segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Apple em força também na... Vobis!

A Vobis anuncia que vaia abrir um espaço dedicado á marca Apple no Colombo Lisboa.
A e-publicidade da Vobis, mostra os Macs e iPods da Apple e depois diz (clique na imagem para ver movimento na publicidade):
As novidades iPod e Mac vão estar
na Vobis do Colombo.
Descubra o novo espaço Apple.
Não fique de fora.


Falta saber é se esta iniciativa chegará ao resto do país. Seria muito bem-vinda.

Era muito interessante ver e ter este tipo de espaços dentro das lojas da indústria tecnológica. Resta ainda saber se o pessoal da Vobis sabe o que é Apple e conhece bem os seus produtos.



Alguns casos tristes relativos a estes espaços

Há uns anos atrás era a FNAC quem iniciava esse tipo de espaço com todo o estilo Apple associado. Ainda hoje os mantêm mas mais discretamente e sem o destaque de outrora.
Recordo na altura ver certos vendedores da loja a desviar clientes para PC, alegando que não corriam Windows XP, não teria o menu "Iniciar", os jogos nem pensar, que eram incompatíveis com os outros computadores e que tinham pouco software disponível.

Uma vez acompanhei, ou melhor deixei-me ficar junto do espaço Apple, para assistir a uma cena caricata. 

Estava um vendedor com uma moçoila e a mãe, quando me apercebo que este tentava a todo o custo convencer a mãe da jovem a optar antes por um PC que lhe davam mais opções. O problema é que a moça queria só o iBook e mais nenhum. A mãe estava preocupada pois era quem ia pagar e não se convencia do que era a boa compra. Entretanto, o vendedor pediu que reflectissem pois não queria interferir na escolha (já não tinha gravemente?) e pedia para aguardarem um pouco pois tinha de ir atender gente que também esperava pois estava sozinha naquele momento. Hilariante de tão ridiculo.

Mas foi na ausência dele que eu participei, qual diabito para ajudar a ceder à tentação iBook. Mas aí tive uma revelação surpresa da moça, que disse mais ou menos assim:
"Eu quero antes o iBook porque três das minhas amigas têm iBooks e eu adoro mexer neles. Eu sei que não tem o XP mas não me interessa. O iBook é muita mais fixe!"

O iBook em questão era o da geração antes do MacBook. Aí eu disse não a ela mas à mãe dela:
- Minha senhora, a sua filha sabe bem o que quer. E ela está a escolher um iBook porque sabe que nunca vai apanhar virús pela internet, vai saber gerir as músicas que gosta no iTunes e ela própria vai facilmente aprender a configurar imensas coisas sem dificuldade o que lhe vai evitar as idas a técnicos. Nesse Mac as coisas vão sempre funcionar. Mesmo assim se ela tiver dúvidas e não tiver a quem as perguntar pode enviar um e-mail para a comunidade Apple de todo o Portugal, que alguém vai ter todo o prazer em lhe ajudar.
A moça ficou radiante por sentir que ali dentro já não estav sozinha e não se conteve em se virar à mãe:
-Vês? Vês? Eu não te disse que este era o mais fixe!!!
Conclusão: a máquina branca lá foi para casa de mais uma macuser em potência e felicíssima.




Mas a Vobis também não está alheia aos mesmos pecados...

Em tempos aquando do "boom" Apple por cá, com a saída dos iMacs originas em cor bondi-blue, que eles quiseram ter por lá à venda o computador da moda. Mais tarde passaram a ter regularmente variados modelos. Cheguei a ver na Vobis do GaiaShopping um Apple Cube, eternamente em destaque ao inicio da prateleira, ligado como tal cobaia dos dedos furiosos de quem pensava se tratar de outra coisa que não um computador (lembram-se dele tinha um botão de toque sensitiva com uma luz que se acendia em estilo glow). Não demorou muito a que o dito botão estivesse sempre a acender e a apagar. O cube nessa altura já nem tinha monitor ligado sequer. Era um mono que lá estava só pelo estilo que tinha...
Os jovens vendedores da Vobis também debitavam algumas proezas na arte de bem vender Apple, desfilando um savoir-faire que uma vez culminou no mais improvável argumento, pois uma vez, um jovem vendedor que estava com uma hormonosa jovem e respectivos pai e mãe, lançou baixinho a deixa que era mais fácil arranjar por aí programas para o XP que para o Mac. Rematava no final dizendo "os Macs são computadores muito bonitinhos"... por outras palavras não serviam para nada.


Para concluir: O que penso sobre estes espaços dedicados

O que quero aqui alertar é que é bonito dar um espaço para os produtos Apple. São produtos atractivos para a loja. Mas por estarem num espaço à parte e ao lado de tudo, os clientes espreitam, glorificam o design mas depois deslocam-se para o resto da loja e levam PCs e outros leitores mp3.

Hoje em dia existe uma maior consciência dos produtos Apple. Sem dúvida que o iPod fez maravilhas pelo reconhecimento mas todo o burburinho em redor do iPhone catapultou a Apple para níveis de reconhecimento nunca vistos. Isso fez com que a generalidade dos vendedores não desprezassem tanto a Apple como faziam. Alguns até já dão o braço a torcer hoje em dia e isso é bom.

É muito bom ter um vendedor conhecedor. Um exemplo desse nível é o El Corte Inglés de Gaia. Ainda não apanhei um que não soubesse bem o que tinha à frente. Ah! O El Corte Inglés também tem um espaço Apple e deve ser lá o único sitio onde podemos ver toda a gama de produtos Apple (desde os iPods, aos Macs de mesa e portáteis ao AppleTV e ao software).

A Apple também tem feito imenso pela aceitação dos seus computadores pois dotou-os de processadores Intel da nova geração multi-core e possibilitou aos Macs a instalação do Windows.
Na verdade, existem agora poucos argumentos para não se escolher um Mac ao invés de um PC poruqe na realidade é o Mac agora a melhor escolha por ter os dois mundos numa só máquina. E o Mac OS X é inegávelmente superior ao XP e Vista juntos... na minha opinião claro!

Talvez a Apple tenha é de mexer na sua margem de ganho em cada máquina e colocá-las no mercado a preços ainda mais apelativos. Poderá não ter inicialmente os mesmos ganhos mas com o tempo criará a reputação de que as máquinas custam o mesmo que qualquer PC deitando por terra este mito do preço. 
Talvez aí sejam irrecusáveis.

Este post foi actualizado e republicado a 16 de Outubro.

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