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sábado, 13 de setembro de 2008

Música da semana: Madonna (Get Together)

Domingo que vem, amanhã dia 14, Madonna estará em Portugal para dar aquele que será um dos concertos mais esperados da actualidade nacional. E como tal nada melhor que dedicar à rainha da pop um destaque aqui na minha rubrica semanal com um video do seu mais recente álbum, o Hard Candy (2008), que já por aqui abordei.

Madonna
4 Minutes (featuring Justin Timberlake & Timbaland)




Mas o video em destaque esta semana é do álbum anterior, o "Confessions On A Dance Floor", o enebriante e psicadélicamente colorido "Get Together", canção electrónica e fabulosamente dançável. É um video também ao mais puro estilo da publicidade ao iPod...


E é isso mesmo que vai acontecer, não é?
75 mil pessoas vão estar juntas para a ver... together with Madonna!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Video estrondoso para "Death Magnetic" dos Metallica

O mais recente álbum dos Metallica, o "Death Magnetic" (2008) parece ter reunido em torno da banda, os fãs que já dissertavam para outras paragens.
Não sou o mais indicado opinador sobre Metallica mas do pouco que pude apreciar, a banda esforçou-se para ser a autêntica grande banda de metal dos tempos iniciais e nem sequer falta no álbum a continuação da mais famosa balada deles, a "Unforgiven" aqui numa nova parte 3.


Mas não é sobre o álbum que pretendo opinar mas sim sobre um excelente video de uma das faixas do álbum, a "All Nightmare Long".
Puxa vida, que estrondo de video!

Chamar video até é pouco pois está desenvolvido como uma autêntica curta-metragem*, numa história com principio meio e fim ambientada nos tempo da Segunda Guerra Mundial à mistura com conspiração soviética, zombies, robôs, cientistas, laboratórias de experiências genéticas, etc. Até a conspiração soviética contra os americanos, os os soviéticos desenvolvem um virus e espalham na américa. Obviamente que com o intuito de mais tarde virem "salvar" a humanidade ao dar fim ao virús (= matar os americanos).
Não falta nada para nos impressionar neste mini-filme...

Fez-me lembrar vários videos ao ver esta obra: as cassetes abandonadas das estações na série "Perdidos/Lost", o "Thriller" de Michael Jackson está implícito por ele todo, as animações do filme "The Wall" dos Pink Floyd e também filmes antigos como "A guerra dos mundos" e "A noite dos mortos-vivos".

video de "All Nightmare Long"


*Dizia uma curta-metragem porque o video não depende da canção, pois continua a funcionar muito bem, mesmo que se lhe retire o som. Também porque não tem sinais que liguem à banda e ao mundo da música. Recordou-me o fabuloso video dos Prodigy para "Smack My Bitch up" no final dos idos anos 90, que também era assim (mas neste ainda aparecia uma tatuagem com o símbolo da banda no fim).

Observação: É de mim ou a capa deste "Death Magnetic" evoca também a valente pentelheira duma pitaça?

Já agora aproveito para referir que os Metallica eram uma banda contra a música vendida on-line mas em 2008 lá abraçaram a inevitabilidade.
E sim estão no iTunes também!

Fonte: Video descoberto no io9


sábado, 10 de janeiro de 2009

Balanços de 2008: os melhores da Música da Semana

Como habitualmente publico aqui no meu espaço artigos sobre o mundo da música e sobre a música propriamente (discos, videos, etc), passo a fazer os meus destaques musicais.


1- Álbuns de 2008 que mais apreciei e respectivas faixas mais ouvidas...


"The Flicker Of A Little Girl", "Mother Dear" e "Boobar"


The Flicker Of A Little Girl (Live)



"Silence", "Hunter", "Machine Gun" e "Threads"

"Sound Of Kuduro", "Kalemba (Wegue Wegue)" e "IC19"

"Sitting On Fire", "Baby I'm Just A Fool" e "The Waves Crash In"


"Puppy Toy" e "Past Mistake"

"The Blue", "Dominoes" e "Wots ...Uh The Deal"

"Encounters, "The Same Parents", "Je T'aime Till My Dying Day" e "Déjà Vu"


2- Colectâneas abordadas...





3- Videos bastante interessantes...



4- Outros artigos (onde me safei bem também)...


sábado, 28 de março de 2009

Música da Semana: The Cure "Wish"

Façam já play para irem ouvindo uma das canções desta semana...

The Cure "Trust" (live in Gastonbury '95)


Há bandas que são icónicas pelas mais diversas razões.
The Cure é uma delas... e de que maneira!

É icónica não só pela eterna enorme cabeleira de Robert Smith e os seus lábios pintados de vermelho vivo.
São icónicos por serem uma banda única, com sonoridade gótica e com visual á altura, vestimentas negras que estabelecerem como o padrão do género há algumas décadas... uma banda que já nos chega desde os anos 70!!! Precisamente desde 1976.

Não posso dizer que fui desde sempre um adorador de tudo o que a banda fez. também nunca me identifiquei com o movimento gótico e aquelas vestimentas negras. Mas as canções deles... isso já é outra conversa.

Há sempre aqueles temas incontornáveis, tais como "Love Song", "The Lovecats", "Close To Me" ou o eterno super-hit de sempre "Boys Don't Cry".
No entanto, se apesar de não me identificar com tudo que faziam, há um álbum deles que idolatro fervorosamente e ao nível de degustação segundo-a-segundo:
"Wish" (1992)

É um álbum que foi marcante na minha juventude. Um dia um tipo deu-me uma cassete com o "Wish" e nunca mais larguei aqueles minutos de música. Se na altura o Walkmen era o rei, ainda hoje habita facilmente cá nos meus iPod nano e iPhone.

Curiosamente são as faixas mais densas e dramáticas que tornei inseparáveis. Todo o álbum é saboroso mas há momentos mais intemporais que outros, tais como os temas "Open", "Apart", "From the Edge of the Deep Green Sea", "Trust", "A Letter to Elise", "To wish impossible things" e "End".
São temas como os que sublinhei a bold que fazem o tempo ficar suspenso. Os arranjos a piano e as cordas de violino, ombreados pelas guitarras hipnóticas e tridimensionais, onde são sobrepostas as letras que R. Smith canta ora tristes, ora enigmáticas, ora românticas.

Um álbum muito alternativo, melancólico... é certo mas pujante.
Maravilhoso!

Recentemente, em 2008, lançaram um novo álbum, o "4:13 Dream", que já vou ouvindo há algum tempo (sacado e já sem a dedicação de outros tempos, por ter menos tempo) e que tem uma sonoridade que curiosamente remete imenso para o "Wish". Chega mesmo a parecer um continuação (basta ouvir as duas faixas de inicio e algumas mais à frente) mas é só isso... pois não está ao mesmo nível por tem vários momentos muito entediantes que abalam a unidade do álbum como um todo.

Deixo-vos com mais uma performance ao vivo de "Wish". É que não há videos das canções que pretendo destacar...

"Apart" (live in London '92)


sábado, 4 de outubro de 2008

Música da semana: Enigma "Seven Lives"... (parte 1 - contém ainda o percurso de Michael Cretu; Sandra; Gregorian; Equinox; e o inicio dos Enigma)

2008 está a ser um ano de regressos...
O projecto de Michael Cretu, Enigma, tem um novo registo (lançado há poucas semanas):
"Seven Lives Many Faces" (2008).


Novamente pisando novos terrenos depois das renovações recentes, este novo álbum é bastante motivante até... e uns furos acima do registo anterior de 2006. É um regresso e tanto... Desta vez Michael Cretu abriu o seu baú de centenas de sons etnicos de todo o mundo e lá se revigorou ao sentir-se influenciado pela memória chinesa. Não foi à toa que a Alemanha usou em primeira mão sons e música deste álbum, nas suas campanhas e promos sobre os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Tem bons momentos e outros assim-assim, no entanto a cada audição parece melhor e revela-se mais entusiasmante. Continua a ter o célebre som inicial, sendo que destaco não só a excelente abertura (com um pulsar cardíaco muito místico) na faixa "Encounters" logo a abrir, e também faixas acima da média como "Seven Lives", "The Same Parents", "La Puerta Del Cielo", "Je T'aime Till My Dying Day" e "Déjà Vu".

Enigma "Seven Lives" -2008
(o video tem pouca qualidade técnica mas dá para perceber que desta vez a criatividade do video não foi muito longe)



Breve sumário a contextualizar este projecto

De Michael Cretu...

Os discos dos Enigma são amplamente conhecidos e lançaram álbuns na década de 90 que fascinaram o mundo pela abordagem musical invulgar.

Na verdade, Enigma é um projecto musical conduzido totalmente pelo alemão Michael Cretu, que já na década de 80 teve algum protagonismo em tudo o que se envolveu:
- Michael Cretu teve uma carreira a solo com alguns discos editados sob seu nome, desde os anos 70 até aos 80. Um dos grandes hits dele que recordo é a canção "Samurai (Did You Ever Dream?)". Também encetou na sua carreira as funções de produtor, compositor e músico.
- Depois, assalta-me logo à memória as canções da cantora Sandra, muito popular na década de 80 e que teve mega-hits como "Maria Magdalena", "In the Heat of the Night" ou "Everlasting Love", com a enorme ajuda de M. Cretu a produzir e a ajudar nas vozes e coros. Sandra tornar-se-ia mais tarde a esposa de Michael Cretu.


Michael Cretu
"Samurai (Did You Ever Dream?)" - 1985
(fantástica e um prenúncio do que iria chegar em 1990)


Sandra
"Maria Magdalena" -1985
(canção incontornável da década de 80)

...a Enigma

No inicio dos anos 90, o mundo foi tomado de assalto pela canção "Sadeness (part 1)".
Nunca se tinha ouvido a combinação do canto gregoriano e o uso da flauta de Shakuhachi, com os fortes ritmos dançáveis do house, aos quais se juntavam ainda profanamente gemidos sensuais e expressões proferidas em francês, tudo agitado apelativamente num estilo muito pop.  Uma enorme surpresa musical...

Seguidamente surgiu "Mea Culpa", ambientada no mesmo estilo a que já se ia denominando de Gregorian-house.

As canções eram assinadas unicamente por Enigma e edição do álbum de longa duração, "MCMXC a.D." (1990) agudizou ainda mais pois não informava quem estava por trás de semelhantes êxitos, apenas um simples nome M. C. Curly. Diz-se que a decisão do anonimato era para não sofrer represálias dos representas da igreja católica. Nas aparições a público também ajudavam a criar o ambiente enigmático sobre quem estaria por trás de semelhante feito musical: alguém coberto totalmente como um monge e a cara totalmente oculta. Literalmente um Enigma... até Cretu se revelar.


Enigma teve seguidores...

...temporários é certo mas que ajudaram a alimentar a cena do gregorian-house.

Recordo nomes como:

Gregorian (ajudados por Cretu) e os excelentes temas do álbum "Sadisfaction" (1991), tais como "So Sad" (fabulosa), "Monastry" (muito original com guitarras hard-rock) ou o épico "The Quiet Self". Neste álbum alinham outras faixas sem serem new-age ou gregorian house mas igualmente belas como "Reflect" ou a muito bem sucedida "Once in a lifetime" (que mais tarde Sarah Brightman a interpretaria com maior sucesso na sua carreira).

Gregorian (feat. Sisters Of OZ)
"So Sad"
(na minha opinião, a mais perfeita canção gregorian-house de sempre com os magníficos coros no final celestial em canto gregoriano)

Os Gregorian mais tarde, regressariam com outra faceta: cantar em canto gregoriano sucessos da música pop... pfff!



- ou os Equinox
"Amen - Part II"
(na altura célebres pelo tema "Amen - parte 2" e ainda usaram um sample da voz do Papa João Paulo II, mas foram apenas um dos muitos one-hit-wonders do mundo da música... não vingaram.)


Continuação (clique aqui)...


domingo, 12 de abril de 2009

Música da Semana: Jeff Buckley "Grace"

Não me posso considerar um fã de Jeff Buckley mas admito que ele enquanto vivo deixou um bom punhado de canções como legado.

Tenho apenas um CD dele, o "Grace" (1994), uma pequena pérola que arranjei há uns anitos atrás nalgumas das minhas idas à Feira de Usados de Espinho (bons negócios arranjava por lá -bons CDs usados mas como novos a preços de não recusar).
É um bom álbum, muito intimista por vezes e até bastante tocante de escutar. Destaco principalmente "Grace" e "Hallelujah".

Como hoje é dia de Páscoa, nada mais apropriado como recordar a versão de "Hallelujah" dele, se bem que acho a versão do Leonard Cohen bem melhor (mas também não iria repetir um post já feito)

Jeff Buckley "Hallelujah"


Reveja um outro video de outra canção deste álbum, "Corpus Christi Carol" aqui.

sábado, 6 de junho de 2009

Música da Semana: o essencial de Jean Michel Jarre

Se há artista que encarna a essência da música electrónica old-school, é Jean Michel Jarre.

Este francês tem uma vasta obra pontuada por vários albúns conceptuais geniais. Pode-se dizer que desde a segunda metade da década de 70 até inícios da década de 90, não tem qualquer momento fraco e que teve o seu auge em toda a década de 80. Depois desse tempo já não se pode dizer o mesmo (apesar de gostar muito do Chronologie e de adorar o Oxygene 7-13).
Tudo porque concebeu um reportório electrónico como se de obras de música clássica se tratassem, só que concebidas com orgãos, sintetizadores, computadores, samples, etc. Cada álbum era desenvolvido como vários andamentos em torno de um mesmo conceito, fazendo com que as faixas tivessem sucessão e encadeamentos umas nas outras. Assim sem surpresa encontramos, por exemplo, em Oxygene as faixas com nomes como Oxygene 1, Oxygene 2, Oxygene 3, Oxygene 4 e por aí em diante.

Jean Michel Jarre já havia lançado nos idos anos 80 a colectânea "Images", que funciona entre um best of e um repositório de algumas poucas raridades. Na verdade "Images" procurou mais ser algo dele presente no mercado para vender na fase de estado de graça nos tempos do "Rendez-vous".

Ora se há disco dele que consegue satisfatóriamente dar uma boa imagem de tudo de bom que fez é o seu best of de 2004, correctamente entitulado de:

The Essential Jean Michel Jarre


Nele se pode encontrar tudo o que se reconhece da sua obra, conseguindo abordar practicamente todos os álbuns que fez. Contém mesmo todos os bons momentos, não faltando temas chave como "Oxygene Part 2", "Equinoxe Part 4", "Souvenir de Chine", "Quatrième Rendez-Vous" ou "Ethnicolor 1". Contém ainda hits mais tardios como "Chronologie Part 4", "Oxygene Part 8" ou "C'est La Vie" (este último já da fase pop e cantado, aqui nesta faixa com a participação de Natacha Atlas).

Depois deste "The Essential", ele ainda lançou uma outra colectânea pouco sui generis, o interessante "Aero", que tinha como missão trazer o som e as paisagens sonoras e cósmicas de Jarre em som surround 5.1. Nesta edição a maioria dos temas foi refeito e re-interpretados, soando instrumentalmente diferente dos originais. Assim resta apenas a "The Essential" cumprir o papel de cartão de visita para o mundo de Jean Michel Jarre. E sinceramente, nos dias de hoje, cumpre excelentemente essa missão e até com mérito. Afinal é apenas um disco best of mas quando uma reunião de temas é toda deste alto nível... torna-se altamente recomendado.

Deixo-vos com aquele que sempre considerei o seu mais encantador tema...

Souvenir de Chine


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Musica da semana: Dido e o retrato de Portugal


Dido lançou em 2008 o álbum "Safe Trip Home", assinalando o regresso aos discos 5 anos depois do anterior trabalho. Sobre o álbum não tenho nada a dizer pois não me cativou muito (calminho e tal mas...).

No entanto, faço um destaque porque a Dido está a desenvolver um projecto que abrange mini-documentários para ilustrarem cada canção do álbum e com isso a convidar realizadores de top neste segmento. A façanha fez com que Dido convidasse uma conceituada realizadora portuguesa, radicada em Londres, para uma certa canção mas no entanto a realizadora propôs-se fazer sobre outra e com isso fazer um certo retrato de um Portugal pescador e tradicional, que imediatamente agradou a Dido.

Na verdade, o video está muito bom e as imagens filmadas na Nazaré adicionam mais uma sensação de globalidade ás várias já realizadas noutros locais e que podem ser vistas no site desenvolvido para esse mesmo propósito.
Vejam mais em Dido's Safe Trip Home 11 short films

"The Fisherman" (para o tema The day before the day), realizado por Cristiana Miranda
Nazaré, Portugal


Obs: Apesar de tudo, de certa forma o video acaba por me deixar um certo travo triste.
Vendo bem, neste mini-filme o que se deixa a perceber é que a imagem que o exterior tem de Portugal mantém-se inalterada ao longo do tempo.

Essa imagem é a de um país costeiro e cheio de sol, país muito pobre, de gente trabalhadora normalmente no meio rural, das pescas ou das obras. É um Portugal envelhecido, de mulheres com bigode e de homens simples, trajados normalmente com as fardas quase folclóricas e onde os filhos destes seguem as profissões dos mais velhos. Ao ver este video desta realizadora portuguesa que mora em Londres, fico com a sensação que a mesma ainda mantém essa ideia do país.

O que se passa na realidade é que Portugal já não é só o que este "retrato" dá a entender. Talvez seja necessário fazer-se mais retratos de Portugal. Se calhar a ideia da Dido até que é boa mas poderia ser mais localizada: todos os 11 videos deveriam ser dedicados a actualizar os vários retratos do país... de Portugal.
talvez depois disso surgisse em video o verdadeiro Portugal pluralista e dos tempos modernos.



MusicaDaSemana

sábado, 27 de junho de 2009

Música da Semana: Michael Jackson, o rei da pop

Recordar Michael Jackson, o rei da pop, é recordar alguns dos muitos e excelentes temas que ele nos brindou durante a sua carreira.
É pena que, com tantas restrições no YouTube nem todos em videos possam ser exibidos. Mesmo assim ficam aqui alguns, de forma a complementar o artigo que noticiava a morte do rei da pop. É ver enquanto não são impedidos ou removidos...

O rei com outros Reis...

Em 1971 com Diana Ross...


Say, Say, Say (com Paul McCartney, dos Beatles)
Também há a "State Of Shock" desta vez com Mick Jagger dos Rolling Stones. Michael Jackson esteve assim com ambas as maiores bandas do rock'n'roll.



Jackson Five - Blame it on the boogie (1978)



Álbuns a solo...

She's Out Of My Life ("Off The Wall" 1979)



Billie Jean ("Thriller" 1983)


Smooth Criminal ("Bad" 1987)


E depois a fase "menor" do artista... que mesmo assim ainda conseguiram ter alguns bons momentos à Jackson. "Black or White", "Scream", "Ghosts" ou "You Rock My World" carregam toda a sua marca.

Dangerous (1991), HIStory (1995)

Blood On The Dance Floor (1997), Invincible (2001)


sábado, 7 de março de 2009

Música da semana: Stephen Hawking com os Pink Floyd em "Keep Talking"

"For millions of years
mankind lived just like the animals
Then something happenend
which unleashed the power of our imagination

We learned to talk...
"

Muitas vezes me recordo da força destas palavras de Stephen Hawking no inicio de (e durante) "Keep Talking" dos Pink Floyd (álbum "The Division Bell" -1994).

Breves palavras sobre...

"Stephen William Hawking, 63 anos, é considerado um dos mais importantes físicos teóricos do mundo, apesar de sua doença degenerativa, ainda sem cura, com que convive há mais de 30 anos.
Ele é autor do livro "Uma breve história do tempo".

Hawking usava um teclado acoplado a um computador para controlar um sintetizador de voz através do qual podia falar.
Devido ao avanço da doença, seus dedos perderam a habilidade de digitar e a comunicação através do teclado de computador começou a tornar-se ineficiente." In WikiNoticias

A situação de Hawking ao não poder falar e que apenas comunicava com o auxilio da tecnologia. Recordou-me dos tempos actuais... e em contraste, de outros tempos os Pink Floyd.

Como mega-fã da banda, existem imensas canções no meu próprio top Pink Floyd, e esta foi desde logo uma desse top.
A canção, na versão original é fabulosa e sugere pensar sobre o isolamento que os humanos se relegam, deixando inclusive de falar uns com os outros, chegando a pontos de não verem mais razões para... falar simplesmente.

The Divison Bell (1994)
Conseguem ver uma ou duas cabeças?


Tudo isso está reflectido na letra de "Keep Talking" (1994) dos míticos Pink Floyd.

Eles ergueram aqui uma das suas melhores canções, daquelas que carrega com muita categoria toda a história e algum do simbolismo da banda em muitíssimos detalhes ao longo do tema.
Tais como, o uso de dois solos instrumentais seguidos, com guitarra e teclas, ao jeito de "Astronomy Domine" (do primeiro álbum, em 1967) e ao mesmo tempo o uso das gravações de voz humana ou citações, também já presentes em 1967. O uso de coros femininos no tema remete por exemplo para 1973 (The Dark Side Of the Moon) e os efeitos vocais com vocoder como haviam feito em 1977 (Animals), tudo isto entre tantos outros detalhes maravilhosos. Ao mesmo tempo a própria canção consegue adicionar algo de refrescante ao legado dos Pink Floyd... e isso é obra!


O resto da letra:

There's a silence surrounding me
I can't seem to think straight
I'll sit in the corner
No one can bother me

I think I should speak now _________ Why won't you talk to me
I can't seem to speak now __________ You never talk to me
My words won't come out right ______ What are you thinking
I feel like I'm drowning ___________ What are you feeling
I'm feeling weak now ____________ Why won't you talk to me
But I can't show my weakness _______ You never talk to me
I sometimes wonder _____________ What are you thinking
Where do we go from here _________ What are you feeling

(de novo Stephen Hawking na canção)
"It doesn't have to be like this
All we need to do is make sure we keep talking
"

Why won't you talk to me _________I feel like I'm drowning
You never talk to me ____________You know I can't breathe now
What are you thinking ___________We're going nowhere
What are you feeling ____________We're going nowhere

Why won't you talk to me
You never talk to me
What are you thinking
Where do we go from here


(e por fim Stephen Hawking a acabar a canção)
"It doesn't have to be like this
All we need to do is make sure we keep talking
"


Deixo-vos ainda com o video para apreciarem este tema, captado ao vivo do live álbum "Pulse" (1995), que não é o melhor exemplo quando comparado com a versão original (que é mais deliciosa e melhor executada)

Keep talking - Pink Floyd (Pulse 1995)
(Foi magnifico em 1994, ver todo este aspecto visual e sonoro desta banda ao vivo em Alvalade. Luzes, lasers, sons, o palco, as imagens projectadas, as cores, o ambiente carregado de fãs... tudo foi memorável e inesquecível!)



O quanto estas palavras e letras da canção, significam na realidade dos dias de hoje.
Falamos já pouco cara-a-cara uns com os outros porque existe muita tecnologia pelo meio, inclusive as que possibilitam a conversa indirecta.
Telefones móveis, SMS, chat, twitter, redes sociais, etc... desencaminham a humanidade se apenas se comunicar por eles e não cara-a-cara.

Por Hawking tanto desejar falar sem poder, pode parecer irónica a participação deste teórico no álbum "The Divison Bell" (1994) e inclusive o título da canção. A verdade, é que os Pink Floyd o incluiram nos agradecimentos no inlay do álbum (para não passar despercebido, é o último nome mencionado no "Thanks to").

Ouçam esta canção. Não deixem de falar...


sábado, 11 de julho de 2009

Música da Semana: Sonic Youth de regresso com "The Eternal" e mais sobre a banda

Os Sonic Youth têm um novo álbum, o "The Eternal" o seu 16º que foi recentemente lançado em Junho.



Video oficial de "Sacred Trickster" dos Sonic Youth em "The Eternal" (2009)
(esta faixa é também uma oferta gratis da banda -revejam neste artigo)

Não o ouvi todo ainda mas este "The Eternal", fez-me lembrar "Sister"/"Daydream Nation". A faixa promocional "Sacred Trickster" é mesmo espantosa e prova que apesar dos anos terem avançado a estranheza experimental deles continua e está magnifica.
Quando penso em Sonic Youth recordo imediatamente alguns dos seus álbuns iniciais impressionantes.
Sim: sonoramente impressionantes!
Na minha (ida) faceta alternativa, esta banda representava o máximo do género. Tinham um estilo experimental e arty, que despejavam sobre o punk e o psicadelismo que muito admirava. Ao mesmo tempo conseguiam honrar o legado de bandas magistrais como os The Velvet Underground, os Pink Floyd (da era Syd Barret) e outras bandas desses tempos, tornando-se os Sonic Youth contemporâneos dessa herança.
Faziam uso do ruido da guitarra (literalmente ruidos por vezes) de uma forma encantadora.
Marcaram a cena underground totalmente e tenho-os, eu e todo o mundo, como ícones da cena alternativa.

Recordo aqui alguns momentos marcantes desta banda e que muito rolaram no meu Walkman.
Nota: como não se arranjam videoclips, ficam aqui diversas actuações ao vivo...


Confusion Is Sex (com Kill Yr. Idols EP) (1983)
A magnifica faixa "Kill Yr. Idols" foi um marco underground. Foi o começo da banda nos discos... e que começo! Sabe a banda de garagem em fúria e a querer provar que merecem atenção (e todos demos, claro!). Perturbante por vezes, furioso muitas vezes, duro e rude quando tem de ser e brutalmente psicótico.
Ainda hoje acho perturbante escutar na voz pseudo-inocente e angelical de Kim Gordon na faixa "Protect Me You" em sintonia com todo aquele baixo poderoso e hipnotizante.

"Kill Yr. Idols" (live 1985)



Sister (1987)
O álbum que poderia ser a obra-prima se eles não tivessem feito a seguir outro, impossivelmente ainda melhor e mais completo. Um álbum de pura genialidade e criatividade. Para ouvir de novo faixas como "Schizophrenia", "Stereo Sanctity", "Pacific Coast Highway" e "Cotton Crown".

"Pacific Coast Highway" (live 2009)



Daydream Nation (1988)
Um complexo álbum duplo, e a obra-prima do experimentalismo da banda!
É quase injusto apontar apenas algumas faixas mas estas são para reter: "Teenage Riot", "Silver Rocket", "Eric's Trip", "Total Trash", "Rain King" e todo aquele final com meddleys e dispachos de fúria.
Soberbo, inteligente e marcante!

"Teenage Riot" (video com imagens da tour de 1991)



Dirty (1992)
Foi confundido na altura como mais um da cena grunge... mas depois de se o ouvir percebe-se bem porque transcende a cena da altura. Destaco as paredes sónicas contemplativas em "Theresa's Sound-World" ou "Drunken Butterfly", entre muitas outras muito boas que faziam recordar a genialidade do antigo "Sister".

"Theresa's Sound-World" (live 1992)



Depois daqui... ora bem... foi difícil acompanhar.
Há muito bom material deles que foram lançando e que dei atenção também mas o grunge (sim os Nirvana e afins) e a cena electrónica alternativa (trip-hop, drum'n'bass, bigbeat, etc) começou a dar frutos que desviaram o rumo...


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Musica da semana: "Playground Love" dos Air

A poucos dias do mítico 14 de Fevereiro, o Dia dos Namorados, preencho aqui esta minha secção com uma canção alusiva ao tema mas não assim tão óbvia ou de primeira escolha:
"Playground Love" dos franceses Air


Na verdade, esta canção é da banda-sonora do filme de estreia de Sofia Coppola, o muito interessante "The Virgin Suicides" (1999).

É um filme passado nos anos 70 e conta a história trágica que se abateu numa familia, quando uma das 5 filhas se suicida em plena festa de anos. Esse facto levou á extrema protecção dos pais sobre as restantes filhas, que as impediam de sair de casa e de ter contacto com o exterior, portanto com os rapazes, que as vêem de forma intrigante e pretendem relacionar-se com elas.

A história não é nada de mais mas a forma com nos é devolvida pela câmera de Sofia Coppola (sim é filha do grande Francis F. Coppola), o ambiente da época bem retratado e o estilo delico-doce em ritmo lento, pontuado pelas interpretações do elenco e especialmente pela encantadora banda-sonora feita pelos Air, dotam este filme de estreia de uma aura de culto que não deixa ninguém indiferente.
Um facto curioso é a alcunha das 5 irmãs: Lisbon Sisters...

Os Air, na década de 90, lançaram vários registos onde com o uso das electrónicas, os ambientes lounge, a chanson française, feitos com características retro (de outros tempos) e em doses frescas e inventivas. Na banda-sonora deste filme, polvilharam o seu estilo com um som ainda mais característico dos anos 70 (não é à toa que se sente uma certa evocação do som Pink Floyd de 73-75), para acertar com o tom do filme e com isso ofereceram uma obra muito boa. Descubram!

"Playground Love" dos Air


MusicaDaSemana

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Mind Da Gap de regresso!!!


Uma das bandas que mais gosto, os Mind Da Gap, regressam às edições discográficas com uma colectânea. A colectânea "Matéria -Prima (1997-2007)", junta numa só edição os supostos melhores momentos criativos desta banda hip-hop portuense, que conta já com 15 anos nesta lida.

Em "Matéria-Prima (1997-2007)" desfilam imensos dos melhores temas dos 4 álbuns da banda: o magnífico "Sem Cerimónias" (1997), para mim a melhor edição hip-hop nacional de sempre; "A Verdade" (2000); "Suspeitos do costume" (2002) e "Edição Ilimitada" (2006).

Juntam ainda 3 novas canções: "Dar o Máximo" com a participação de Kika Santos, "Não tenhas medo" e "Se Assim For".
Promete!


Mas... É pena terem só restringido a selecção dos temas pelas edições de longa duração que lançaram (entre 1997 e 2007).
É que o bom conhecedor dos Mind Da Gap, tal como eu sou (ainda eles nem sequer tinham lançado CDs), sabe que o momento mais significativo dos MDG está ausente na colectânea. É que não se admite comprar uma edição deste calibre e não estar lá o já raro tema "Piu Piu Piu"!?
Então como é rapazes???

E em sequência a este tema tão célebre... a completa ausência de faixas do verdadeiro primeiro lançamento em Cd que fizeram, que é o EP "Mind Da Gap" (1995) que além de uma versão diferente do "Piu Piu Piu" continha ainda mais 5 interessantes canções, sendo uma delas com a participação de Melo D (na impressionante "Dádiva).
Enganem-se aqueles, que me estão a ler, que sei perfeitamente o significado do titulo inteligente da colectânea quando estes adicionam a pequena deixa "1997-2007". Exactamente aí está tudo dito e eles lá terão as suas razões para quererem ocultar os seus primórdios.
É que seria mesmo muito mais interessante terem recuado mais no tempo para termos finalmente em edição CD o tema "Piu Piu Piu" na versão original que tomou Portugal de assalto em 1994.
Recordo com saudosismo os tempos que esperava pelo programa de José Marinho, na Antena 3, só para poder ouvir os Mind Da Gap.

Outro facto de grande valor seria também incluírem algum material do EP "Flexogravity" (1996) que lançaram em conjunto com os Blind Zero (outra banda portuense). É que as faixas do memorável "Flexogravity" são de alto nível (arriscaram mesmo numa faixa fazer algo em estilo trip-hop com Miguel Guedes na voz e guitarra à gangster a ilustrar um cenário cinematográfico.
É por razões como as que deixei que me desanima em grande parte esta edição à lá "greatest hits".


Noutro sentido fiquei algo triste por não encontrar os Mind Da Gap na iTunes Store para poder adquirir apenas as 3 novas faixas. É que tenho tudo que eles editaram (4 primeiras edições em CD autografados pessoalmente pelo DJ Serial com quem gostava muito de falar na altura sempre que o encontrava) e obviamente tudo o que está na colectânea excepto as 3 novidades referidas.


Dei uma saltada à FNAC online e por lá está anunciada uma edição exclusiva da FNAC com dois discos e autografados pelos 3 membros da banda. Cerca de 15€ por 35 músicas vale bem a pena (vejam por lá o alinhamento desta edição especial)... especialmente para quem não tem nada de Mind Da Gap.
Mas para mim... é uma pena mesmo assim.

Por falar em FNAC, fica aqui o aviso ao interessados que, os Mind Da Gap vão estar hoje, dia 22 de Fevereiro, na FNAC de Braga às 22h. Seguem-se as FNAC do Porto, dias 23 no NorteShoping e dia 24 na loja da rua Sta. Catarina, sempre às 17h.
Rumam depois para sul a 28 de Fev (FNAC Alfragide), 29 (FNAC Almada) e a 1 de Março na FNAc do Colombo em Lisboa.
Saibam mais sobre os MDG no site oficial e pelo MySpace.


"Dar o máximo"


domingo, 14 de dezembro de 2008

Música da semana: a electrónica de Burial

Um dos artistas que este ano descobri fundo, ou melhor, finalmente ouvi as músicas todas, foi Burial.

Untrue, 2007

Burial lançou dois álbuns de música electónica que são fascinantes e que se complementam um ao outro.

Se no primeiro, "Burial" (2006) a aventura de Burial ambientava-se num estilo mais trip-hop ao segundo álbum lançado, em "Untrue" (2007), explorou ainda mais o seu som e resultou num dubstep misterioso mas ao mesmo tempo encantador.

Não é fácil fazer destaques a faixas como se fossem singles pois os álbuns são construidos como um todo e onde cada faixa parte da evolução do ponto anterior mas com a sua própria variação e personalidade.
Recomendo que em "Untrue", descubram pelo menos a "Archangel", que é fabulosa.

Archangel



Ghost Hardware



sábado, 20 de dezembro de 2008

Música da semana: It's Christmas time!!!

O Natal está a chegar e nada como recordar alguns temas muito interessantes e nostálgicos dedicados a esta quadra natalícia.

John Lennon - Happy Christmas (War Is Over)


Wham! - Last Christmas


Band Aid - Do They Know It's Christmas


sábado, 13 de junho de 2009

Música da Semana: Sofa Surfers "Can I Get a Witness"

Por vezes o culto da canção pela canção, a faixa isolada de um álbum apenas porque não nos sai do ouvido, numa espécie de hit-wonder pode não traduzir (até mesmo "nadinha") lá muito bem tudo aquilo que foi pensado para o álbum que lhe dá origem.
Existem "milhentas" canções assim, daquelas a que nem queremos saber do resto do disco. Trago hoje aqui um caso que nunca me abandonou e é do álbum "Encounters" (2002) dos Sofa Surfers, e refiro-me especificamente à "Can I Get a Witness".

Na verdade, desde que ela chegou na altura à radio, que a escutava com imensa frequência na Antena3, daí a uma certa obsessão pela dita foi um pequeno passo... Fiz peregrinação à loja de discos da zona, na altura ainda o fazia à saudosa Valentim Carvalho do Shopping por perto (foi uma pena estas lojas terem sido fechadas... a FNAC é boa mas a "vibe" da VC era melhor).
Lá escutei com atenção o disco e sucedeu aquilo que não esperava: não consegui gostar da totalidade. Um tipo cá como o "je" apreciador das electrónicas, com queda pelo trip-hop e chill-outs, não estava para lá muito virada perante o que escutava. Apenas me enchia as medidas uma só canção, a tal que bem conhecia da radio e que curiosamente parecia uma canção extraterrestre no meio das outras todas. Nem sequer tinha lá uma parecida para ainda me iludir...

- Olhe lá... há pelo menos em single esta canção? Como só esta toca na radio...
- Não! Só o álbum completo. É tipo experimental mas é muito bom!

Gostos são gostos mas neste caso aconteceram duas situações em simultâneo. Uma é chegarmos ao álbum com os ouvidos fervorosamente treinados para uma certa sonoridade, com culpa para a faixa escolhida para rodar na radio. A outra acontece que a banda no álbum todo ofereceu um rebuçado contrastante com o resto. Aliás, todas as faixas chocavam-se de certa forma pelos contrastes que produzem na sua sequência.


"Encounters" é um álbum bom que requer tempo de escuta para começar a fazer sentido. É daqueles discos entre imensos, que são vitimas da escuta rapida na loja: se os sons não nos sons familiares e se não são de ficarem facilmente no ouvido, acabam por ter um fim comum: a rejeição implacável!
"Encounters" foi na altura rejeitado por ter uma maravilhosa faixa no meio de muitas que não convenceram nada.

Saí da loja sem o disco...
A canção ainda hoje brilha para mim e é por isso que a destaco e recomendo.
Ouçam-na!


Sofa Surfers (feat. Dawna Lee) "Can I Get a Witness" (Encounters -2002)



É curioso para mim nos dias de hoje estar a recordar esta situação pois nestes tempos actuais, em que estamos tão rodeados de meios de ter música facilmente e gratuitamente, conseguir arranjar um travão para o acesso desenfreado em que tudo isto se tornou é algo difícil já.
Que o digam os mais novos...

A verdade é que na altura, a voz da razão que se ergueu foi mais forte: o CD tinha de ser pago para o ter e para isso ele tinha de valer e de se justificar.

Se fosse hoje, quer se goste ou não, descarrega-se pela net todo e mais nada.
Sem pagar.

Pagar impede de ter tudo o que queremos mas ao mesmo tempo também coloca justiça em tudo isto. Na música actualmente pagar é a maior voz da razão que resta.
Há algo que está errado nos novos tempos...


sábado, 28 de fevereiro de 2009

Música da semana: Prodigy "Omen"

Os Prodigy estão de volta!
Se para muitos os Prodigy apenas estão há 5 anos sem novos registos, para muitos (eu incluido) esta banda só fez material relevante na década de 90. Foi como se tivessem iniciado a carreira com uma trilogia: "Experience" (1992), "Music for the Jilted Generation" (1995) e o mega-popular "Fat of the land" (1997), são as marcas incontornáveis do poder ciberpunk deste grupo.
Depois disso... o mundo mudou, a música mudou, as pessoas (nós todos... eu...) mudaram e com isso o que fazia sentido até então sofreu mudanças.

A verdade, é que eles estão de volta e com novo álbum, "Invaders Must Die", lançado neste mês de Fevereiro.
Segundo se diz por aí, voltaram novamente poderosos e com um som que é reminescente dos trabalhos iniciais (o cliché do costume quando a veterania musical faz um regresso -reparem nos U2 ou qualquer outro).

Se há canções electrónicas de dança que me apelaram imenso desde o momento que as ouvi, foram sempre as dos Prodigy (e as dos The Chemical Brothers igualmente!).
Quem consegue ficar indiferente ao poder deste som puro-e-duro, de batida gorda e pesada, fortes como touros enfurecidos, como as "Out Of Space", "Poison" ou "Firestarter?
E já que menciono apenas estas, tenho de referir também que admirei bastante a "Spitfire" do álbum "Always Outnumbered Never Outgunned" de 2004 (mas também foi só essa desse álbum... o resto ui...)
Vamos a ver no que este novo registo se vai portar...

Prodigy - Omen


A julgar pelo som (entusiasmante) e pelo video (assustador) de "Omen", tudo condimentado com ares dos tempos de "Experience". Temos disco!