Séries de qualidade nas nossas TVs... (parte 1)

Hoje pretendo voltar a deixar uma palavra merecida ao que se anda a passar com a excelente qualidade das séries que vão passando nos nossos ecrãs.
Digo nos nossos ecrãs... e não nos nossos canais de Tv (é acertadamente o termo correcto que muitos leitores perceberão).

Normalmente, há séries de TV que são badaladas com muita força por todos os meios. Será difícil não se ter já cruzado com séries como "Perdidos/Lost", "Heroes", "Dr.House", "Prison Break", "Alias", "Donas de Casa Desesperadas", "Anatomia de Grey", "Smallville", "The OC", "Ghost Whisperer", "Dexter", "Californication", "Terminator: The Sarah Conner Chronicles", "Battlestar Galactica (2004)", "L Word", "Betty Feia", entre tantas outras maravilhosas... é porque não tem prestado atenção à revolução que se anda a passar nos canais de TV.





Quem acompanha várias séries já deve ter sentido um próprio decrescer no interesse de ver filmes. Já nem sequer falo no valor que nos dias de hoje representa a sala de cinema, quando as opções de ver um filme são já de tantas formas interessantes (DVD, Blu-Ray, consolas, internet gadgets portáteis e/ou de bolso). A melhor de todas depois da sala de cinema é o aconchego da sala de estar, principalmente quando "apetrechada" com uma boa televisão widescreen de dimensões generosas e muito mais importante ainda de um sistema de som 5.1 para permitir uma maior imersão no assunto a ver.
Ora as séries que vemos pela TV já estão ambientadas neste espaço... e é nele que muitos de nós andam a passar grande tempo de qualidade e de forma repetida. Diariamente... Semanalmemte... os filmes não!

Ora, quem aprecia todas estas séries já terá reparado que cinema e séries estão a viver momentos de trocas de importância.
As séries actuais têm castings de peso, muitas até envergonhariam alguns dos mais badalados filmes estreados nos últimos tempos. Por outro lado, está a acontecer surgir nos castings dos mais recentes filmes, actores e actrizes tornados populares pela TV, especialmente pelo excelente trabalho e mediatismo das séries em que a maior parte participa.

Não é á toa que são os próprios actores e actrizes a terem re-descoberto na produção para TV como o meio mais adequado a revelarem a sua arte de representar. Não todos mas uma grande fatia de gente que aos nossos olhos mediáticos paraece que já não tinham presença nas nossas vidas, regressam novamente pela via da TV e com grande fôlego, carisma e mestria.

Por diversas razões, sendo que algumas parecem-me óbvias:
- Hollywood procura cada vez mais a juventude famosa e vistosa para encherem blockbusters. São esses jovens, por vezes sem carisma e inexperientes a representar, que fazem afastar imensos bons actores mais velhos e experientes das novas produções de cinema.
- O facto também de as caras terem de ir mudando no cinema. Os bons actores e actrizes envelhecem aos nossos olhos continuamente. Se por um lado uma actriz de 35/40 anos não ganha mais papeis de menina-mocinha nos filmes de aventura (como antigamente ainda conseguiam -bastava gritarem e estar indefesas) e o mesmo se passa com o lado masculino onde apenas sobram os mediáticos.
- Uma outra regra que ainda os faz manter no cinema são todos aqueles que ainda conservam o mesmo charme de outros tempos, um eterno sex-appeal cinemático (e que vai ilustrando capas da imprensa cor-de-rosa e não só). Não há nada como os nomes seguros com bom aspecto...

Dito isto, percebem se referir o facto de não compreender como em certos filmes às vezes, determinado "mocinho" já é o detective principal de uma investigação, ou uma jovem moçoila é uma conceituada investigadora de laboratório... ou chefes de departamento no FBI... ou grandes jornalistas com carreira... ou médicos incontornáveis, etc.

Divagações à parte... o que é certo é, ser na TV que o melhor agora anda a passar.


Continuação na parte 2... (clique aqui)