Com este filme, Clint Eastwood despede-se da representação e passa a dedicar-se á realização unicamente.
É um filme de emoções e de humanidade. Uma descrição da vida nos dias de hoje, bastante globalizada, multi-étnica onde acaba reflectindo o papel de todos e especialmente o das famílias.
O que fazer no fim da vida? A quem deixar uma herança de vida?
Existirá uma nova chance para este velho, que é um racista sem respeito por ninguém, atormentado pelo passado e pela solidão?
O filme deixa de propósito um travo de calmia, de situações vulgares, como se nada aconteça naqueles arredores para depois se revelar grandioso. Deu-me a sensação de saber a pouco, como se faltasse algo mais, como se devesse haver ainda mais filme e é aí que temos de elevar Clint Eastwood ao panteão do melhor dos melhores no cinema actual de recorte classico. É magistral porque... porque... sabem a pouco os filmes dele e queremos mais!
É um filme que não se encerra nas imagens que vemos durante a exibição mas que nos faz situar a nós nalgumas dessas situações, adaptando-as a nós mesmos e com isso nos rever em muitas das situações de forma a sentirmos que as poderiamos viver igualmente. Tudo porque emquanto se desbrava "Gran Torino" vamos pensando em sintonia que também poderemos andar a viver o mesmo (ou não).
É mesmo Gran(da) filme!
2 comentários:
Ainda espero ver um Clint num novo Western como actor.
Lá para os 85 anos....talvez?
Não esperes porque ele avisou que esta seria a sua última representação. Gran Torino encerra a sua carreira de actor (no fim ele até canta em dueto enquanto passam as informações)
Agora só podemos contar com ele a realizador de filmes...
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