...)
"Avatar é filmaço com lugar garantido na historia, é um filme apaixonante para todos os amantes de filmes de ficção cientifica e não só! (que óptimo ano este de 2009
É uma experiência cinematografica única e imperdível, uma óptima desculpa para ir ao cinema, cometam uma loucura se for preciso mas vejam este filme!
(...)
James Cameron é o TORUK MAKTO!!!"
Numa outra paragem mais a norte, o Carlos Martins do blog "Um dia fui ao cinema":
"...fiquei contente por descobrir que ainda tinha muito para oferecer (havia o medo de já muito ter sido revelado e de se ter estragado a história.)
Avatar começa no verdadeiro estilo de introdução a uma qualquer grande saga, com todo um novo mundo a nos ser apresentado... e que neste caso nos maravilha com toda a fauna e flora de Pandora, um mundo criado detalhadamente por James Cameron, e que inclui a nossa "apresentação" aos nativos Na'vi.
Embora os temas e contextos possam ser facilmente reconhecidos de muitos outros filmes (afinal, os filmes andam sempre à volta da mesma meia-dúzia de conceitos recorrentes) as escolhas de Cameron funcionam perfeitamente: e percebe-se o quanto ele terá "sofrido" por ter tido que esperar todos estes anos para conseguir partilhar connosco aquilo que lhe ia na cabeça.
(...) Portanto... deixem-se lá de piratices e de esperarem por este filme nos torrents: este é um filme que merece ser visto e revisto numa sala de cinema!"
Avancemos para o Split Screen, onde a palavras (certeiras?) de Tiago Ramos tentam nos fazer sonhar com o filme.
"Avatar é a experiência visual mais avassaladora e alucinante que poderíamos imaginar. Consequência de uma intrincada construção dos cenários do planeta Pandora: um local exótico, detalhado e colorido. É aí que James Cameron e a sua equipa técnica conseguiram atingir o apogeu da cultura tecnológica, com recurso a evoluídas técnicas de 3D e de CGI. Este é o mais belo cenário do Cinema: bizarras espécies de fauna e flora, muitas delas luminescentes, permitem ao espectador sentir-se dentro do planeta, recebendo um sem número de estímulos visuais e técnicos incríveis. Há algo nesse visual que nos remete para universos fantásticos como o da trilogia O Senhor dos Anéis ou Star Wars, mas Avatar revoluciona essas visões, elevando-as para um patamar superior.
(...) O argumento de Avatar não acompanha a técnica revolucionária usada no filme. É todo ele clássico, cheio de exaustivas referências cinematográficas: Star Wars, The Lord of The Rings, The Fountain, Dances with Wolves, Pocahontas, The Lion King e Tarzan...
Avatar é a revolução visual que anunciou, é um dos melhores filmes do ano, da década e de sempre. Não é o melhor, apenas porque a narrativa não acompanha a técnica excelsa. Mas é sem sombra de dúvidas, um marco no Cinema. Agora no Cinema há o Antes de Avatar e o Depois de Avatar."
"Em quase todas as críticas que li - especialmente na imprensa portuguesa - há uma séria discussão e questionamento se a história que James Cameron quer contar é uma fachada por detrás do 3D. O crítico João Lopes (do DN) levanta questões séríssimas ali no seu blogue sobre o 'futuro do cinema' que já é tão mais velho que o próprio cinema. E num outro blogue que já não me lembro qual vi uma reflexão muito interessante sobre a 'morte' da convencionalidade em se contar uma história em favor das infinitas possibilidades que a 'tecnologia' pode fazer. Pessoalmente, essa discussão me interessa muito pouco. É difícil separar o que é realmente relevante nesta chuva de argumentos e o que só é conservadorismo inconsequente.
(...) O que eu vi foi um filme majestoso, daquelas aventuras clássicas dispostas a mexer com alguma coisa escondida dentro de cada um ali naquela sala. Mesmo que o cinismo nauseabundo faça bloqueios mentais, 'Avatar' é mais que um simples filme em 3D. É uma experiência sensorial. E quem se deixa levar por ela, tem garantida quase três horas de uma viagem apocalíptica sem volta."
Só quando vir o filme, é que terei a minha opinião...
Brittany Murphy, a jovem actriz de 32 anos, sofreu uma paragem cardíaca e faleceu ainda a caminho do hospital, no Domingo de manhã, 20 de Dezembro.
Sempre com o seu sorriso largo, participou em inúmeros filmes, alguns deles muito saborosos de assitir. Os momentos que destaco, para além do magnifico "8 Mile" (com Eminem) e das várias comédias românticas que fez, são as suas participações em:
"Don't Say a Word", onde contracenou com Michael Douglas e fez o enorme "papelaço" de jovem traumatizada.
O hilariante "Just Married"... ela esteve muito bem neste filme que apesar de não ser nada de mais no género, consegue ser uma deliciosa comédia.
Um outro momento memorável da carreira desta actriz, provém de "Sin City", onde além de ter tido um papel importante numa das sequências, é igualmente a personagem dela que representa o ponto em comum entre várias histórias do filme.
Por fim, talvez aquele que será um dos seus mais marcantes desempenhos de que já assiti, num daqueles filmes fragmentos (várias histórias), que por casualidade vi pelo TVCine e que não imaginava ser tão bom (e comovente). Em "The Dead Girl", a sua participação é descomunal e onde novamente é ela a personagem que une as histórias. Nesta situação, relembrar este filme afigura-se agora quase como um presságio... pois é ela a malograda "A Rapariga Morta" que origina o título a este filme.
Rest In Piece:
Brittany Anne Murphy
(10 de Novembro de 1977 - 20 de Dezembro de 2009)
Este ano já vimos partir imensos nomes do mundo cultural. Agora junta-se mais este nome, Brittany Murphy, á listagem de 2009... juntamente com Michael Jackson, Patrick Swayze, João Bénard da Costa, João Aguardela, David Carradine, entre muitos outros.
Podem apreciar uma lista de personalidades culturais que o blog "O Homem Que Sabia Demasiado" nos recorda oportunamente.