Som do meu subconsciente...
Resistência
Liberdade (do "Ao Vivo No Armazem 22" -1993)
Letra e observações:
Arde
arde
sincero silêncio
a liberdade
só tem um momento
Arde
à vontade
alta, procura
fica a saudade
ai que não tem cura
Canta
canta
a chama da vida
a liberdade
está quase perdida
Canta
à vontade
alto e bem
sem medo
é a saudade
quem guarda o segredo
Calma
calma que já se avizinha
a liberdade
voltando sozinha
Vem
à vontade
que eu espero acordado
tenho a saudade
ai sempre do meu lado
Ai, os Resistência, Resistência... que tanta falta fazem nos dias de hoje.
Foram importantes na sua época este grupo de Pedro Aires Magalhães, que reunia diversos elementos da cena musical portuguesa (dos Xutos, dos Delfins, etc), interpretando e reinventando em ambiente acústico grandes canções nacionais. Recordar hoje este super-grupo perdido no tempo, assalta uma nostalgia pelo valor da canção nacional, que tudo faziam para as tornar novamente pertinentes e com o acto deles as devolver às massas, que aderiram massivamente e que tão bem as entoavam como se de novas criações se tratassem.
"Liberdade" é um exemplo que deixo de entre muitas outras verdadeiramente memoráveis e que ficaram imortalizadas em dois álbuns de estúdio e muito especialmente neste álbum ao vivo admirável, que muitas vezes ouvi (e ainda hoje tenho prazer em escutar de longe a longe), especialmente pelas faixas memoráveis como as menos badaladas como "No Meu Quarto", "Traz Outro Amigo Também", "Fado" e muito especialmente a lindíssima "Nunca Mais" (que um dia merecerá aqui um destaque... se ouver video, claro).
Não era bom que uma segunda incarnação do projecto Resistência devolvesse de novo o que de bom se faz em Portugal?
Sendo hoje Dia de Portugal... esta recordação vem mesmo a calhar, certo?
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